domingo, 31 de outubro de 2021

PRESIDENTE DO PCDOB - NOVA CRUZ - RN, EDUARDO VASCONCELOS , RECENTEMENTE ELEITO BUSCARÁ AMPLIAR FILIAÇÕES JUNTOS AOS MOVIMENTOS SOCIAIS

 

Foto recordação: Eduardo Vasconcelos, presidente do PCDOB de NOVA CRUZ-RN. Foto: Discurso na Tribuna da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte

O camarada, Eduardo Vasconcelos, eleito em maio de 2021 a presidente do Diretório do PCDOB de NOVA CRUZ, RIO GRANDE DO NORTE, iniciará brevemente uma Campanha de filiação visitando em primeiro lugar fortalecer  e crescer o partido, bem como lançar candidato a prefeito e a vereadores as ás eleições de 2024. Para isso manterá contatos com lideranças sindicais, movimentos sociais, entre outros para não só se filiarem ao PCdoB, cem como ocupar mais espaço nos movimentos sociais e políticos.

A referida reunião poderá acontecer ainda este ano, pois antes disso o presidente convocará uma reunião com o diretório, onde discutirão a ideia.

Outra proposta que o o camarada, Eduardo Vasconcelos tem em mente a estudar com os filiados a viabilidade de se ter uma sede provisória, pois o partido precisa de um local para suas reuniões e eventos. Apesar da lutar constante ser nas ruas e no embate político no corpo a corpo com os novacruzensses, Concluiu, Eduardo Vasconcelos.

Dia Nacional do Livro. - "GUERRILHA DO ARAGUAIA" - GLÊNIO SÁ, PRESENTE! Por JANA SÁ

JANA SÁ!

 Dia Nacional do Livro. Relendo o relato da experiência deste exemplo comunista, marxista-leninista, Glênio Sá, na Guerrilha do Araguaia. E o coração batendo mais acelerado com a expectativa de finalizar a edição do documentário @naofoiacidentematarammeupai até domingo.

HIGINO NICOLAU - GINO, PRESENTE!!! NOVA CRUZ-RN E A POLÍTICA ESTÃO DE LUTO! EDUARDO VASCONCELOS - BLOGUEIRO

HIGINO NICOLAU, PRESENTE! (O PRIMEIRO DA DIREITA!) - Eduardo Vasconcelos

Faleceu em Nova Cruz neste domingo, Higino Nicolau de Santana, filho do ex deputado estadual, ex prefeito e ex vereador Alfredo Santana.

Foi eleito por três legislaturas para ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de Nova Cruz. Um dos fundadores do MDB de Nova Cruz. Sua marca foi realizar mandatos voltados para a população mais carente e politicamente era austero, leal e dono de uma boa oratória.

Guardo dele, quando dividia a bancada comigo do programa Conversa com o Povo (hoje Nação Nova Cruz), Lenilson e Cid Arruda, ele sempre dizia no seu introdutório quando o chamava para falar: “ouvi atentamente o que vocês falaram” e sempre finalizava dizendo: “não falo de A nem de B nem de C”...

A Zuleide sua esposa, ao filho Flamarion e Felipe, aos irmãos e demais familiares nossos sinceros votos de pesar pela partida do nosso grande amigo GINO.

(Foto arquivos de Chiquinho) Tiau, Higino (de óculos), Chiquinho, Prof. Pedrinho, Lenilson Cunha e Luiz Celso.

Por Claudio Lima.

" Um grande homem, um grande pai, UM GRANDE AMIGO! E por que não UM GRANDE HOMEM? GINO, PRESENTE!" - Eduardo Vasconcelos, radialista, blogueiro, ativista, amigo de GINO e presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC-RN.

ESCOLA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS - NOVA CRUZ - RN PROMOVEU ONTEM (30-10) ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO ÁS COMEMORAÇÕES AO DIA DO PROFESSOR E DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO

 

Imagem: O diretor da E. E. Presidente, GETÚLIO VARGAS, MÉDICE CUNHA (SEGUNDO DA ESQUERDA), ladeado pela sua esposa, Cleide, vice diretor, Luiz Arnaldo, cantor Diego Ramos, professora, Nizia Barbosa, Eduardo Vasconcelos, radialista e blogueiro e Tiago Ramos  Após o final da excelente festa em comemorações aos dias do Professor e do Servidor Público, respectivamente.
Da esquerda p/ direita: Eduardo Vasconcelos,  Nizia Barbosa, Cleide, Medice Cunha e Arnaldo, vice diretor
Professor Pedrinho ao lado de Nizia Barbosa e amiga
E muita musica ao vivo com o jovem e talentoso cantor, DIEGO RAMOS!
Agenda do jovem talentoso cantor, DIEGO RAMOS

A iniciativa da direção da Escola Estadual Presidente GETÚLIO VARGAS em Nova Cruz, Rio Grande do Norte, promoveu ontem (30), uma almoço de confraternização aos dias do PROFESSOR e SERVIDOR PÚBLICO nas dependência da própria escola, com direito a muito som e um almoço, além de lembranças para ambas as categorias.

O almoço foi  servido ao som ao som do jovem e talentoso cantor, DIEGO RAMOS, com vários estilos de músicas, sendo elogiado por todos, inclusive acompanho-o nas musicas com repertórios de mexer os corações dos presentes.

Esse blogueiro e radialista, Eduardo Vasconcelos agradece o convite e que venha mais atividades em prol dos que fazem essa maravilhosa escola.

Parabéns a direção geral da escola, na pessoa de Medice Cunha Lima, pela excelente iniciativa! Sim! Outros virão!

Ex-potência ambiental, Brasil chega à COP26 com reputação derretida

 Após um intervalo de dois anos devido à pandemia de covid-19, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, é encarada como uma das mais decisivas. Nesta edição, é aguardado que países anunciem metas mais ousadas de corte de emissão de gases de efeito estufa para que a temperatura média do planeta não aumente mais que 1,5 ºC em relação aos níveis pré-industriais até o fim de século, patamar estabelecido no Acordo de Paris.

 
Com um histórico respeitável em discussões internacionais como essa, desta vez o Brasil não deve ter uma performance de impacto. Desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência com uma política antiambiental, a reputação do país como potência nessa área se derreteu, assim como sua habilidade de destravar nós diplomáticos.
 
"A capacidade que o país tinha de influenciar as negociações foi enfraquecida. O governo Bolsonaro vive uma situação caótica sob esse ponto de vista, principalmente com o aumento do desmatamento", pontua Raoni Rajão, professor de Gestão Ambiental e Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
 
Nem o chamado Programa Nacional de Crescimento Verde (PNCV), lançado às pressas antes da COP26, empolgou. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, o programa, apresentado na última segunda-feira (25/10), tem o objetivo de reduzir as emissões, conservar florestas e usar racionalmente os recursos naturais, com geração de emprego e crescimento econômico.
 
Na prática, no entanto, a direção parece ser outra. Em 2020, o país registrou uma alta de 9,5% nas emissões puxada pelo aumento do desmatamento, principalmente na Amazônia, conforme levantamento feito pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG).
 
"Não se espera muito do Brasil. O país não conseguiu articular nada consistente em termos de proposta de redução de emissões que tivesse transparência, etapas claras a serem cumpridas e compromissos", analisa Mercedes Bustamante, professora da Universidade de Brasilia e membro da Coalizão Ciência e Sociedade.
 
O decreto que criou o PNVC fala ainda em investimento para pesquisa em biodiversidade e serviços ecossistêmicos como bases para esse crescimento verde. Ironicamente, ele foi publicado poucas semanas depois de um grande corte de recursos para a ciência , à beira de um colapso iminente.
 
"É mais um movimento errático", comenta Bustamante sobre o PNVC. "O governo tem consciência de que a imagem está muito desgastada. Esse plano não tem nada consistente apontando para uma mudança de trajetória."
 
Manobra nas contas
 
A COP26 terá que lidar com uma matemática difícil. Os gases de efeito estufa lançados na atmosfera ainda levam a um aquecimento além do 1,5 ºC estipulado pelo Acordo de Paris. Todas as promessas de cortes de emissões feitas pelos 192 países que ratificaram o pacto levam o termômetro para uma elevação de pelo menos 2,7 °C neste século, segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) publicado nesta semana.
 
Essas promessas estão nas chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas, ou NDCs, na sigla em inglês. É por meio da NDC que um país indica o quanto está disposto a cortar de CO2 para frear o aquecimento do planeta.
 
Uma contribuição brasileira para melhorar essa conta não deve surgir durante a reunião. Na sua NDC original, apresentada em 2015 na COP de Paris, o país fixou o compromisso de reduzir suas emissões líquidas em 37% até 2025. Para 2030, estipulou o corte de 43% - ambos em relação ao ano de 2005.
 
Numa revisão submetida à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), que organiza as COPs, o país manteve as percentagens, mas alterou a base de cálculo. Na prática, a "nova" NDC permite ao Brasil chegar a 2030 emitindo 400 milhões de toneladas de CO2 a mais que o proposto em 2015.
 
A "pedalada" não passou despercebida: no relatório Emissions Gap Report publicado nesta semana, a poucos dias da COP26, o Pnuma destacou que o Brasil regrediu na ambição de suas metas.
 
Credibilidade abalada
 
A antiga boa reputação internacional do Brasil na área ambiental havia sido construída a partir de uma queda drástica do desmatamento na Amazônia. O país foi o que mais reduziu emissões no planeta entre 2004 e 2012, por causa de uma redução de 80% no corte da floresta.
 
O país também sediou a conferência que deu vida à UNFCCC, a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Durante as últimas décadas, os negociadores brasileiros ganharam papel de destaque, em particular quando o Acordo de Paris foi firmado. Mas o cenário mudou nos últimos anos.
 
"Hoje, o Brasil enfrenta enormes desafios com o aumento do desmatamento e da violência contra os povos indígenas e o enfraquecimento da governança socioambiental", comenta Toerris Jaeger, secretário-geral da Rainforest Foundation Norway. "Isso com certeza será discutido em eventos paralelos e nos corredores da COP, pois deve haver coerência entre o que é dito no cenário internacional e o que está acontecendo no território."
 
Susanne Dröge, especialista em política climática do Instituto Alemão para Política Internacional e Segurança (SWP), concorda que a imagem do governo brasileiro se deteriorou, mas ressalta que o peso do país é grande quando se consideram os estoques de carbono da maior floresta tropical do mundo.
 
"O Brasil é sempre solicitado a proteger a Amazônia, e a ajuda internacional continuará sendo importante para isso. Suspender o Fundo Amazônia não pode ser uma solução permanente", comenta Dröge, ressaltando que muitas entidades precisam de apoio internacional.
 
Além disso, o Brasil [e uma âncora na região, exercendo influência sobre outros países latino-americanos, analisa Dröge. "A cooperação com o Brasil também é essencial nesse sentido", diz.
 
Ainda assim, não há sinais de que doadores internacionais se comprometam a enviar recursos para o país proteger a floresta. O Fundo Amazônia, criado para incentivar o uso sustentável da floresta e combater o desmatamento, foi paralisado após a chegada de Bolsonaro à presidência. Por causa da indefinição, inúmeros projetos financiados pelo fundo tiveram que suspender as atividades.

Fonte: POTIGUAR NOTÍCIAS

Tumba de Jesus é reaberta após centenas de anos e cientistas fazem descoberta fantástica - Por Manoella

 

Israel é o lar de alguns dos lugares santos mais reverenciados do cristianismo, mas nenhum deles é considerado mais importante do que a Igreja do Santo Sepulcro, conhecida por abrigar o túmulo de Jesus.

Após séculos de decadência e danos estruturais, os cientistas finalmente começaram uma renovação do túmulo, há muito esperada, em outubro de 2016. Quando removeram uma laje de mármore pela primeira vez em centenas e centenas de anos, havia sob ela uma descoberta nunca antes vista.

O túmulo mais importante do cristianismo

Segundo a crônica do Novo Testamento de sua morte, o túmulo de Jesus foi construído próximo ao lugar de sua crucificação. A estrutura foi feita para cercar tanto seu corpo quanto a cruz em que ele morreu. E embora o local exato do sepultamento não tenha sido provado arqueologicamente, os historiadores sabem uma coisa com certeza sobre a Igreja atual do Santo Sepulcro.

A primeira igreja no local foi construída pelo imperador romano Constantino o Grande em cerca de 326 d.C., e foi destinada a abrigar seu próprio local de sepultamento. Primeiro, a mãe de Constantino, Helena, foi enviada para encontrar a localização exata da tumba de Jesus de três séculos antes. Com a ajuda de um bispo chamado Eusébio, ela acreditou tê-lo encontrado.

As primeiras restaurações

Do local da igreja que a mãe do imperador Constantino estabeleceu, a Igreja do Santo Sepulcro perdurou por vários anos, impulsionada por séculos de Cruzadas. A torre do sino da igreja desmoronou em 1545 e incentivou a primeira renovação.

Os frades franciscanos completaram sua própria renovação na igreja há muito negligenciada. Isto incluiu uma das primeiras limpezas da edícula: o santuário que abrigava o túmulo de Jesus.

Selando

Os monges franciscanos selaram então o local do sepultamento em 1555. A fim de preservar o local, e para evitar que os peregrinos ansiosos tocassem a verdadeira rocha onde o corpo de Jesus uma vez se sentou, os monges instalaram uma laje de mármore sobre o sepultamento de calcário.

Durante séculos, ela permaneceu por abrir. Os arqueólogos quiseram escavar mais dentro do sepultamento para ver se havia alguma prova arqueológica de que o corpo de Jesus estava lá uma vez.

Muitos poderes

Uma restauração moderna da Igreja do Santo Sepulcro já devia ter sido feita há vários séculos. Mas implementar mudanças neste mais importante dos locais santos cristãos é notoriamente difícil.

Parte da dificuldade decorre do fato de que três grandes denominações cristãs, católica romana, armênia apostólica e ortodoxa grega, compartilham a custódia da igreja - e nem sempre concordam entre si.

A "escada inamovível"

Por exemplo, um debate se prolongou por dois séculos e meio sobre a remoção ou não de uma escada de cedro do Líbano que fica acima da entrada da igreja. Ela tem uma história muito engraçada.

O objeto foi carinhosamente apelidado de "a escada inamovível", e ainda está lá hoje. Diferenças à parte, os padres decidiram que era hora de uma limpeza. Mal sabiam eles o que eventualmente testemunhariam.

Planejando a renovação e a escavação

Em 1947, durante o domínio colonial britânico, foi colocado um andaime de ferro ao redor da edícula estilo otomano para evitar que ele se desmoronasse até o chão. Depois veio um projeto de 2016 para ajudar a preservar este local tradicional do túmulo de Jesus.

Realizada por uma equipe de cientistas da Universidade de Atenas, esta restauração incluiria também uma escavação arqueológica do túmulo de Jesus. Espera-se que eles possam revelar seu conteúdo mais íntimo.

Sem precedentes

O campo crescente da arqueologia bíblica visa revelar a verdade histórica (ou, ao contrário, refutá-la) de eventos e lugares descritos na Bíblia. Este era exatamente o plano da escavação de 2016. A tecnologia moderna proporcionaria um acesso sem precedentes à informação que tem tirado o sono dos entusiastas bíblicos por toda sua vida.

A principal pergunta que os cientistas estavam procurando responder: o túmulo atual na Igreja do Santo Sepulcro era realmente o lugar de descanso final de Jesus? Mas nem tudo estava claro até então.

Falta de provas

Séculos de guerras e desastres naturais fizeram com que os cientistas suspeitassem muito que a edícula realmente abrigasse o túmulo de Jesus. Algumas décadas após sua morte, Jerusalém foi completamente destruída, arrasada em 70 EC durante a Primeira Guerra entre judeus e romanos.

Para complicar ainda mais a situação, apesar do que está escrito, há apenas provas físicas de duas crucificações realizadas pelos romanos durante o tempo de Jesus (uma foi encontrada perto de Jerusalém em 1968, a outra na Itália, 2018).

Descoberta anterior

A partir de escavações realizadas na igreja durante os anos 70, os pesquisadores puderam determinar que a estrutura do Santo Sepulcro foi construída de forma a encobrir a religião dominante que havia chegado antes do cristianismo.

O local que Helena e Eusébio haviam declarado como sendo o túmulo de Jesus havia sido primeiro um templo para os deuses romanos Júpiter ou Vênus, construído pelo imperador Adriano séculos antes do reinado de Constantino.

Expedições mais antigas

O líder da escavação nos anos 70, um padre e arqueólogo franciscano chamado Virgilio Canio Corbo, supôs que o recinto da igreja estaria aproximadamente no mesmo lugar que estava na época de Hadrian.

Isso significava que a localização da edícula não teria mudado desde o século II d.C. Embora a hipótese de Corbo tenha sido contestada, felizmente mais evidências surgiram para apoiar ainda mais a afirmação de que este era de fato o lugar do túmulo de Jesus.

Fora dos muros da cidade?

Escavações adicionais realizadas durante o século XX revelaram descobertas revolucionárias na Igreja do Santo Sepulcro. Isto incluiu vários túmulos de pedra, e uma antiga pedreira de calcário que se pensava ser os restos da primeira igreja de Constantino de 326, uma descrição que sustenta a que foi dada na Bíblia.

Estes achados lançam uma luz importante sobre a atual localização aceita do túmulo de Jesus. Outra questão-chave é se o local existente teria estado ou não dentro dos muros de Jerusalém durante o tempo da morte de Jesus.

O que diz a Bíblia

Como esperado, o maior guia em caso de dúvidas cristãs é o livro da Bíblia. Logo, segundo a própria Bíblia, é dito que Jesus Cristo foi enterrado fora dos muros da cidade - mas a igreja e a tumba atuais estão dentro dos muros da Cidade Velha de Jerusalém.

Mas mais descobertas provaram que a igreja teria estado fora da cidade durante o tempo imediatamente após a morte de Jesus, e os muros se expandiram depois. Até agora, muita coisa estava se alinhando.

Ganhando o sinal verde

Estas descobertas mais recentes que foram feitas foram levadas em consideração quando os monges do Santo Sepulcro tomaram a decisão de permitir que a equipe de Atenas começasse os trabalhos de restauração. Com a promessa da equipe de que a estrutura existente não seria alterada, a aprovação foi dada. O trabalho estava pronto para começar, e com ele, uma oportunidade única de ver o interior do túmulo de Jesus.

A equipe levou dez meses para completar as restaurações no exterior da edícula. Com cuidado cuidadoso, eles removeram o molde e os danos causados pela água manualmente, e também inseriram modernos parafusos para reforçar as paredes e as fundações. Isto garantiu que a estrutura seria sólida por pelo menos mais alguns séculos. Mas a equipe de pesquisadores guardou a melhor parte do projeto para o fim.

Abrindo a câmara funerária

Lembra-se da laje de mármore que os monges franciscanos colocaram sobre a câmara funerária para evitar que ela fosse exposta a milhões de peregrinos? A equipe estava prestes a movê-la pela primeira vez desde que ela foi colocada lá, em meados do século XVI. Foi um momento de descoberta que os cientistas - e os monges - esperavam por toda a sua vida.

Em 25 e 26 de outubro de 2016, a equipe trabalhou na Igreja do Santo Sepulcro por sessenta horas seguidas para remover a laje de mármore, tendo o cuidado extra de não danificar nenhuma parte da câmara funerária ao redor. Quando finalmente o mármore foi levantado, a equipe viu algo que não estava esperando.

Escondido por séculos

Debaixo do mármore havia várias camadas de sujeira e detritos que se acumularam durante literalmente milhares de anos. Era a primeira vez que os humanos tinham colocado os olhos na parte mais profunda da câmara funerária, e muito possivelmente a última. Após horas de escavação, peneiramento e remoção dos detritos, eles fizeram uma nova descoberta chocante.

Os cientistas não faziam ideia de que outra placa de mármore havia sido colocada sob a que foi colocada pelos monges franciscanos em 1555. Foi uma surpresa completa. Enquanto a primeira camada de mármore era uma branca leitosa, a segunda era cinza, um sinal de sua extraordinária idade. Na superfície do mármore cinza, a equipe viu algo em que não podia acreditar. Havia uma bela cruz gravada no centro da pedra!

O que isso significava?

Esta segunda placa de mármore, há muito escondida, foi um mistério que colocou os historiadores em uma busca frenética por respostas. Alguns especulavam que a cruz foi colocada ali durante o tempo das Cruzadas, uma marca duradoura de uma de suas conquistas da Cidade Santa. Alguns pensavam que poderia ter sido o resultado de um ataque dos conquistadores árabes mesmo antes das Cruzadas, cerca de 1009.

Ainda assim, outros sugeriram que poderia ser ainda mais antiga. Apesar da miríade de teorias, havia uma coisa em que a equipe concordava. O mármore recém-descoberto tinha que ser pelo menos tão velho quanto as paredes que o rodeavam, o que faria com que tivesse, no mínimo, quinhentos anos. Mas havia alguma maneira de saber a sua idade?

Recebendo os resultados 

A equipe da escavação de 2016 utilizou um processo chamado luminescência estimulada óptica (OSL) para determinar quando o material que foi coletado foi exposto à luz pela última vez. Isto forneceria as provas científicas para provar a data exata da câmara. Após quase um ano, os resultados chegaram.

Apesar das evidências anteriores que ligavam a câmara ao período dos romanos antes de se tornarem cristãos, os testes mais recentes provaram que a laje de sepultamento e a cobertura oculta foram expostas pela última vez durante o quarto século. Esse foi o mesmo período de tempo em que a primeira Igreja do Santo Sepulcro foi construída por Constantino!

Mais provas

Mais descobertas poderiam fornecer um registro arqueológico convincente ao longo de toda a profundidade da câmara. A análise da argamassa retirada da parede sul do túmulo corroborou com a datação da laje de mármore e da tampa. Para a equipe de Atenas e para os monges que tiveram a oportunidade de supervisionar a obra, esta foi uma notícia positivamente eletrizante.

Com a restauração concluída, é improvável que as placas de mármore e a câmara funerária sejam abertas novamente a qualquer momento no futuro próximo. Os resultados da escavação revelaram novos fatos que mudarão para sempre a maneira como as pessoas em todo o mundo veem o local mais sagrado do Cristianismo. O ponto repercutiu bastante.

Conversão de não-crentes em crentes

Mesmo alguns dos maiores críticos da arqueologia sobre a autenticidade do local do túmulo de Jesus tiveram uma mudança de opinião a respeito das recentes descobertas, uma vez que elas trazem fatos bem relevantes.

O famoso arqueólogo israelense Dan Bahat, que questionou a veracidade da afirmação de Corbo de que a Igreja estava aproximadamente no mesmo lugar que estava quando foi construída há quase dois mil anos, disse que agora não há razão para duvidar da veracidade do local.

Não há 100% de certeza

Embora possa não haver provas concretas de que o corpo de Jesus foi realmente enterrado diretamente lá, "não temos realmente nenhuma razão para rejeitar a autenticidade do local", diz Bahat. "Certamente, não há outros locais que possam carregar uma afirmação tão forte".

Embora o mundo protestante e muitos arqueólogos acreditem que o local real estava fora da Cidade Velha em um lugar chamado Túmulo do Jardim, as descobertas das escavações de 2016 convenceram mais do que alguns poucos especialistas.

Por que isso é importante?

Sem dúvida, arqueólogos e buscadores de verdades históricas continuarão a fazer descobertas revolucionárias que desvendam novas verdades sobre a história física por trás das histórias na Bíblia. Mas, para os verdadeiros crentes, descobertas como a feita pela equipe de Atenas são inconsequentes. Uma viagem a Jerusalém já é prova suficiente.

Uma vez dentro da Cidade Velha, os visitantes verão inúmeros peregrinos se alegrando, chorando, abençoando seus filhos e experimentando sua própria forma de epifanias religiosas. Para eles, a autenticidade dos locais é inabalável, e as respostas que buscam estão simplesmente em sua fé.

Fonte: https://indeedfinance.com

sábado, 30 de outubro de 2021

Paulo Guedes chama Marcos Pontes de "burro" e critica gestão dos outros ministros - Por: Jessyanne Bezerra

Em reunião em sua sala na última terça-feira (27), Paulo Guedes chamou colegas do próprio governo de incompetentes, se referiu a Marcos Pontes, Ministro da Ciência e Tecnologia, como burro, e disse que "às vezes eu mesmo me pergunto o que estou fazendo aqui". A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com a publicação, as frases foram ditas durante encontro com integrantes da comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, que brigam para ter de volta R$ 600 milhões de recursos retirados do ministério da área.  No local estavam deputados da base e de oposição.

Nesse contexto, Guedes afirmou que há muita incompetência na gestão do dinheiro público e que ministros não executam os recursos que estão disponíveis, ou seja, deixando valores parados, sem utilização.

Segundo o jornal, o titular da Economia não disse o nome do ministro da Ciência e Tecnologia. Nesse momento, se referiu o todo tempo a Pontes sem citá-lo diretamente, mas chamando-o de astronauta. No caso, Guedes deu a entender que o colega de Esplanada vive no "espaço" e não entende nada de gestão.

Além disso, Guedes criticou a reclamação em questão, sobre o corte nos valores da pasta, dizendo que cerca de 50% da execução orçamentária até agora não foi feita. Ele se queixou das prioridades do ministério, afirmou que sempre defendeu o investimento em ciência, mas que o dinheiro foi parar em ‘foguetes’. Nesse momento, usou a palavra "burro" para classificar o gestor.

De acordo com relatos feitos ao Painel, Guedes mencionou que tentaram derrubá-lo recentemente (em meio à crise envolvendo o teto de gastos) e que a todo momento tentam culpá-lo pelos fracassos do governo. Nesse contexto, ele falou que "às vezes eu mesmo me pergunto o que estou fazendo aqui."

Foi nessa linha que Guedes criticou Pontes, Rogério Marinho, Ministro do Desenvolvimento Regional, e Onyx Lorenzoni, Ministro do Trabalho. 

Fonte: Contêm dados do jornal Folha de São Paulo.

Com Potiguar Notícias

Adaptado pelo eduagreste.blogspot.com, 30-09-2021

Há 36 anos MST realizava a primeira ocupação do movimento

Foto: Roberto Santos 
Em 29 de outubro de 1985, 1500 famílias vindas do MST , de 33 municípios ocupam a fazenda Anonni.

O ponto era a Encruzilhada da Barca, às duas horas da manhã, da terça-feira, 29 de outubro de 1985. Um fusca vermelho como o MST estaria parado no local como sinal. A estrada de chão ainda guardava água da chuva do dia anterior. Aos poucos vinham chegando os caminhões carregados de homens, mulheres, crianças e uns poucos pertences na caçamba. Gente que vinha de 33 municípios da região norte e noroeste do Rio Grande do Sul. Para limpar a estrada e não despertar suspeitas, quem chegava, ia se escondendo nas estradas vicinais ao redor do local esperando a próxima ordem. 


Por Fernanda Canofre e Gerson Costa Lopes, do Sul 21 


Por volta das 2h15, dois brigadianos responsáveis pelo posto na Fazenda Annoni, passaram pela Encruzilhada fazendo sua ronda. Era noite de lua cheia. Na estrada, só se ouvia o barulho dos grilos. Encontraram o fusca abandonado com uma das portas abertas. Sem sinal de ninguém por perto, os policiais revistaram o veículo, checaram as imediações e resolveram seguir em direção a Ronda Alta. 


Se tivessem dado alguns passos para dentro de uma das estradas que entravam nas lavouras, os brigadianos teriam se deparado com mais de 4 mil pessoas em silêncio, segurando choro e nervosismo. Mas sem encontrar nada, apenas seguiram caminho. 

Os frutos do trabalho realizado hoje na fazenda | Foto: Gerson Costa Lopes. 


Os colonos correram para o carro, queriam ver se havia ficado algo que despertasse suspeita da polícia. Fecharam as portas que estavam abertas e voltaram a se esconder para esperar o grupo que se atrasou retido na estrada. Quinze minutos depois, os policiais voltaram. Estranharam as portas fechadas, ainda sem ter sinal de haver alguém por perto. As buscas para encontrar qualquer pista foram outra vez em vão. Talvez para levar a informação, talvez desconfiando de algo, talvez por realmente não achar que o fusca fosse um problema, embarcaram na viatura e foram embora. 


A tensão com a presença da polícia serviu como combustível. Antes das 3 horas da manhã, Isaías Vedovatto, um guri magro de 19 anos, segurava o alicate nas mãos trêmulas para cortar o arame que separava os 9 mil hectares da Fazenda Annoni do sonho daquela gente. “Não passava nada pela cabeça. Só queria cortar a cerca de uma vez. Lembro do zunido dos cinco fios de arame sendo cortados, como se fosse o início de uma música”, recorda. 


A história da primeira ocupação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que começou com o arame cortado, é lembrada pelos integrantes do MST até hoje, 36 anos depois

ocupação da Fazenda Annoni completa 36 anos e marca a luta histórica no Brasil | Foto: Arquivo 


MST: Organizar para ocupar 


Enquanto o grupo cravava as primeiras estacas no solo da Annoni durante a madrugada do dia 29, outros 2,5 mil agricultores, na carroceria de 30 caminhões, saídos de Santo Ângelo, Palmeira das Missões e outros municípios, vinham decifrando senhas ao longo do trajeto para encontrar a fazenda. Galhos de árvores deixados nos cruzamentos, carros estacionados nos trevos, sinal de luz, tudo servia para indicar a direção. Os primeiros raios de sol de terça-feira já estavam quase despontando quando o comboio chegou ao destino. Naquele momento, já eram 7,5 mil pessoas reunidas dentro da Annoni. 


“Tivemos 72 horas para traçar o caminho e os desvios da polícia. Saímos em comboio. A orientação era, em caso de abordagem policial, desembarcar e montar acampamento na estrada mesmo. No trevo de Sarandi havia um corcel marrom nos esperando. Quando chegamos na Annoni, a cerca já havia sido cortada. A polícia já estava lá ”, lembra Darci Maschio, um dos assentados e um dos líderes do assentamento. Naquela noite, o comboio de gente vindo de Erval Seco chegou liderado pelo seu fusca

Na imagem, o capim Annoni, que virou praga no Estado | Foto: Fernanda Canofre 


Para reunir um contingente com pessoas de 33 municípios e duas regiões diferentes do estado, foram necessários quase dois anos de organização. Uma movimentação que teve guarida no seio da Igreja Católica, apoiada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). O Movimento Sindical Combativo também surge como ferramenta importante neste processo. Ao final das missas, o padre convidava quem se interessasse, para realizar um debate com o grupo de jovens que o acompanhava. Na pauta, o problema da terra. O mentor dessa organização era um veterano de ocupações: Padre Arnildo Fritzen. Anos antes da Annoni, ele já havia ajudado pequenos agricultores expulsos de terras indígenas de Nonoai e Planalto a organizar ocupações e negociar com o governo do Estado. 


“O berço mesmo de tudo é Macali, Brilhante e Natalino. Porque aquilo é uma escola de formação e é o lugar onde as pessoas começam a firmar a convicção de que é possível os pequenos conquistarem seus direitos”, lembra padre Arnildo, se referindo as outras duas grandes áreas de terra da região ocupadas no final dos anos 1970. Foram elas que serviram de modelo para a grande movimentação da Fazenda Annoni anos depois. 


Com experiência de driblar a ditadura militar, as reuniões clandestinas eram organizadas com cuidado pelo padre. “O medo era grande. Havia a experiência da Encruzilhada Natalino, onde a repressão foi muito forte. Era preciso todo o cuidado”, conta Isaías Vedovatto. Os pontos de encontro dos representantes de cada região eram com frequência casas de agricultores ou a igreja de Ronda Alta, onde Arnildo Fritzen era um dos responsáveis. Ali, as reuniões dos sem-terra a portas fechadas, se transformavam em “formações de catequistas”, “treinamento de grupos de jovens”. Quando não sentiam segurança nem nestes locais, iam para o meio do mato, durante a madrugada. “Só acendíamos as lanternas. Sempre em grupos pequenos, no máximo doze ou treze pessoas, só a comissão diretiva”, relembra padre Arnildo. 


As festas da igreja e bailes também funcionavam como fachada para angariar fundos para a causa. O dinheiro cobria despesas com deslocamentos e como apoio para os sem-terra acampados. Muitas vezes, era nestas festas que os representantes dos agricultores de cada região poderiam se reunir sem levantar suspeita.

Imagem da época da coupação, em 1985 | Foto: Arquivo 

Mudança de planos 


Foi o que aconteceu no Baile do Chopp de Ronda Alta, no sábado de 26 de outubro de 1985. Em 1984, quando o MST foi criado no Congresso de Cascavel, no Paraná, tomaram a decisão de que deveriam seguir com as ocupações de grandes latifúndios como forma de pressionar os governos. Esperar por eles, poderia virar uma vida sem solução. Como era o caso das 57 famílias de desalojados da barragem de Passo Real, no noroeste do Rio Grande do Sul, que aguardavam há 12 anos por terras, dentro da Fazenda Annoni, sem poder produzir nem um hectare. 


A Fazenda do tamanho de 9 mil campos de futebol serviu como modelo perfeito da luta que o MST começava. Há décadas que as terras da família Annoni não produziam nada. Estavam tomadas pelo capim importado pelo patriarca para servir de pasto para o gado, mas que virou praga em todo o Estado. Algumas cabeças magras de gado tentavam justificar a propriedade privada. Ficou decidido então, que o MST levantaria sua bandeira em duas grandes ocupações simultâneas que mostrassem o quanto a reforma agrária era necessária: Annoni e uma fazenda em Erval Seco. 


Em Ronda Alta, numa mesa com cerveja e comida alemã, Isaías se inteirou que os planos de ocupar a propriedade em Erval Seco não deram certo. A propriedade de Erval não estava completamente improdutiva, era menor do que haviam previsto, não se encaixava no perfil de latifúndio que o movimento mirava. Ao invés disso, os agricultores que programavam a ação na cidade, agora estavam a caminho de Ronda Alta para entrar na Annoni. 


Isaías não gostou muito da ideia. O rapaz franzino que cresceu numa terra que o pai conquistou com a tentativa de reforma agrária de Brizola em 1962, era um dos organizadores da ocupação. Apenas ele e mais três pessoas sabiam do ponto onde a caravana deveria entrar na madrugada do dia 29 e temia que colocar mais gente, de última hora, pudesse lhes custar caro. Mas aceitou.

Três dos líderes da ocupação na década de 80 | Foto: Gerson Costa Lopes

Enquanto moradores da comunidade se divertiam no baile, alheios ao que ocorria na mesa, o grupo definiu que a ocupação aconteceria na próxima terça-feira, dia 29 de outubro de 1985. Duas noites depois. 

Além da cerca 


Depois de cortada a cerca, Isaías lembra que havia pressa de todo mundo para entrar e liberar os caminhões antes do amanhecer. Todo mundo só pensava em descarregar os poucos pertences que haviam trazido e começar a fixar os barracos. O Padre Arnildo recorda, porém, de um gesto simbólico que já havia se tornado ritual com as ocupações anteriores naquela mesma região. Muitos agarravam um punhado de terra e levantavam para o alto dizendo: isso aqui é nosso. “Foi aquela sensação de um terra conquistada”, diz ainda emocionado trinta anos depois. 


Conforme as horas iam passando, mais famílias iam chegando. No começo da manhã de terça-feira, já eram 1.500 famílias pedindo por um pedaço de terra em cima da Fazenda Annoni, segundo Darci Maschio. Muitos deles pequenos agricultores que não conseguiam tirar sustento dos poucos hectares que dividiam com os pais, outros tantos sem nenhum canto de terra para plantar. Gente que não queria ir para a cidade em busca de uma vida melhor, pertencia ao campo. 


Ao contrário do que acontecera com as Fazendas Macali e Brilhante, dessa vez o governo agiu rápido. Quando o dia amanheceu a Brigada Militar de Passo Fundo, há 40 minutos de distância dali, já havia deslocado um batalhão para o local. O cerco a Annoni duraria meses. Nos meses seguintes, cada pessoa que quisesse entrar ou sair da propriedade teria de ser revistada. Uma relação que ficaria ainda mais tensa no ano seguinte. 


O acordo firmado pelo então secretário da Agricultura, João Jardim, definia para os sem-terra o mesmo acordo feito com os “parceleiros” desalojados de Passo Real que estavam ali: poderiam ficar, desde que não plantassem, nem produzissem nada. No começo, os agricultores aceitaram. Teriam dois meses de paciência ainda com o governo, até perceberem que a tática era velha forma de ganhar tempo. O dono da fazenda também não daria o braço a torcer fácil. Já havia embargado o processo de desapropriação uma vez em 1972, não ia deixar 9 mil hectares irem assim. 


Mas no amanhecer do dia 29, nada disso era preocupação. Mais de sete mil pessoas, como uma nova cidade que havia se juntado de repente, se reuniam para discutir e debater algo importante: o nome do filho de Roseli. A agricultora de Rondinha que puxou o marido e os dois filhos para cima de uma caminhão, com uma barriga de quase dois meses, deu à luz na Annoni na mesma noite em que os barracos eram construídos. Todos juntos, os colonos batizaram o primeiro bebê de um assentamento de Marcos Tiarajú, em homenagem ao herói indígena das Missões. 


A ocupação da Annoni teria ainda grandes episódios, como a marcha a pé desde Pontão até Porto Alegre, o acampamento de dois meses dentro da Assembleia Legislativa, o protesto de milhares de pessoas deitadas em frente à Catedral Metropolitana exigindo serem ouvidas. Além disso, impulsionou ocupação de terras em todo o Brasil. No Estado, seguiram acampamentos por Joia, São Gabriel, Cruz Alta, Viamão. 


Era o início de um novo movimento num país engatinhando para fora de uma ditadura. E tudo começou naquela madrugada de outubro, depois da chuva.


Fonte: JORNALITAS LIVRES