sábado, 31 de outubro de 2020

Alternância de poder: um mito da democracia brasileira em foco no 5° episódio do Tela Preta

 


 POR NINJA

O papo começou com o discurso preciso e certeiro da cantora e atriz Ayana Amorim, lembrando da importância de termos mulheres pretas, trans e gays em posição de poder e destaque.

O Tela Preta vem apresentando relatos sinceros da comunidade preta atuante na cena internacional, produzindo conteúdo pertinente e cheio de identidade.

O estilista e apresentador Silverino Ojú chega ao grupo para lembrar de termos referências, necessárias na construção da identidade, com a visão de um futuro menos proibicionista.

Falando de autocuidado, o personal trainer Leonardo Santiago lembra do cuidado com o nosso templo e ainda temos a determinação de Chico Nascimento, arte-educador que trabalha no fortalecimento e estima de jovens e adolescentes pretos nos colégios do Sul da Bahia e em comunidades quilombolas do Baixo Sul.

O Tela Preta tem Uran com idealizador e apresentador, Oliveira Pedreira dirigindo e no roteiro e trilha sonora poderosa do músico Jaguar Andrade.


Fonte: Mídia Ninja


Com aval de Fachin, Aras reabre inquérito contra Rodrigo Maia sobre corrupção

Do GLOBO:

A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu unificar e reabrir duas investigações sobre supostos pagamentos da empreiteira OAS ao presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ). O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou a solicitação e, em despacho de quinta-feira, determinou o envio dos autos à Polícia Federal para a reabertura das investigações contra o presidente da Câmara. O caso tramita sob sigilo.

Dois inquéritos no STF apuraram suspeitas de repasses da OAS a Rodrigo Maia. Um deles se baseia em trocas de mensagens entre o parlamentar e o ex-presidente da empreiteira, Léo Pinheiro.

O procurador-geral da República Augusto Aras, que assumiu em setembro do ano passado, não decidiu se protocolaria essa denúncia no STF e pediu à sua equipe a realização de um pente-fino nas provas do caso. Agora, Aras entendeu que seria necessário reabrir e aprofundar as investigações.

Um segundo inquérito, sobre supostos repasses de caixa dois da OAS a Maia, com base na delação premiada de funcionários do setor de contabilidade paralela da empreiteira, foi arquivado por Dodge pouco antes de ela deixar o comando da PGR. No início deste ano, a PF enviou um ofício a Fachin afirmando ter encontrado novos indícios sobre o caso, com base nas planilhas da OAS, e sugeriu sua reabertura.

(…)

PS do DCM: Na informalidade, circula em Brasília que Maia procurou o deputado José Guimarães, do PT, nesta semana, para pedir apoio para permanecer no comando do legislativo.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br

Desembargadora que acusou Marielle de ser “engajada com bandidos” é condenada a indenizar família

A jornalista e ativista Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco, anunciou nesta sexta-feira (30) que a desembargadora Marilia de Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio, foi condenada por danos morais por ter relacionado a ex-parlamentar – assassinada em 2018 – com o crime organizado.

“A desembargadora que disse que a minha irmã tinha envolvimento com bandidos, foi condenada por danos morais e vai ter que pagar uma indenização a nossa família. É o mínimo, mas não paga o preço de ver a história da minha irmã sendo deturpada dias após o seu assassinato”, escreveu Anielle, diretora do Instituto Marielle Franco, no Twitter.

“Quiseram matar minha irmã duas vezes. Mas não permitiremos! Seguiremos o resto da vida defendendo a memória, o legado, e a honra de Marielle!”, completou.

Segundo informações do colunista Ancelmo Gois, do O Globo, a decisão foi da 21ª Vara Cível do Rio. A desembargadora havia acusado a ex-parlamentar de estar “engajada com bandidos” e ter sido “eleita pelo Comando Vermelho”.

Nas redes sociais, a desembargadora também defende o presidente Jair Bolsonaro.

Com informações do  Brasil 247

Fonte: Revista Fórum

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

O sistema público de saúde no Brasil

Dr. EVANDRO BORGES - Advogado

A saúde pública no Brasil precisa de mobilização permanente da população na sua defesa, uma dimensão considerada da maior importância, não há grau para medir a sua essencialidade, deve ser tratada com a maior transparência, nos portais e nas audiências públicas realizadas nas Câmaras Municipais, nos Conselhos de política da Saúde, e fiscalizadas pelos órgãos que tem o ofício de fazer.

 
A constituição da República dispõe que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas...” e regulamentado seus dispositivos através da Lei nº 8.080/1990, considerada Lei do SUS, a primeira Lei Orgânica da Saúde, tratando da organização, da promoção, articulação, uma conquista da sociedade brasileira.
 
No país em que a maioria da população está na vulnerabilidade social, com muita exclusão, passa a ser primordial o sistema público de saúde, tanto no atendimento básico, como na sua complexidade, em tratamentos seletivos, em que pese todas as dificuldades de hospitais lotados, filas para tratamento e exames complementares para diagnosticar o estado dos pacientes.
 
A compreensão do que seja o sistema, as suas obrigações, os pactos formados e consórcios, aos poucos a cidadania passou a compreender, o esforço coletivo que vem sendo realizado, da administração pública em todas as suas esferas, da sociedade civil, da academia, das empresas hospitalares, da mídia de comunicação social, e dos profissionais da saúde envolvidos com o atendimento da saúde pública tem sido fundamental para a melhoria.
 
Até a exagerada judicialização das situações pontuais para tratamentos específicos, mesmo sendo um exercício de cidadania ingressar em Justiça, muitas vezes um tratamento individual se colocava acima do interesse público, passou a Justiça a se acautelar, para concessão de liminares e julgamentos definitivos, em face da garantia do funcionamento do sistema da saúde pública.
 
O SUS passou, inclusive, a ser referencia internacional, e as notícias correntes, que foi de suma importância para o combate à pandemia do coronavírus, que ainda não acabou, pois a esmagadora maioria da população vem recebendo o atendimento no sistema público de saúde, portanto, existem méritos coletivos que devem ser respeitados.
A iniciativa privada pode conviver com o sistema da saúde pública, com previsão constitucional, sejam as empresas de planos de saúde, cooperativas médicas, as empresas hospitalares, os laboratórios de medicamentos, instituições da sociedade civil que dirigem inúmeras unidades e ligas, com expertise conquistada ao longo do tempo, recebendo recursos públicos, portanto, é possível a convivência.
 
As Unidades Básicas de Saúde instaladas no país, pelos bairros e comunidades devem ser ampliadas, mantidas e preservadas dentro do Sistema público, como dever do Estado, em face de constituírem a porta de entrada de toda a cidadania que precisa de atendimento, como garantia dos princípios a vida, da dignidade humana, e da ética da costura do fragilizado tecido social brasileiro.

Fonte: Potiguar Notícias

BENEFÍCIO Governadora Fátima sanciona Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas do RN

"O setor produtivo do RN vive hoje um dia histórico. A sanção da Lei Geral do estado é fundamental, sobretudo em um momento de retomada econômica como o que atravessamos. Trata-se de um pleito que foi deixado de lado por 13 anos e para o qual a governadora Fátima Bezerra teve a sensibilidade de olhar, o que a faz merecedora do nosso mais amplo e profundo reconhecimento. O RN agora implanta um enorme arcabouço de ações e posturas que o poder público estadual assume e que, certamente, irá impulsionar este estrato do setor produtivo que responde por mais de 90% de nossas empresas, e no ano passado, foi o responsável por quase 70% das vagas de emprego abertas, sendo pilar da geração de ocupação e renda no RN", disse o presidente da Fecomércio RN e do Conselho Deliberativo do Sebrae RN, Marcelo Queiroz, na solenidade que marcou a sanção, pela governadora Fátima Bezerra, da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa do estado, realizada no final da manhã desta quinta-feira, 29.10, no Sebrae RN. 

 
“Hoje é um dia feliz! O dia em que reafirmamos nosso compromisso em incentivar e apoiar quem efetivamente gera ocupação e renda para o nosso povo”, afirmou a governadora Fátima Bezerra. 
 
A legislação estende para todo o estado a criação de um ambiente mais favorável aos negócios e apresenta mudanças de regras, redução de burocracias e incentivos nas compras governamentais. De acordo com o texto da nova Lei, as licitações públicas para compras de até R$ 200 mil serão exclusivas para empresas de micro e pequeno portes, que ainda terão prioridade em outras concorrências com empresas maiores, nos critérios de desempate. O governo também deverá ter uma meta anual de participação desses negócios em compras governamentais. 
 
Também cria incentivos fiscais para as empresas, com prioridades para algumas como as ligadas ao turismo, as de tecnologia e de agronegócio voltado para exportação. Também reduz a zero valores de taxas, emolumentos e demais custos cobrados administrativamente pelo estado em processos de abertura, inscrição, registro, alvará, licença, cadastros, alterações cadastrais e baixas para microempreendedor individual. 
 
O dispositivo prevê ações de incentivo ao crédito, fomento ao desenvolvimento da cultura empreendedora, entre outros focos. A fiscalização das atividades terá primeiro caráter educativo, segundo o projeto. E dívidas tributárias que forem reconhecidas pelas empresas deverão ser isentas de pagamento de multa. Já do ponto de vista administrativo, o acesso a documentos e regularizações também deverá ser centralizado e facilitado dentro dos órgãos estaduais. 
 
O projeto da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Norte foi enviado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa em setembro, foi relatado pelo deputado estadual Hermano Moraes, e regulamenta, no estado, o estatuto criado nacionalmente em 2006. O legislativo estadual criou, inclusive, a Frente Parlamentar de 
 
Apoio às Micro e Pequenas Empresas, presidida pelo deputado Kleber Rodrigues. Depois de tramitar na ALRN, o projeto, com cerca de 50 emendas, foi aprovado por unanimidade no dia 21 de outubro. 

Fonte: Potiguar Notícias

INQUISIÇÃO: Fundamentalistas perseguem ONG de católicas e Justiça faz coro - Por Jornalistas Livres - " "É preciso respeitar a LIBERDADE do próximo, caso contrário ferimos a Constituição Brasileira" - EDUARDO VASCONCELOS - CPC/RN"

Tribunal paulista proíbe Católicas pelo Direito de Decidir de se dizerem 'católicas' e decreta obsolescência do Estado Laico.

Agora vai, Brasil! A 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que a ONG Católicas Pelo Direito de Decidir não poderá mais usar a palavra “Católicas” em seu nome.

Católicas Pelo Direito de Decidir existem desde 1993 e se caracterizam pela defesa intransigente da descriminalização e legalização do aborto. Segundo o grupo, no interior do catolicismo “há vozes diversas, há teologias diversas”. “Essa pluralidade existe, ainda que o pensamento único fundamentalista queira negá-la”, dizem elas, que se reivindicam feministas.

As Católicas falam em fundamentalistas e foi exatamente uma organização fundamentalista dessas, a Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura que resolveu levar aos tribunais sua contrariedade com o nome da ONG feminista.

O Centro Dom Bosco parece não confiar muito na fé do rebanho católico e é reincidente em tentar calar divergências religiosas na Justiça, em vez de convencer os corações dos fiéis. Foi esse grupo da ultra-direita católica que processou a Igreja Universal do Reino de Deus por causa de uma revista em quadrinhos (!!??!) chamada “A Força”, porque conteria “mentiras e ofensas à Igreja Católica”. Os inquisidores do Centro Dom Bosco queriam que a Justiça retirasse de circulação a publicação. Perderam!

Também foi o Centro Dom Bosco que processou o coletivo de humoristas Porta dos Fundos, depois que este produziu um especial de Natal em que retratou Jesus como homossexual. Os “guerreiros da fé” do Centro Dom Bosco queriam retirar o especial de Natal da plataforma de streaming Netflix e bani-lo pela eternidade. Mas perderam também.

Agora, o grupo colhe uma recentíssima vitória, já que ainda passível de recurso, com a decisão do TJ de São Paulo. Se prevalecer, as Católicas terão de adequar o estatuto social e retirar a expressão “católicas” de seu nome em 15 dias, sob pena de multa diária de R$ 1.000.

O relator, desembargador José Carlos Ferreira Alves, escreveu um textão de 61 páginas para justificar o acolhimento do pedido do Centro Dom Bosco. Coalhado de referências ao Código Canônico, ao Catecismo, a textos de clérigos ultraconservadores, a homilias papais, a ideólogos da Opus Dei e até, pasme-se, a Olavo de Carvalho, com a citação de sua obra “Católicas, uma ova”, lavrada naquele estilo inconfundível pela falta de educação, o relatório do desembargador parece esquecer que o Brasil é um País laico e não uma pequena paróquia de um obtuso rincão conservador.

Quer o desembargador católico que “nenhuma associação adote a designação de ‘católica’, a não ser com o consentimento da autoridade eclesiástica competente, segundo as normas do cânone 312” [do Código Canônico]. O Código de Direito Canônico é o conjunto das normas que regulam a organização da Igreja Católica, a hierarquia do seu governo, os direitos e obrigações dos fiéis e o conjunto de sacramentos e sanções que se estabelecem pela infração das mesmas normas. Impor aos cidadãos brasileiros a obediência a esse tal Código Canônico é um ultraje à Constituição do Brasil.

Ferreira Alves diz que o uso da expressão “católicas” constitui “flagrante ilicitude e abuso de direito (…) pela notória violação à moral, boa-fé e bons costumes na atuação [da ONG]”. Trata-se de acusação gravíssima que, entretanto, não dispõe de um único argumento que a ponha em pé.

A guerra contra as mulheres: uma história de violências

Acusar mulheres, identificando-as a seres imorais, dotados de má-fé e de comportamento maligno tem dado, desde sempre, ensejo a perseguições e a toda série de violências e iniquidades (incluindo a tortura) praticadas contra o gênero feminino desde o século 12. Agora não é diferente.

As Católicas Pelo Direito de Decidir, que conheço desde seus primórdios, pela catequese feminista de Maria José Rosado, fundamentam sua militância na crença de que a Igreja de 2.000 anos é capaz de errar (muito) e de se auto-reformar mediante a crítica —muitas vezes heroica— dos dissidentes (ou hereges).

Foi assim com Giordano Bruno e Galileu Galilei, opositores da tese segundo a qual a Terra estaria no centro do Universo. Pela sua petulante defesa da Ciência, Galileu acabou condenado por desobediência e por difundir conteúdos contra a doutrina católica. Com Giordano Bruno, foi pior. A Inquisição o considerou culpado e ele foi queimado na fogueira no Campo dei Fiori, em Roma, em 1600. No ano 2000, o Papa João Paulo II finalmente pediu desculpas por todos os erros cometidos pela Igreja Católica nos últimos 2.000 anos, incluindo o julgamento de Galileu Galilei pela Inquisição. Será que João Paulo II não era muito católico?

Mas tem muito mais erros! A mesma Igreja Católica ainda hoje condena o divórcio, as pesquisas científicas com embriões humanos, a eutanásia e os contraceptivos artificiais, o sexo antes do casamento, a homossexualidade e o uso de preservativos. Apesar disso, o Papa Francisco acaba de dar seu OK às uniões civis entre homossexuais, mostrando que a Igreja (também ela) é permeável ao espírito do tempo, e que a luta dos homossexuais católicos por reconhecimento valeu a pena. Será que Bergoglio também não é muito católico?

As Católicas consideram-se católicas, mas católicas que lutam contra o machismo e a misoginia das instituições católicas, que proíbem a ordenação sacerdotal de mulheres, mantêm o celibato clerical e estão na base dos milhares de casos de abusos sexuais cometidos contra meninos e meninas em todo o mundo.

Quem são o desembargador José Carlos Ferreira Alves e seus colegas na 2ª Câmara de Direito Privado, José Joaquim dos Santos e Álvaro Passos, para dizer que elas não podem mais se dizer católicas? Ainda mais usando como argumento um código estranho ao ordenamento jurídico do Brasil, como é o Código Canônico?

Ou será que vamos também usar o “Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, ou “As 95 Teses”, de Martinho Lutero, para orientar os juízes sobre quais condutas serão consideradas lícitas ou ilícitas pelos tribunais brasileiros?

A decisão do TJ de São Paulo é mais um barbarismo a atestar que a generosa Constituição de 1988 está sob grande ameaça. É preciso resistir. Ou logo as fogueiras serão acesas!

Homofobia, armas e Educação de meninos: Veja quem é e o que defende o Centro Dom Bosco
https://www.facebook.com/watch/?v=608039206566114

Fonte: Jornalistas Livres

domingo, 25 de outubro de 2020

Chilenos fazem fila para votar em plebiscito que pode derrubar Constituição de Pinochet

Participação eleitoral surpreende, já que país vinha registrando taxas altas de abstenção nos pleitos.

Chilenos estão indo às ruas neste domingo (25) para votar em plebiscito que vai decidir se o país muda ou não a Constituição de 1980, formulada em meio à ditadura militar de Augusto Pinochet. Segundo relatos, locais de votação estão com filas desde a madrugada, o que aponta um aumento da participação popular nas decisões políticas do país.

É a primeira vez na história que chilenos serão questionados sobre mudar ou não a Constituição, assim como qual órgão deveria redigi-la. A Constituição de 1980 foi reformulada algumas vezes na democracia chilena, mas é considerada uma das origens da desigualdade social no país.

O plebiscito estava previsto para 26 de abril, mas precisou ser adiado por conta da pandemia do coronavírus. O direito de voto por uma nova Constituição no país é resultado de acordo firmado no Congresso no dia 15 de novembro de 2019, após uma série de protestos históricos que tomaram conta do país nos meses anteriores.

Ao todo, mais de 14,7 milhões de eleitores foram chamados a participar do pleito no país, onde a votação é voluntária desde 2012. Com isso, um dos temores era que plebiscito registrasse uma baixa participação eleitoral, conforme foi visto em pleitos anteriores. Nas eleições presidenciais de 2017, por exemplo, nem 50% da população participou da votação.

Espera-se que a maioria da população vote pela mudança da Constituição e a favor de que a nova seja redigida por um órgão constituinte, com representantes eleitos exclusivamente para isso.

O repórter da Fórum, Victor Farinelli, correspondente no Chile desde 2006, relata que filas em Valparaíso estão dando a volta no quarteirão, algo que seria inédito na região.

“Isso aqui é histórico. Nunca vi nada parecido, é muita gente. Estão fazendo uma votação no meio da pandemia. É muito bonito o que estão fazendo aqui”, conta. “Os mesários organizando a fila, que dá a volta inteira no quarteirão, gente pegando os idosos para passar na frente da fila. Tinha gente que dava a volta na fila para incentivar as pessoas a não desistirem”, completa.

Fonte: revistaforum.com.br

Não há limites para o fundo do poço chamado BraZil : chamem a democracia! - Por Wellington Duarte

Professor da UFRN, WEELINGTON DUARTE

O fato de o BraZil ser hoje um pária internacional, motivo de piada e de desprezo, considerado o pior país do mundo em termos de combate à pandemia, é apenas um dos faots que mostram a face cruel desse governo, cujo presidente é um poço de ignorância e cujos subalternos, instalados no Planalto, não medem esforços para ultrapassá-lo, como é o caso recente do ataque despropositado que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o Beato Salu do Itamaraty, desfechou contra João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano de referência histórica, ao contrário do pangaré ignorante, durante uma formatura no Itamaraty.

Infelizmente não devemos nos surpreender com as ações desse governo, inimigo declarado das universidades e institutos federais e desde que assumiu a presidência, iniciou uma cruzada de destruição dessas entidades, fazendo encolher os seus orçamentos, além de tentar desmontar os Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsáveis pelo desenvolvimento da pesquisa científica. O corte, que não é a mesma coisa de contingenciamento, pode chegar a R$ 2 bilhões, em 2021. Educação pública, cultura, lazer e arte são “perigosos” para esse governo.
 
Os bolsonaristas, tarados pelo comunismo, enxergam na China, a maior economia do mundo, um potencial inimigo e tentam atacar o governo chinês a todo momento, numa espécie de delírio que, se a diplomacia chinesa fosse dirigida por um aloucado e levasse em consideração o que esses relinchadores falam, estaríamos em maus lençóis, e  só quem é analfabeto em comércio exterior, fica repetindo as bravatas do Beato e do delirante Napoleão de Hospício.
 
Ocorre que muitos defensores do bolsonarismo acreditam piamente nos delírios de um presidente que não governa; de uma equipe econômica que patina na condução da economia; que torrou o pantanal e ainda bota fogo na Amazônia; que chafurda com os direitos humanos; que criou um rede de corrupção, envolvendo as milícias, entre outras safadezas. 
 
Na história desse país, desde que o galante Pedro proclamou a independência em 1822, nunca se teve o desprazer de ter um governo tão chula e incompetente. O mais perto disso foram os 7 meses de Jânio Quadros que tinha um projeto pessoal e quando o parlamento lhe deu as costas escafedeu-se e virou história. Bolsonaro e sua matilha simplesmente estão destruindo a República a passos largos e só sobrevive politicamente por duas razões: ignorância e oportunismo.
 
Basta dar uma rápida olhadinha nos discursos dos candidatos bolsonaristas, a prefeitos(as) e vereadores(as) e logo veremos como essa horda prima pela má educação; pelo desrespeito aos princípios básicos da democracia; por uma tara desmedida por armamentos; e por serem “especialistas” em mentir. Esses protervos, saídos das cavernas do nazi-fascismo, são alegorias sinistras de uma sociedade decadente e que, aos invés de buscar sua humanização, parece preferir jogar-se nos braços de trambolhos humanos, doidos para implantar uma ditadura nazista sob o mantos dos pastores e padres pilantras e canalhas que aceitam fazer parte dessa peste medieval.
 
Diante desse cenário é necessário que todos aqueles que desejam um futuro para o seu filho ou neto, comecem a ter a coragem necessária para começar a questionar seus parentes e amigos que ainda defendem Bolsonaro.  
 
O bolsonarismo vai se tornando mais perigoso que a COVID-19, porque o vírus mata porque é da sua natureza e o bolsonarismo mata pelo desprezível desejo de redesenhar a sociedade, tornando-a cinzenta e violenta.

Fonte: Potiguar Notícias

Possibilidade de segunda onda da Covid-19 no Nordeste é ‘muito real’

Com o avanço da Covid-19 em diversos países europeus e nos Estados Unidos, a preocupação com uma possível segunda onda de casos no Brasil cresce diariamente. O neurocientista Miguel Nicolelis, coordenador do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, avalia que a preocupação envolve todas as regiões do país, mas especialmente o Nordeste brasileiro. Segundo ele, considerando o período de três meses que leva para a onda de infecções europeia chegar ao Brasil, a estimativa é que entre o período natalino e a primeira semana de janeiro haja uma nova explosão de contaminações pelo coronavírus. “A possibilidade que nós temos [de uma segunda onda no Nordeste] é muito real e sim, eventualmente só teremos, antes de uma vacina, os mesmos recursos não farmacológicos utilizados, como o isolamento social e a quarentena. Não existe outra grande solução para uma explosão de casos como estamos vendo na Europa.”
 
Miguel Nicolelis lembra o número de hospitalizações e a taxa de mortalidade sempre apresentam um atraso quanto ao crescimento de casos. No entanto, ele aponta que o tanto autoridades europeias quanto norte-americanas já apontam para superlotações e aumento das hospitalizações. O Comitê Britânico, segundo neurocientista, já alertou que a superlotação hospital é “uma possibilidade extremamente possível” enquanto os Estados Unidos já registram 40% de alta nas internações no último mês. Com isso, a preocupação é que o Brasil também enfrente novos aumentos. “O nosso receio é que ocorra com as aglomerações que estão sendo feitas por causa do processo eleitoral e vinda de turistas agora no final do ano. A situação nos Estados Unidos e na Europa está piorando, o inverno está chegando lá e muitas pessoas vão querer se refugiar em locais de regiões tropicais. Então por isso estamos preocupados.”
 
Para evitar essa possível segunda onda no Nordeste e em todo o Brasil, o Miguel Nicolelis entende que medidas como o fechamento de aeroportos e a imposição de novos períodos de quarentena podem ser necessárias. “A primeira coisa é seguir controle. Os aeroportos devem ter controles rígidos os passageiros, monitoramento, serem testados e cumprirem quarentena de 14 dias. Depois, teríamos que começar a estocar tudo que vai ser necessário para combater a segunda onda, medicamentos, mascaras, roupa de proteção individual, materiais para UTI que faltaram e precisamos começar a ter um plano de contingenciamento dos leitos, que eventualmente vamos ter que utilizar se a segunda onda se materializar. Supondo que a onda na Europa piore, o Brasil teria que fechar espaço aéreo, porque a pandemia entrou pelos aeroportos e ela pode voltar pelos mesmos locais.”

Fonte: Potiguar Notícias

domingo, 18 de outubro de 2020

Gilberto Gil e Chico Buarque se unem em música sobre os desafios da pandemia

Gilberto Gil e Chico Buarque em estúdio na gravação de música para a série ‘Sob pressão’ — Foto: Flora Gil / Reprodução página oficial de Gilberto Gil no Facebook

Os artistas Gilberto Gil e Chico Buarque, dois dos maiores ícones da música brasileira, cantaram juntos uma música gravada para os novos episódios da série “Sob pressão – Plantão Covid”, da Globo.

Os dois cantores se juntaram em agosto, em um estúdio no Rio, para gravar a música, a convite do diretor Andrucha Waddington.

A música foi composta por Gil em parceria com Ruy Guerra. Bem Gil assina a produção.

BOLIVIANOS VÃO ÀS URNAS EM CLIMA DE TENSÃO E DESCONFIANÇA - Luis Arce, aliado de Evo Morales, é apontado como favorito

 

Whipala, bandeira de origem andina, foi atacada por manifestantes racistas durante e após o golpe de 2019 – Elineudo Meira/Reprodução/Brasil de Fato

Publicado originalmente no site Brasil de Fato

Cerca de 7 milhões de bolivianos vão às urnas neste domingo (18), das 8h às 17h, para eleger presidente, vice-presidente, deputados e senadores do Estado Plurinacional. Luis Arce, do partido Movimento ao Socialismo (MAS), é apontado como favorito pelas pesquisas de intenção de voto. Atrás dele, estão o ex-presidente Carlos Mesa (Comunidade Cidadã), representante da direita tradicional, e o empresário Luis Fernando Camacho (Acreditamos), considerado um dos operadores do golpe de 2019.

Todas as pesquisas apontam para a possibilidade de vitória de Arce em primeiro turno – segundo alguns institutos, no limite da margem de erro. Para isso, o candidato do MAS precisa fazer mais de 40% dos votos e abrir 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado. Nas últimas três pesquisas, a diferença para Mesa está entre 7 e 10,5 pontos.

Acompanhe a cobertura ao longo do dia no Brasil de Fato, com informações direto da Bolívia, análises e atualizações sobre a contagem dos votos.

Todas as pesquisas apontam para a possibilidade de vitória de Arce em primeiro turno – segundo alguns institutos, no limite da margem de erro. Para isso, o candidato do MAS precisa fazer mais de 40% dos votos e abrir 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado. Nas últimas três pesquisas, a diferença para Mesa está entre 7 e 10,5 pontos.Acompanhe a cobertura ao longo do dia no Brasil de Fato, com informações direto da Bolívia, análises e atualizações sobre a contagem dos votos.

Histórico

A eleição deste domingo é uma das mais turbulentas da história do país. No ano passado, o então presidente Evo Morales (MAS) foi reeleito para o cargo, mas renunciou após uma onda de violência que tomou conta do país. As manifestações da oposição foram inflamadas por um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) que apontou uma suposta fraude na apuração. A hipótese já foi descartada por estudos independentes, mas contribuiu para a anulação do pleito, em novembro.

Nos últimos 12 meses, a Bolívia foi comandada por um governo interino, liderado pela ex-senadora e presidente autodeclarada Jeanine Áñez. Ela descumpriu a promessa de convocar eleições no primeiro semestre e utilizou a covid-19 como justificativa para adiar o pleito três vezes. Representante da direita radical boliviana, Áñez lançou-se como candidata à Presidência, mas desistiu em setembro “para não dividir a oposição”.

O período também foi marcado por perseguição a militantes do MAS, aliados e apoiadores de Morales – que está exilado na Argentina desde o golpe.

Tudo pelo lítio?

A disputa pelo lítio é o principal motivo dos conflitos, agravados pelo racismo propagado pela extrema direita contra a maioria indígena. Essa é a avaliação do MAS, que governou o país entre 2005 e 2019, e de analistas internacionais entrevistados pelo Brasil de Fato nos últimos meses.

Lítio é um metal alcalino usado para fabricação de pilhas e baterias, cujas maiores reservas mundiais estão na Bolívia – cerca de um terço de todo lítio do planeta. Um dos pilares do governo Morales foi a nacionalização do petróleo, do gás e dos recursos minerais do país, o que permitiu um crescimento econômico recorde e a redução da extrema pobreza em quase 20 pontos percentuais.

Quem conduziu esse processo à frente do Ministério de Economia e Finanças ao longo de 12 anos foi justamente Luis Arce. A proposta baseou-se na transferência de empresas privadas para o controle do Estado e, principalmente, na renegociação de contratos de transnacionais, que tiveram que pagar um imposto adicional de 32% para exploração dos recursos minerais.

O lítio é um dos assuntos mais citados nas campanhas virtuais dos candidatos à Presidência, o que evidencia uma disputa de projeto político e econômico cada vez mais acirrada. A pandemia do novo coronavírus, com impactos sobre a economia mundial, reforçou a importância do debate sobre mudanças na matriz energética e estratégias para retomada do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

O tema ganhou ainda mais centralidade a partir de 25 de julho de 2020. Foi quando Elon Musk, CEO da Tesla, empresa estadunidense que fabrica carros elétricos, respondeu de maneira irônica e agressiva a um comentário nas redes sociais sobre sua participação na anulação das eleições de 2019 na Bolívia: “Vamos dar golpe em quem quisermos. Lide com isso”.

Para Arce, a declaração de Musk é reveladora sobre os motivos do golpe e os interesses estrangeiros que estão em jogo nas novas eleições. Os demais presidenciáveis, que haviam apoiado a renúncia de Morales no ano anterior, minimizam o posicionamento do CEO da Tesla.

Desconfiança

Mudanças no alto escalão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são vistas com desconfiança por analistas políticos bolivianos.

Outro motivo de preocupação é a manutenção da OEA como observadora das eleições. O papel do secretário-geral Luis Almagro tem sido denunciado por entidades de direitos humanos e ativistas como Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel de Direitos Humanos.

Fora da Bolívia, o sinal de alerta também está ligado. No Brasil, na Argentina e no Chile, que têm as maiores comunidades bolivianas, eleitores acusam o Órgão Eleitoral Plurinacional (OEP) de dificultar o acesso a informações e de desrespeitar o direito ao voto.

O MAS é o partido preferido dos imigrantes bolivianos desde que o voto no exterior foi instituído, em 2009. No ano passado, Morales teve 71% da preferência no Brasil e 58% na média dos votos fora da Bolívia.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Filme- "MACHUCA" - TRÁGICO E DOLOROSO - por André Lux, crítico-spam

Assista este filme para entender porque, afinal, ninguém tem coragem de se assumir como sendo de “direita” na América Latina...

- por André Lux, crítico-spam

Você já se perguntou por que ninguém tem coragem de admitir que seja de “direita” na América do Sul? Assista “Machuca” e vai saber a resposta. Este filme chileno do diretor Andrés Wood se passa durante os últimos meses do governo socialista de Salvador Allende, quando o padre que dirige uma escola para crianças da classe média alta implanta uma política do governo que reserva vagas para alunos oriundos das classes pobres.

Um desses meninos é justamente o Machuca do título, que acaba ficando amigo de Gonzalo, um filho das “elites” e provável alter-ego do próprio cineasta (o filme termina com uma frase em homenagem a um padre real, que obviamente deve ter semelhanças com o personagem de "Machuca").

A amizade dos dois representa o abismo que existe entre as classes sociais, o qual fica escancarado quando um vai visitar a casa do outro. Gonzalo, que mora numa bela residência, tem um pai boa praça, porém ausente e alienado, enquanto sua mãe é a personificação da “dondoca” suburbana fútil e louca por dinheiro (ao ponto de ser amante de um político rico do qual recebe vários “presentes” chiques). A irmã do menino namora uma boçal violento e agressivo que faz parte do “Comando de Caça a Comunistas” chileno.

Já Machuca mora numa favela com a mãe, a irmã e um tio. Seu pai é um bêbado que aparece só para arrancar dinheiro da mãe e dar porrada nos filhos. Só por curiosidade, li um profissional da opinião dizendo que o filme “falha” ao mostrar a pobreza de forma idílica! Concordo com ele, afinal quem é que não sonha em morar num barraco feito de tábuas e lonas enquanto recebe uns sopapos do pai bêbado e cafetão dia sim, dia não?

Enfim, dessa improvável amizade acompanhamos os dois meninos passando por várias situações que servem para reforçar o caos político promovido pelos golpistas que se abatia sobre o país. O tio de Machuca ganha a vida vendendo bandeiras dos partidos de direita e de esquerda nas várias passeatas contra e a favor do governo. E leva os garotos juntos, que ignorantes do que se passava, saiam alegremente repetindo os jargões dos manifestantes, seja de qual tendência eram representantes.

Mas as coisas começam a mudar para Gonzalo quando encontra o namorado truculento da irmã e a própria mãe numa das passeatas, durante a qual a irmã de Machuca é humilhada e agredida por fazer parte da “ralé”. Em outra cena emblemática e muito triste, os pais da high society protestam numa reunião do colégio contra a presença das crianças pobres que, nas palavras deles, não devem se misturar com seus filhos. Uma das mães pobres faz então um tocante discurso sobre a trágica história de toda sua família, só para ser acusada por uma dondoca de “ressentida, rancorosa, volte para o lugar de onde veio!”.

Não quero revelar mais da trama, mas basta dizer que o filme segue o ritmo dos golpistas até a sangrenta derrubada do governo socialista pelos milicos do general Pinochet, que lançaram sobre o Chile a mais brutal e selvagem ditadura da América Latina. Ditadura que foi notável também por ter sido o primeiro regime a implantar - sobre o cadáver de milhares de cidadãos que ousaram lutar por um mundo mais justo e menos desigual - a nefasta ideologia neoliberal, que hoje colocou o mundo de joelhos.

Nem preciso dizer que o final de “Machuca” será terrivelmente trágico e doloroso. E basta assisti-lo para entender porque, afinal, ninguém tem coragem de se assumir como sendo de “direita” por essas bandas...

Cotação: * * * *

Em defesa das nacionalizações e reestatizações - Por WALTER SORRENTINO

A revisão das privatizações é uma necessidade para retomarmos um projeto nacional de desenvolvimento

Nunca é demasiado recordar que a Petrobrás é fruto de uma das maiores campanhas de mobilização popular ocorridas na história brasileira, a Campanha “O Petróleo é Nosso”. A proposta de criação de uma empresa estatal com monopólio sobre a indústria petrolífera não surgiu de um gabinete, mas das ruas. Essa empresa, criada por Getúlio Vargas em 1953, tinha e tem por objetivo garantir o abastecimento nacional de combustíveis e a segurança energética do Brasil. Para isso, imensas quantidades de dinheiro público foram utilizadas para financiar a estruturação e o crescimento da Petrobrás, que, em poucas décadas, se consolidou como a maior empresa do país e uma das maiores do mundo em sua área de atuação. Não bastasse o tamanho e a importância da Petrobrás para o Brasil, a estatal ainda se caracteriza por ser a empresa que mais investe em ciência e tecnologia no Brasil e é detentora de produtos e tecnologias inovadoras que a destacam na indústria petrolífera mun