sábado, 24 de junho de 2023

Google gastou R$ 2 mi contra PL das fake news

 Por Altamiro Borges

Num total desrespeito à soberania brasileira, as poderosas big techs investiram pesado contra a aprovação na Câmara Federal do projeto de lei de regulação das plataformas digitais no início de maio. O Estadão revelou nesta quarta-feira (21) que somente o Google gastou R$ 2 milhões em anúncios contra o chamado PL das fake news. A informação foi confirmada pelo próprio presidente da multinacional no Brasil, Fábio José Silva Coelho, e pelo diretor de Relações Governamentais da empresa, Marcelo Lacerda, em depoimento à Polícia Federal.

Eles foram ouvidos na semana passada no inquérito que investiga se a multinacional manipulou buscas e fez campanha contra o PL-2630. “A investigação foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a partir de um ofício do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Os anúncios, segundo os depoimentos, foram veiculados em rádios, jornais, redes sociais e no próprio Google. Os executivos negaram, no entanto, que o objetivo fosse pressionar parlamentares a votar contra o projeto de lei”, relata o jornal.

Na maior caradura, eles juraram que “os anúncios não tinham como objetivo manifestar oposição ao projeto de lei em questão, mas sim abrir espaço para o debate quanto as possíveis melhorias em seu texto. ‘O Google é aberto ao diálogo e não é contra a regulamentação’, afirmou Coelho. Ambos negaram que a empresa tenha interferido no resultado das buscas sobre o PL ou tentado ‘direcionar a percepção’ dos usuários”. Haja cinismo!

As provocações do Telegram

Nesta semana, finalmente a Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar as publicações do Google e Telegram contra o PL-2630. “A investigação apurará, inicialmente, crimes contra a ordem tributária, segundo documento assinado em 7 de junho pela delegada Kamila Monteiro Maestri. Ela não descarta, contudo, outros crimes ‘que porventura forem constatados no curso da investigação’”, informa o site UOL.sem

Foi solicitado laudo pericial dos artigos “Como o PL 2630 pode piorar sua internet” e “PL das fakes news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira”, postados em 27 de abril e assinados por Marcelo Lacerda. “A delegada determinou ao Google a preservação destas publicações e demandou que o Twitter preserve uma publicação do Telegram, feita em 9 de maio. No texto, a empresa dizia que a lei ‘acabará com a liberdade de expressão’ e dará ‘ao governo poderes de censura sem supervisão judicial prévia’”.

A PF ainda determinou que o Telegram informe, em até 10 dias, quem mandou disparar uma mensagem a seus usuários em 9 de maio com críticas ao projeto, questionando também se o texto foi distribuído irrestritamente a todos ou se houve um direcionamento. “O Telegram deverá ainda fornecer documentos, e-mails, pautas de reuniões e registros ‘que identifiquem, por nome e cargo na empresa, o responsável pela ordem de envio das mensagens’”. Aos poucos, o cerco vai se fechando contra as big techs!

Imagem da internet


CELULAR DE MARCOS DO VAL TEM B0MBA PRA PRENDER B0LSONARO!! BRASÍLIA EM CHAMAS COM REVELAÇÕES!!

 

Fonte: https://nogueirajr.blogspot.com

sábado, 17 de junho de 2023

CTB Bancários debate novos desafios

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), reuniu mais de 60 dirigentes sindicais bancários de todo o país nesta quinta-feira (15), em Salvador, para debater os novos desafios da CTB Bancários. O evento foi realizado na sede do Sindicato da Bahia e contou com a participação do presidente da CTB, Adilson Araújo.

No encontro, os dirigentes sindicais fizeram uma avaliação da atuação da CTB Bancários nos últimos três anos, destacando a luta em defesa do emprego e melhores condições de trabalho, do combate ao assédio moral e sexual e na defesa das empresas públicas.

“A política de desmonte implementada pelos governos Temer e Bolsonaro, além de precarizar o trabalho e destruir direitos dos trabalhadores, avançou no desmonte do país com privatizações, miséria, violência, ataques as instituições, e fortalecimento da extrema direita. Esse retrocesso exige dos trabalhadores participação nas lutas por democracia e direitos”, pontuou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e coordenador da CTB Bancários, Hermelino Neto.

Os participantes apontaram como principais desafios do momento a defesa dos bancos públicos, com a denúncia da manutenção e indicação de gestores envolvidos na prática de assédios. Outra tarefa importante é a promoção de debates sobre a saúde dos Bancários, bem como aperfeiçoar a comunicação, estimular participação das mulheres e jovens no movimento sindical, sem perder o foco da defesa do emprego.

Informações: Federação dos Bancários do Estado da Bahia e Sergipe (Feeb).

Com CTB NACIONAL

Projeto Mulher 365 que acontece neste sábado (17) terá como tema a saúde da mulher

 Foto: Divulgação/SMS

Neste sábado (17), a Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Natal, realiza o projeto Mulher 365. O projeto tem a intenção de abrir unidades de saúde aos sábados, uma vez por mês, para estimular a prevenção ao câncer de colo de útero e o cuidado com a saúde da mulher. As ações de saúde acontecem das 8h às 12h, em diversas Unidades de Saúde do município.

A realização do exame citopatológico, ou preventivo, como é mais conhecido, é um dos objetivos principais do projeto. “O citopatológico é um exame simples, rápido e indolor é o mais eficaz na detecção do câncer do colo do útero, que se descoberto a tempo pode ser tratado e curado”, comenta Ana Paula Magalhães, responsável técnica pelo Núcleo de Saúde da Mulher da SMS Natal.

O câncer de colo de útero é a terceira doença mais comum em mulheres no Brasil, podendo chegar a mais de 17 mil novos casos em 2023, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). “Essa mulher que por algum motivo não conseguiu comparecer a uma unidade de saúde durante a semana, pode procurar uma unidade que estará funcionando neste sábado para realizar o exame e se prevenir contra a doença.", reforça Ana Paula.

A partir de maio, o projeto também passou a oferecer atendimento odontológico para gestantes, com a intenção de incentivar os cuidados com a saúde bucal durante a gravidez.

Mulher 365

O Projeto tem a iniciativa de abrir aos sábados, uma vez por mês, algumas Unidades de Saúde do município, ofertando exames citopatológicos e ações de saúde (como este rápido de ISTs, vacinação, teste de glicemia, verificação de pressão arterial, entre outras) para mulheres, que por algum motivo não conseguem ir à unidade durante a semana. O atendimento acontece por demanda aberta, sem a necessidade de marcação de consulta, basta levar o cartão do SUS e o RG.

Confira as unidades que abrem neste sábado

Distrito Norte I

Parque das Dunas

Distrito Leste

USF Brasília Teimosa

Distrito Oeste

Cidade Nova

Distrito Sul

UBS Pirangi

Fonte: Prefeitura de Natal

Com Potiguar Notícias

Festejos juninos em Parnamirim têm início neste final de semana e prefeitura disponibiliza site com a programação

 

Foto: Ascom

Chegou a época mais esperada do ano e o são João de Parnamirim vem com tudo em 2023. As comemorações já começam neste final de semana, com as apresentações dos arraiás, quadrilhas e grupos culturais selecionados na chamada pública de apoio financeiro da Prefeitura de Parnamirim. A programação é diversificada e contempla todos os bairros do município.

Ao todo, foram selecionados 55 grupos (arraiás, quadrilhas e grupos culturais), que se apresentarão a cada final de semana. Os festejos juninos seguem, oficialmente, até o dia 27 de agosto, data de encerramento da Festa do Sabugo, que neste ano, terá a maior programação da história, com atrações nacionais de peso.

Para você ficar por dentro de toda a programação, a prefeitura disponibilizou uma ferramenta, em que é possível acompanhar locais, datas e horários de todos os arraiás. Para ter acesso, basta buscar o site mapas.saojoao.parnamirim.rn.gov.br e conferir toda a programação.

Fonte: Prefeitura de Parnamirim

Publicado no Potiguar Notícias

terça-feira, 13 de junho de 2023

VEM AÍ A NOITE DAS HOMENAGENS PROMOVIDO PELO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN - AGUARDEM!!!

 

Imagem de Dandara - guerreira e esposa de ZUMBI DOS PALMARES! "SIMBÓLO DE LUTA!!!

A partir de julho deste ano estaremos PROMOVENO ÁS NOITES DAS HOMENAGENS aos 14 anos de fundação do CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC0RN, fundado em 30 de dezembro de 2009, no SESC DE PONTA NEGRA - NATAL - RIO GRANDE DO NORTE por dezenas de artistas e amantes da CULTURA BRASILEIRA e em ESPECIAL da CULTURA POTIGUAR! 

Serão homenageados/as poetas e poetizas, bem como grupos de danças, capoeira, cantores e compositores, sanfoneiros/as, desenhistas, secretários/as de CULTURA, Políticos comprometidos com o resgate das tradições brasileira, ENTRE OUTROS.

Aguardem, brevemente estaremos publicando cartazes com datas e nomes das cidades polos que irão receber os produtores do evento, que são exatamente seus diretores; AGUARDEM!!!

Obs. OS NOMES DAS CIDADES POLOS SERÃO DIVULGADAS BREVEMENTE, AGUARDEM.


Saudações Culturais e Artistas,

EDUARDO Henrique Félix de VASCONCELOS
Presidente do CPC-RN (Centro Potiguar de Cultura)
Contato - (84) 99196 6212 ou 99708 5263
E-mail: centropotiguardecultura@gmail.com
Acessem> centropotiguardecultura.blogspot.com

ARTIGO | A escola do futuro é a escola aberta a serviço da comunidade

Temos convivido cada dia mais com a realidade crescente das nossas escolas esvaziadas. A evasão escolar é uma realidade crescente no Brasil, muito antes da pandemia de Covid-19, em 2022, a UNICEF realizou uma pesquisa juntamente com o IPEC, e cerca 2 milhões de jovens entre 11 a 19 anos que estudavam em escola pública, estão fora da sala de aula, muitos apresentam a trabalho infantil como fator contribuinte para essa evasão e a dificuldade de aprendizagem. Já é comum ver nossas escolas vazias, e nossas crianças na rua.

Entendemos que muito dessa evasão se dá com a realidade de que os jovens estudantes precisam trabalhar, e optam por sair da sala de aula; sabemos que o modelo que temos de escola hoje, não é o que nossa juventude precisa, pois cada dia mais a escola deixa de ser um espaço atrativo e acolhedor.

As nossas escolas estão sendo espaços massivos para criação de massa de manobra, muito longe do debate de humanização que defendemos. Essa falta de humanização contribui para evasão e as ondas de violência em nossas escolas que cada vez mais se perpetuam, um levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que estudo apresentado em 2019 mostra que as escolas brasileiras são mais propícias ao bullying e a intimidação do que em cenário internacional. 

28% dos diretores brasileiros apresentaram que já presenciaram situações de intimidação entre os estudantes, 10% das escolas brasileiras que participaram da pesquisa apontam episódios de intimidação e violência verbal contra educadores, o que nos leva a refletir sobre o que é a escola pública hoje para a juventude e como ela se reflete na sociedade.

A escola que falta merenda, que não debate esportes, cultura, falta professor e não dá autonomia aos estudantes, não é a escola a qual defendemos, e sim um projeto de sucateamento. Sucateamento esse que fecha as nossas escolas para a sociedade. E que é muito longe da “escola dos nossos sonhos” que tanto defendemos.

Acreditamos que a falta de infraestrutura em nossas escolas contribuem para a evasão e para o fechamento das mesmas. Com base no censo escolar de 2021, a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) apresentou que pelo menos 14,7 milhões de estudantes brasileiros são afetados pela falta de estrutura básica em nossas escolas.

Queremos a escola pública com estruturas para formar e capacitar os estudantes, que repense um novo modelo de acolhimento, que tenha merenda de qualidade, o incentivo e investimento a criação de projetos de ciência e tecnologia, de cultura e arte. Que tenha assistência estudantil para os estudantes de baixa renda, o acesso por meio do passe livre à escola, que seja construída e pensada estudando o novo perfil de juventude, especificadamente, a juventude trabalhadora, que não tem a escola a seu favor e vai às ruas.

Para que tenhamos a construção dessa escola, precisamos entender que o fator econômico contribui bastante para que as nossas escolas públicas não avancem, a escola do futuro custa caro, porque nunca foi prioridade que a periferia tivesse acesso à ciência e a tecnologia, a cultura e a arte. Esse processo da construção da escola dos nossos sonhos é um espaço para democratizar a nossa educação de qualidade. E um espaço para defender os meios pelo qual essa educação acontece, como a defesa do FUNDEB, responsável por garantir que o básico em nossas escolas funcionem. A escola do futuro começa com o comprometimento de investir em nossas escolas.

Precisamos construir escolas que impactem não somente os estudantes, mas que deem um retorno a comunidade. Que os projetos de ciência e tecnologia, de cultura e arte volte para quem faz a comunidade e a escola acontecer.

A mobilização dos estudantes travando o debate dentro da sala de aula contribui de forma efetiva para que a construção da escola do futuro esteja em nossas mãos, e combata com essa evasão consequente de um sucateamento covarde que tira as nossas perspectivas enquanto estudantes e jovens, e visa fechar as nossas escolas, nos fazendo acreditar que é longe da sala de aula que iremos construir uma nação. Não tem como construir a nossa escola, sem ter a voz dos estudantes e as mãos construindo e defendendo o que queremos para nossa educação.

Defender a escola publica hoje é a construção da escola do futuro aberta para sociedade. Temos escolas em cada bairro do Brasil, o que é a escola pública sem a comunidade?

No ano de 2010 foi iniciado o Programa Escola Aberta, que abria a escola para comunidade promovendo atividades educativas, culturais, esportivas e de formação profissional. Que tinha como prioridade o jovem, a comunidade e a escola, e debatia sobre a importância dos três andarem juntos para construção de uma cultura de paz em prol da educação.

Deve estar nos nossos próximos passos de luta o debate da escola aberta adiante, a construção de uma educação emancipadora, acolhedora e humanizada começa quando a escola está aberta para a comunidade impactando não somente os estudantes que estudam, mas quem faz a escola e a comunidade acontecer. Assim, conseguiremos construir uma escola que a cultura, a arte, o esporte, a tecnologia, chegará em quem deve ser prioridade: o povo brasileiro.

A volta do Programa Escola Aberta traz consigo a democratização da nossa educação de qualidade que será primordial para reconstrução do nosso país.

Referências

https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/dois-milhoes-de-criancas-e-adolescentes-de-11-a-19-anos-nao-estao-frequentando-a-escola-no-brasil

https://g1.globo.com/educacao/noticia/2023/03/27/brasil-tem-historico-de-alto-indice-de-violencia-escolar-veja-dados-sobre-agressao-contra-professores.ghtml

https://atricon.org.br/problemas-de-infraestrutura-nas-escolas-afetam-pelomenos-147-milhoes-de-estudantes/

http://www.eventosufrpe.com.br/2013/cd/resumos/R1642-2.pdf

Fonte: UBES - UNIÃO BRASILEIRA DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS

Campanha nacional convoca a sociedade a combater a exploração infantil no trabalho

 

Ontem dia 12 de junho foi comemorado o Dia Mundial e Nacional de combate ao Trabalho Infantil, e com poesias de Bráulio Bessa e ilustrações inspiradas na arte do cordel, o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério do Trabalho e Emprego, o Programa de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), unem esforços para conscientizar todo o país sobre essa séria violação dos direitos humanos, durante o mês de luta contra o trabalho infantil.

A campanha tem como slogan: “Proteger a infância é potencializar o futuro de crianças e adolescentes. Chega junto para acabar com o trabalho infantil”, e busca conscientizar a sociedade sobre a gravidade do trabalho infantil e a necessidade de combatê-lo.

O dia 12 de junho foi instituído, em 2002, como o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, pela OIT. A data tem o objetivo de alertar a sociedade, trabalhadores, empresas e governos sobre os perigos deste tipo de trabalho.

Situação no Brasil: Estatísticas alarmantes e desafios a enfrentar

No Brasil, cerca de 1,8 milhão de crianças e adolescentes estavam envolvidos nessa prática em 2019. O trabalho infantil viola os direitos humanos e a infância, privando crianças e adolescentes do direito de brincar, aprender e se manter seguros. Essa realidade persiste em muitos países, tanto em áreas urbanas quanto rurais, e até mesmo no mundo digital, prejudicando os direitos das crianças. A pobreza e a desigualdade social limitam as oportunidades de desenvolvimento dessas crianças, resultando em adultos com baixa escolaridade, qualificação precária e vulnerabilidade a empregos precários, contribuindo para a perpetuação do ciclo de pobreza.

“O trabalho infantil é uma violência contra crianças e adolescentes. E todas as formas de violência contra a infância são um problema nosso, do Estado, das instituições e de toda a sociedade. Uma sociedade omissa em relação ao trabalho infantil é condescendente com essa forma de violência e será cobrada futuramente”, afirma a coordenadora nacional de Combate ao Trabalho Infantil e de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes, Ana Maria Villa Real.

A secretária-executiva do FNPETI, Katerina Volcov reforça que proteger a infância significa cuidar de todas as interfaces nas quais crianças e/ou adolescentes estão envolvidos. “Observar como a família dessa criança vive e com quais recursos. Saber quais são as condições da escola a fim de proporcionar uma educação de qualidade à criança e ao adolescente, para que não abandonem os estudos. Verificar também como e se funciona a rede de proteção no território em que a criança vive. Ou seja, é fundamental que o enfrentamento ao trabalho infantil seja visto de modo intersetorial: emprego decente da mãe, pai e/ ou responsáveis, educação em tempo integral à criança e ao adolescente e uma rede socioassistencial presente são peças-chave no combate ao trabalho infantil”, pontua Katerina Volcov.

Segundo dados recentes da OIT e do UNICEF, após 20 anos de progresso, o número de crianças em situação de trabalho infantil no mundo estagnou. Em 2020, 160 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos estavam envolvidos nessa prática, o que representa 1 em cada 10 crianças globalmente. Além disso, o número de crianças envolvidas em trabalhos perigosos, que colocam em risco sua saúde e segurança, aumentou para 79 milhões entre 2016 e 2020. No Brasil, há mais de 700 mil crianças e adolescentes em piores formas de trabalho infantil, embora esses números não incluam algumas das formas mais graves, como exploração sexual e trabalho infantil ligado ao tráfico de drogas.

“O trabalho infantil é a antítese do trabalho decente e um freio ao desenvolvimento dos países. Priva as crianças e adolescentes de ter acesso a uma educação de qualidade, reduzindo oportunidades de um trabalho decente com renda digna na vida adulta. Por essa razão, o trabalho infantil deve ser erradicado. Para isso, é indispensável um trabalho articulado, políticas integradas e uma vontade coletiva de garantir direitos para fomentar o desenvolvimento pleno das crianças e adolescentes. O fim do trabalho infantil é o caminho para o alcance da justiça social.”, disse Maria Claudia Falcão, Coordenadora do Programa de Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho do Escritório da OIT no Brasil.

O coordenador nacional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho, ministro Evandro Valadão, ressalta que, além de ações de conscientização, é necessário atuar com medidas concretas para combater o trabalho precoce na infância. “Esse mutirão de julgamentos é uma resposta concreta da Justiça do Trabalho a essa grave violação contra crianças e adolescentes”, disse. “O Ministério Público do Trabalho é parceiro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e de todos os 24 Tribunais Regionais do Trabalho do país nesse esforço concentrado para marcar o mês de Combate ao Trabalho Infantil”, completou.

Coordenador nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil, o auditor-fiscal do Trabalho Roberto Padilha Guimarães destaca a importância de ações integradas para combater essa chaga. “O trabalho infantil, ainda presente em números elevados no Brasil, trata-se de uma grave violação aos direitos de crianças e adolescentes, com prejuízos ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social. Além disso, prejudica os estudos e contribui para a evasão escolar”, disse Roberto Padilha.

Denúncias e canais de combate

A Constituição Federal proíbe que crianças e adolescentes com menos de 16 trabalhem, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. É vedado o trabalho noturno, perigoso ou insalubre antes dos 18 anos.

A mesma proibição está na CLT e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O trabalho infantil deve ser denunciado e pode ser feito por canais como Disque 100, no site do MPT (mpt.mp.br), no sistema Ipê de trabalho infantil do Ministério do Trabalho, perante Conselhos Tutelares, Promotorias e Varas da Infância e demais órgãos integrantes do Sistema de Garantia de Direitos.

Informações: CTB-RS.

Adaptado pelo CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN e EDUARDO VASCONCELOS - BLOGUEIRO - ATIVISTA - PRESIDENTE DO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN e do PCdoB - NOVA CRUZ - RN.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Vulneráveis à covid

Estudo oferece pistas para explicar por que alguns podem ser mais susceptíveis ao vírus

Higor Silva – Sala de Ciência-Agecom/UFRN

Mesmo com o decreto do fim da pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a batalha contra a covid-19 continua. Em pesquisa publicada na renomada revista Nature, foi constatada a existência de 49 variantes genéticas associadas à doença na forma grave. O estudo é fruto do consórcio internacional SCOURGE-Spanish Coalition to Unlock Research on Host Genetics on COVID19, com a participação de 45 instituições de 12 países, incluindo a UFRN por meio da coordenação dos professores Andre Luchessi e Vivian Silbiger, do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas (DACT/UFRN).

A pesquisa iniciou-se há três anos, no começo da pandemia, e prometia sequenciar o genoma de pessoas que tiveram a doença e investigar, a partir do DNA, se a genética interfere nos sintomas. Por conta disso, muitos dos dados foram coletados da primeira onda de infectados com o SARS-CoV-2. O objetivo era descobrir por que algumas pessoas têm sintomas graves, chegando a óbito, enquanto outras são assintomáticas.

Coleta de amostra genética de voluntários. À esquerda, a professora Vivian Silbiger, coordenadora do consórcio de pesquisadores na UFRN, e à direita, a aluna de doutorado Katiusse Alves dos Santos, do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (PPgCF/UFRN) – Foto: Nathalia Kelly de Araujo

Analisando-se mais de 24 mil pessoas que contraíram o vírus e precisaram de tratamento intensivo, além das 49 variantes genéticas associadas ao desenvolvimento da forma grave da doença, também foi descoberto que 16 delas nunca haviam sido classificadas. “Esses marcadores afetam um total de 149 genes e algumas das mutações identificadas podem ser usadas para desenvolver novas terapias contra a infecção, como estratégias terapêuticas baseadas no reposicionamento de drogas”, explica André Luchessi, professor do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas (DACT) e coordenador da pesquisa na UFRN.

O estudo ressalta ainda o papel do sistema imunológico no agravamento da covid-19. Foram encontradas ligações genéticas com respostas inflamatórias e ativação de células imunológicas, processo que pode levar danos aos pulmões e redução da capacidade de oxigenação dos tecidos corporais. “O sistema imune existe para proteger nosso corpo; o problema começa quando algum agente externo, no nosso caso o vírus, causa uma desregulação nesse sistema e ele acaba atacando não somente o vírus, mas também as células sadias, levando, assim, a danos em vários tecidos. No caso da covid, o pulmão é um dos principais”, esclarece o professor André.

Professor André Luchesi, coordenador da pesquisa na UFRN – Foto: Nathalia Kelly de Araujo

Somente com um grande número de amostras é possível fazer um estudo desse nível com o objetivo de descobrir genes e alterações ligadas à doença. Essa foi a principal motivação para a criação do consórcio. Um estudo com inúmeras instituições de pesquisa é essencial para a realização de um trabalho dessa extensão. “Uma das premissas para o estudo de meta-análise, como foi feito, é obter o maior número de amostras possível e de origens diversas, no entanto elas têm que ter os mesmos critérios de avaliação, por isso o consórcio”, informa André.

De acordo com o representante da UFRN, o consórcio e a realização dessa pesquisa foram uma grande conquista e um passo fundamental para o melhor tratamento da doença. “Isso só foi possível devido à arrojada política institucional da UFRN para o engajamento de seus docentes na internacionalização da pesquisa e da pós-graduação”, afirma Luchessi, que realizou seu pós-doutorado na Califórnia, EUA, e atuou como professor visitante na Universidade de Toronto, no Canadá, com a qual foi possível consolidar a parceria necessária e desenvolver novas análises que culminaram nessa pesquisa. 

Nathalia Kelly de Araujo, egressa do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (PPGCSA/UFRN) – Foto: Nathalia Kelly de Araujo

A política de internacionalização da UFRN, impulsionada pelo Programa Institucional de Internacionalização (Print/UFRN), vem trazendo frutos de pesquisas e relações iniciadas há muitos anos. O professor Angel Carracedo, coordenador do consórcio de pesquisadores, visitou a UFRN para conhecer sua estrutura em 2012. “Todo esse envolvimento e ação culminou com o convite para participar do consórcio covid cujos resultados foram publicados na Nature em 2023”, declara o professor André Luchessi.

Fonte: UFRN

INTERNACIONAL Movimentos progressistas da Colômbia denunciam tentativa de golpe contra Gustavo Petro

 

Foto: REUTERS/Luisa Gonzalez

Movimentos sociais progressistas da Colômbia denunciam que o presidente do país, Gustavo Petro, é alvo de uma campanha de desgaste e ataques midiáticos muito semelhantes à que acabou redundando na queda da brasileira Dilma Rousseff em 2016. Primeiro governo de esquerda na história da Colômbia, o mandatário tem propostas de reformas estruturais nas áreas de trabalho, saúde e previdência que beneficiam os trabalhadores, mas desagradam o capital.

Em um documento divulgado na quarta-feira (7), centenas de intelectuais progressistas internacionais denunciam um “golpe brando” em marcha contra Petro. Entre eles, Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Prêmio Nobel da Paz; o jurista espanhol Baltasar Garzón; o líder trabalhista britânico Jeremy Corbyn; Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores; João Pimenta Lopes, deputado membro do Parlamento Europeu.

“Desde a eleição do primeiro governo progressista do país – encabeçado pelo presidente Gustavo Petro, vice-presidente Francia Márquez e o Pacto Histórico no Congresso – os poderes tradicionais da Colômbia vêm tentando restabelecer uma ordem marcada por extrema desigualdade, destruição de meio ambiente e violência patrocinada pelo Estado”, diz o documento.

Agora, menos de um ano após a posse do atual governo, conglomerados de mídia e o judiciário do país querem “interromper as reformas, intimidar, derrubar seus líderes e manchar sua imagem na cenário internacional”, continua a carta.

“Estão agindo com o Petro a exemplo do que ocorreu com Dilma. A tentativa clara é tentar um golpe ou impeachment”, diz à RBA Rita Berlofa, secretária de Relações internacionais da Contraf-CUT e presidenta da UNI Finanças Mundial.

Manifestação em popular

Na última quarta-feira (7) aconteceu em Bogotá uma manifestação popular em apoio a Petro e às reformas, com a participação do próprio presidente. Ele também participa da marcha. Segundo os movimentos que apoiam o governo, a imprensa, empresários e parte do Judiciário estão contra o chefe do governo.

“O modus operandi é muito semelhante ao que conhecemos no Brasil”, diz Rita. “Eles atuam com uma campanha de fake news. Por isso, boa parte da população é contra o governo ignorando suas propostas.”

A intenção dos setores conservadores colombianos é impedir a discussão no Congresso das reformas da saúde, trabalho e pensões, após o “escândalo” provocado por áudios divulgados sobre suposto financiamento da campanha eleitoral de Petro.

Denúncia

No domingo (4), a revista local Semana divulgou esses áudios supostamente enviados por Armando Benedetti, que chefiou a campanha de Petro no ano passado, para Laura Sarabia, braço direito do presidente. Benedetti depois virou embaixador na Venezuela.

Segundo a denúncia, Benedetti ameaça revelar um suposto financiamento ilegal de 15 bilhões de pesos (cerca de R$ 17 milhões em valores atuais) da campanha do atual presidente, e se isso ocorrer “todos na cúpula do governo vão para a cadeia”. Benedetti afirma que os áudios foram “manipulados”.

Ontem, a bancada do Pacto Histórico divulgou um comunicado no qual afirma rejeitar “veementemente as tentativas de desestabilizar a democracia, as instituições e o governo da mudança, venham de onde vierem”. No documento, os parlamentares dizem ainda: “Os supostos responsáveis ​​por casos de corrupção devem responder às autoridades competentes Exigimos que as autoridades competentes investiguem com rigor, presteza e imparcialidade, garantindo sempre o devido processo legal”.

Informações: Rede Brasil.

Plenária Unificada dos/as trabalhadores/as da base do SINAI-RN vai avaliar audiência com Governo e organizar luta

Para avaliar a última audiência com o Governo e organizar a luta, será realizada na próxima terça-feira (13) a Plenária Unificada dos/as trabalhadores/as da administração indireta/direta que compõem a base do SINAI-RN. O encontro acontece às 10h, no Auditório da EMATER, em Natal.

Temáticas como o Sistema Público de Saúde para os Servidores (SIPES), o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) assinado pelo Executivo para a realização do concurso para o IDEMA e a incessante luta em prol dos demais certames fecham a pauta do encontro das categorias.

Fonte: SINAI RN

Sancionada Lei que reajusta o Piso Salarial dos professores no Rio Grande do Norte

 

Foto: Divulgação/Assecom

A governadora Fátima Bezerra sancionou a Lei que atualiza o piso salarial do magistério nesta terça-feira (06). O Projeto de Lei, que pedia para que fosse implantado o piso salarial dos professores e especialistas em educação do estado, havia sido enviado pelo Governo do Estado e foi aprovado pelos deputados e deputadas em sessão plenária nesta mesma terça-feira (06). Tão logo chegou à sua mesa, a governadora assinou sua sanção.

“Com a sanção desta Lei, quero aqui assegurar que o pagamento referente ao mês de maio será pago em uma folha suplementar ainda em junho. E as duas últimas parcelas, conforme a própria Lei, serão pagas em novembro e dezembro”, explica a governadora e professora Fátima Bezerra, no ato de assinatura da sanção da Lei.

A lei que atualiza o piso garante o reajuste de 14,95% ao magistério, e é importante salientar que não alcança somente os trabalhadores da educação da ativa, mas abrange também os aposentados e pensionistas, respeitando os princípios da paridade, da integralidade, e da linearidade. O Rio Grande do Norte é um dos poucos estados que reajusta o piso para todo o magistério. Esse reajuste é retroativo a 1º de janeiro e será feito em três parcelas, conforme anunciou a governadora – em folha suplementar ainda neste mês de junho, e junto aos salários de novembro e dezembro.

Fonte: Assecom

Com Potiguar Notícias