terça-feira, 26 de julho de 2022

Empresários e banqueiros aderem a nova carta aberta de apoio à democracia

 por Estadão

A sede da Fiesp,na Avenida Paulista Foto: JULIA MORAES/ DIVULGAÇÃO

Segundo apurou o Estadão, o manifesto demorou para ser publicado – veio mais de uma semana depois da polêmica reunião entre o Jair Bolsonaro e embaixadores de vários países, na qual o presidente da República colocou em dúvida o sistema eleitoral do Brasil – pela dificuldade em se costurar um consenso entre empresários de diferentes inclinações políticas.No entanto, o texto final faz uma defesa clara do regime democrático, deixando claro que todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) devem trabalhar para proteger o que diz a Constituição Federal. O texto afirma ainda que houve ações que colocam em “perigo a normalidade democrática”. Além disso, a carta termina com a frase “Estado democrático de direito sempre” escrita em letras garrafais.

A carta cita a Carta aos Brasileiros, um texto de repúdio ao regime militar, redigida pelo jurista Goffredo Silva Telles, e lida em 8 de agosto de 1977 na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. A carta continua a seguinte frase: “Queremos dizer (...)que nós aqui estamos e aqui permanecemos, decididos, como sempre, a lutar pelos Direitos Humanos, contra a opressão de todas as ditaduras.”

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A dificuldade em costurar um texto final para a carta se deu, segundo uma fonte, porque a maior parte dos empresários está nos grupos dos “anti”, seja contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PR). Desta forma, havia um medo generalizado entre determinados executivos – especialmente os que tendem a apoiar Bolsonaro – que, ao assinar uma carta de apoio à democracia, estariam em direto assinando um atestado de apoio a Lula.

Segundo essa fonte, existe uma “multiplicidade de posicionamentos” entre os empresários, mais ou menos como ocorre na população brasileira em geral. Outros dois grupos bem definidos seriam os que têm o voto cristalizado em Lula ou Bolsonaro e a turma que quer, a todo custo, evitar a polarização. No entanto, a essa altura, o consenso de que uma terceira via venha a surgir é considerada bem improvável entre o setor produtivo.

Fonte: www.msn.com/pt-br

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