por Estadão
A sede da Fiesp,na Avenida Paulista Foto: JULIA MORAES/ DIVULGAÇÃO
Segundo apurou o Estadão, o manifesto demorou para ser
publicado – veio mais de uma semana depois da polêmica reunião entre o Jair Bolsonaro e embaixadores de
vários países, na qual o presidente da República colocou em
dúvida o sistema eleitoral do Brasil – pela dificuldade em se costurar um
consenso entre empresários de diferentes inclinações políticas.No entanto, o
texto final faz uma defesa clara do regime democrático, deixando claro que
todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) devem trabalhar para
proteger o que diz a Constituição Federal. O texto afirma ainda que
houve ações que colocam em “perigo a normalidade democrática”. Além
disso, a carta termina com a frase “Estado democrático de direito
sempre” escrita em letras garrafais.
A carta cita a Carta aos Brasileiros, um texto de repúdio ao regime militar, redigida pelo jurista Goffredo Silva Telles, e lida em 8 de agosto de 1977 na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. A carta continua a seguinte frase: “Queremos dizer (...)que nós aqui estamos e aqui permanecemos, decididos, como sempre, a lutar pelos Direitos Humanos, contra a opressão de todas as ditaduras.”
© Fornecido por Estadão Empresários e banqueiros aderem a nova carta
aberta de apoio à democracia
Empresários
reafirmam compromisso com a democracia e preparam novo manifesto
Na esteira de novas ameaças do presidente Bolsonaro às urnas
eletrônicas, personalidades fazem nova defesa à democracia
A dificuldade em costurar um texto final para a carta se deu, segundo
uma fonte, porque a maior parte dos empresários está nos grupos dos “anti”,
seja contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PR). Desta forma, havia um
medo generalizado entre determinados executivos – especialmente os que tendem a
apoiar Bolsonaro – que, ao assinar uma carta de apoio à democracia, estariam em
direto assinando um atestado de apoio a Lula.
Segundo essa fonte, existe uma “multiplicidade de posicionamentos” entre
os empresários, mais ou menos como ocorre na população brasileira em geral.
Outros dois grupos bem definidos seriam os que têm o voto cristalizado em Lula
ou Bolsonaro e a turma que quer, a todo custo, evitar a polarização. No
entanto, a essa altura, o consenso de que uma terceira via venha a surgir é
considerada bem improvável entre o setor produtivo.
Fonte: www.msn.com/pt-br
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