domingo, 26 de abril de 2020

UMA HISTÓRIA DE LUTA - VIRGÍLIO GOMES DA SILVA - JONAS - PRESENTE! UM POTIGUAR DE FIBRA E QUE NOS HONRA!

Virgílio Gomes da Silva foi o primeiro desaparecido da ditadura militar. Nasceu no Rio Grande do Norte e foi para São Paulo em busca de melhores condições de vida. Na capital paulista teve inúmeros trabalhos até entrar, em 1957, na empresa Nitroquímica como operário. Lá começou a atuar no movimento sindical, liderando greves. Filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e, depois do golpe militar de 1964, passou uma temporada no Uruguai, retornando pouco tempo depois ao Brasil.
Dissidente do PCB, em 1967, uniu-se à Aliança Libertadora Nacional (ALN), quando viajou para Cuba para fazer treinamento de guerrilha. Conhecido como “Jonas”, chegou a ser o segundo na hierarquia da organização, abaixo apenas de Carlos Marighella. Em setembro de 1969, comandou a ação do sequestro do embaixador americano, Charles Burke Elbrick e logo depois foi preso pela Operação Bandeirante, (Oban), em São Paulo.
No mesmo dia foram detidos pela polícia sua mulher, Ida, e três de seus quatro filhos. A esposa ficou presa por nove meses, permanecendo incomunicável por todo o período. Segundo diversos presos políticos, Virgílio foi morto um dia após seu sequestro. As Forças Armadas jamais admitiram o crime oficialmente.
Em 2004, foram encontrados o laudo e a foto do corpo de Virgílio. Ele tinha escoriações e hematomas nos órgãos internos e afundamento do osso frontal. Em agosto de 2009, o jornal O Globo publicou matéria divulgando um dossiê do Exército que registra o assassinato de Virgílio pela ditadura. De acordo com um documento de 8 de outubro de 1969, o militante reagiu à prisão e morreu em virtude de “ferimentos recebidos”. “Virgílio Gomes da Silva, vulgo Jonas ou Borges, reagiu violentamente desde o momento de sua prisão, vindo a falecer (…) antes mesmo de prestar declarações”. A Comissão Estadual da Verdade de São Paulo realizou uma audiência sobre o caso de Virgílio, com a presença de sua viúva e seus filhos.

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sábado, 25 de abril de 2020

FAÇA UM VOTO CONSCIENTE. MAS CONSCIENTE DO QUÊ?

Prazo para regularizar título de eleitor termina segunda -
Uma das frases mais ouvidas em época de eleições é faça um voto consciente. Certamente você já ouviu isso algumas vezes nessa época de campanhas. Mas a verdade é que o voto consciente é muito mais fácil falado do que dito. O que é um voto consciente? Qual seria sua fórmula? Que passos você deve seguir para ter certeza de que você está fazendo uma boa escolha? Vamos aqui trazer algumas ideias que você deve ter em mente na hora de escolher seus candidatos.
A princípio, quando se fala em voto consciente, faz-se referência à importância de um voto tomado a partir de informações adequadas. Que apontem ao eleitor que o votado é quem está mais apto a atender às demandas da população. Além disso, trata-se também de um voto “desapegado”: antes de pensar em vantagens pessoais, o eleitor deve pensar na coletividade, nas pessoas que o rodeiam: o que elas querem? O que eu acredito que elas precisam? É esse tipo de questionamento que deve estar na mente de um eleitor na hora de definir seu voto.
Dessa forma, um voto consciente é feito com a consciência de que foi feita uma escolha adequada. Você deve ser capaz de dizer: com um conhecimento adequado sobre os candidatos em questão, escolhi aquele que acredito estar mais apto a gerir o patrimônio e o interesse públicos.

COMO VOTAR CONSCIENTE?

Enumeramos algumas das melhores práticas na hora de definir um voto consciente. Veja:

1) Conheça os cargos a que os candidatos estão concorrendo

Em 2018, por exemplo, temos eleições para os cargos de deputado estadualdeputado federalsenadorgovernador e presidente da república. Todos esses cargos possuem diferenças em relação a suas funções. Aqui no Politize!, você aprende em detalhes os deveres e responsabilidades desses cargos, além do sistema eleitoral sob o qual cada um é eleito. Muitas vezes um candidato pode ser uma ótima pessoa, mas simplesmente não ter perfil para o cargo a que está concorrendo.

2) Conheça os candidatos, partidos e/ou coligações

Em primeiro lugar, cada candidato deve elaborar e apresentar um programa de governo. Conheça as propostas principais de cada candidato e veja com quais delas você mais se identifica. A afinidade ideológica é muito importante, afinal existem grandes ideias sobre a melhor maneira de gerir uma sociedade.
Entretanto, falta considerar um aspecto importante: a lisura do candidato. Seria aquele um candidato corrupto, interessado apenas no que ele pode ganhar para si com a política? Qual o seu passado?
Algo que contribui para um voto consciente é perceber se o candidato possui uma vida dedicada à política. Estar envolvido com a política há muito tempo pode ser um sinal positivo – já que pode demonstrar que o candidato realmente se dedica a isso – como negativo, afinal, existe a possibilidade de ele estar envolvido em negociatas escusas que existem nesse meio.
De qualquer forma, saber a história do seu candidato em detalhes revelará coisas importantes sobre seu passado e suas convicções e lhe dará uma ideia melhor sobre sua aptidão ao cargo em questão. E como ir atrás dessas informações? O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mantém um site com diversas informações sobre os candidatos durante as eleições. A internet oferece farto material sobre a política brasileira e pode trazer muitas informações sobre os candidatos que você está avaliando.
Além disso, o horário eleitoral gratuito pode ser uma importante ferramenta nessa tarefa, apesar que de que você deve levar em conta que os principais candidatos possuem mais tempo de propaganda, como também são respaldados por equipes profissionais de marketing, que calculam todos os movimentos deles, tornando-os mais agradáveis publicamente.
Outro ponto importante é: em que partido ele milita? Esse partido formou coligações com outros partidos? Quais foram eles? Tudo isso é importante, afinal não há candidaturas avulsas no Brasil.

3) Conheça as regras do jogo

As eleições podem ser encaradas como um grande jogo, uma disputa condicionada a um conjunto de regras que as tornam (em teoria) mais justas e democráticas.
Todos esses detalhes contam bastante para o voto consciente, além de que é importante que você como eleitor os entenda.

4) Saiba em detalhes as opções que você tem na hora de votar

Para um voto consciente, não esqueça os números de seus candidatos! De preferência, anote-os e leve com você no dia da votação. Você pode sempre anular seu voto ou deixá-lo em branco. É um direito seu, apesar de que ambos acabam por invalidar seu voto e ter pouco impacto na apuração do resultado (apenas dá uma forcinha para o candidato mais votado). Cabe a você decidir se anular o voto é mesmo a decisão mais acertada.

5) Não venda seu voto!

Além de ser uma prática ilegal, tratar seu voto como mercadoria é de um descaso inadmissível. Ao fazer isso, você já elege uma pessoa que se utilizou de métodos imorais para chegar a um mandato político. Seu trabalho junto ao poder público já nasce manchado e não tem a menor garantia de que será pautado em prol do cidadão. E você abdica de seu papel como cidadão. A democracia é jogada no lixo.

6) A importância do voto consciente

Todos estamos carecas de ouvir sobre a importância de votar. Desde pequenos nos falam que votar é uma questão de cidadania; que é um direito social conquistado a duras penas no Brasil; e que é expressão da vontade popular, que é soberana em uma democracia.
Infelizmente, votar parece ser mais uma daquelas situações em que existe uma grande dificuldade de se associar a ação à sua consequência. Muitos acreditam que não faz a menor diferença gastar tempo pensando no melhor candidato – afinal, dizem, eles são todos iguais e no fim das contas sempre se revelam corruptos.
Além desse grupo de pessoas descrentes da política, existem aqueles que negociam seu voto por vantagens pessoais, como cargos comissionados e benesses “informais” (para não dizer ilegais) junto ao poder público – apenas mais um dos traços do patrimonialismo ainda presente no Estado brasileiro. Ainda existem aqueles que acreditam que a política é um jogo de cartas marcadas e que os políticos são apenas fantoches na mão das pessoas e empresas que realmente possuem o poder.
O fato é que um voto consciente sempre será melhor do que um voto não consciente: um voto vendido, anulado, ou feito na brincadeira. Se existem problemas que precisam de uma mudança que vai além da consciência ou da instrução dos eleitores, eles não podem impedir ninguém de exercer sua responsabilidade como cidadão.
Por tudo isso, nestas eleições, não se esqueça: vote consciente! E conte com o Politize! para cumprir essa missão.

INTERVOZES Racismo, redes sociais e covid-19: um vírus amarelo?

Novo coronavírus já está presente em vários países. Foto: Dale de la Rey/AFP
Antes dos primeiros casos da covid-19 chegarem ao Brasil vindos da Itália, o novo coronavírus já estava presente no imaginário midiático do país. Este imaginário possuía um rosto. Ainda hoje, uma busca rápida na internet por imagens relacionadas ao termo “coronavírus” gera resultados que se dividem entre a imagem ampliada do vírus em si e imagens de pessoas com fenótipo leste-asiático.
Apesar do epicentro ter se movido para a Europa ocidental e os Estados Unidos, rostos asiáticos se fixaram no imaginário global como a representação humana da pandemia. Enquanto, no continente asiático, vemos o aumento de atitudes sinofóbicas, nos territórios de hegemonia branca (Europa e Américas), pessoas amarelas em geral se tornaram alvo de agressões racistas. 
Nos Estados Unidos, até o começo de abril, mais de 1.100 denúncias de racismo e xenofobia contra asiático-americanos tinham sido registradas na plataforma de denúncias criada pelos grupos Asian Pacific Policy and Planning Council (A3PCON) e Chinese for Affirmative Action. No Brasil, ainda que o vírus que aqui circula tenha sido importado da Itália, insultos, agressões verbais e práticas de discriminação racial contra asiáticos seguem o padrão global.

Não apenas entre os setores conservadores, mas episódios de racismo também ocorreram entre a intelectualidade progressista (e branca). Um exemplo é a coletânea de ensaios sobre a pandemia escritos por intelectuais célebres como Slavoj Zizek, Judith Butler e Giorgio Agamben, entre outros, editada pelo argentino Pablo Amadeo.
O livro, que circulou em PDF por diversas redes sociais, foi intitulado de Sopa de Wuhan, e trazia na sua capa uma gravura feita em 1904 pelo alemão Ernst Haeckel, notório adepto da eugenia e do racismo científico. A imagem de morcegos associada à China remete imediatamente à iconografia clássica do “perigo amarelo”: a estratégia de animalização de asiáticos utilizada durante a expansão imperial da Europa e Estados Unidos, nos séculos XIX e XX.
Corpos asiáticos como ratos, porcos, polvos povoaram o imaginário branco por muito tempo. A escolha de título e capa da coletânea foi contestada por vários coletivos antirracistas, com apoio de mais de mil assinaturas individuais, fazendo com que o editor se comprometesse a publicar outra versão do projeto que, no entanto, já havia alcançado muitos espaços através da sua rápida circulação em redes sociais.
No momento de uma pandemia global, é interessante notar como a urgência das redes faz com que mesmo a intelectualidade “progressista” mobilize imaginários racistas. Quanto mais urgente, mais despercebido o fantasma do racismo retorna.
O mapeamento da internet feito pelo instituto de pesquisa Network Contagion Research Institute, divulgado no início de abril de 2020, detectou um notório aumento nos “sentimentos sinofóbicos e antiasiáticos” no âmbito das redes sociais. Entre memes e postagens com teorias conspiratórias antiasiáticas, nota-se o alto uso de termos racistas contra chineses e asiáticos, demonstrando um aumento nos sentimentos de ódio contra essas populações.
Como mostra a pesquisa, a circulação dos memes começou em espaços de nicho como 4chan – plataforma virtual que abriga troca de conteúdo extremista – e chegou às plataformas de alta visibilidade como Twitter, Instagram e Reddit. A partir deste ciclo de disseminação, o ódio que se difunde na rede contamina o mundo físico através dos crimes que vêm atingindo pessoas amarelas em espaços brancos. O uso do termo historicamente pejorativo “chink”, como aponta a pesquisa, comprova o retorno de um velho vocabulário racista. 
Se a mídia tradicional tenta adotar uma (limitada) postura de denúncia, os discursos de ódio se mantêm vivos pela capacidade disseminadora das redes sociais. Trata-se, portanto, de um cenário de descolamento entre distintas práticas de consumo midiático. Governos de extrema-direita se utilizam deste descolamento para conquistar seguidores, prática que ficou conhecida pelo uso bolsonarista das estratégias de desinformação disseminadas por bots.
Neste espírito, um episódio notório ocorreu no alto escalão do poder executivo de Brasília: no último dia 4 de abril, o ministro da Educação Abraham Weintraub se utilizou do personagem Cebolinha, criado por Maurício de Souza, para divulgar no Twitter charge que fazia insulto racista aos chineses, ao mesmo tempo que acusava a China de lucrar com a pandemia. 
Este episódio segue outro comentário sinofóbico, de Eduardo Bolsonaro, feito dias antes nas redes sociais. Assim, o governo Bolsonaro ecoa a postura que o presidente estadunidense Donald Trump vem tomando, ao insistir em chamar o novo coronavírus de “vírus chinês”, apesar de aviso da Organização Mundial da Saúde contra o uso de qualquer expressão que atrele o vírus a um país ou etnia. Como estratégia de comunicação “direta”, ambos governos se transformaram em porta-vozes dos supremacistas brancos das redes, legitimando as agressões racistas que ocorrem pelas ruas.
De fato, a capilaridade de plataformas como o WhatsApp faz com que as informações que ali circulam venham revestidas com maior sensação de legitimidade para algumas parcelas da população. Como mostrou o levantamento do Digital News Report, à medida que o nível de confiança no jornalismo tradicional caiu em todos os países, a confiança nas redes sociais aumentou.
Em países em desenvolvimento como o Brasil, uma grande parcela da população se informa apenas por manchetes recebidas em redes como WhatsApp sem sequer acessar as notícias completas: possibilidade que muitos nem possuem por conta da limitação de seus pacotes de dados. Não à toa, como mostrou a cartilha do Intervozes sobre desinformação, o conservadorismo da “nova direita” vem se utilizando de forma sistemática destas plataformas, que se revestem de confiabilidade por fazerem circular mensagens através de “pessoas de confiança” como amigos e família.
Na junção entre um nível maior de pessoalidade das informações e uma sociedade amedrontada, a reativação dos fantasmas do racismo torna-se um fato triste, porém pouco surpreendente. O próprio WhatsApp decidiu limitar o número de compartilhamento para um por vez (no início, o aplicativo permitia até 250 compartilhamentos simultâneos, quantidade que já havia sido reduzida a cinco). Porém, como se sabe, o racismo não é uma questão tecnológica. 

O paradigma da branquitude

Conforme a pandemia avança em todos os continentes, seus impactos sociais se tornam mais evidentes. Dados recém-divulgados, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, mostram a disparidade na letalidade da doença: enquanto mais pessoas brancas são contaminadas, o vírus é mais letal na população negra – e, nos EUA, imigrantes latinos – o que se explica pelo longo histórico de um menor acesso a cuidado médico nesta parcela da população.
De acordo com dados do IBGE compilados pelo Instituto Marielle Franco, no Brasil, 67% da população que depende integralmente do SUS são negros, sendo que 15,5% da população negra moram em residências que impossibilitam os cuidados mínimos de prevenção à Covid-19. É também esta parcela da população que compõe majoritariamente os profissionais dos serviços essenciais, expondo-se de forma sistemática ao risco de contaminação.
Além disso, neste mês de abril, relatos de racismo sofrido pela comunidade nigeriana na cidade de Guangzhou, no sul da China, confirmam como a pandemia exacerbou sentimentos de paranoia racial em escala global. Em todos os lugares, contudo, são os corpos brancos que saem incólumes no imaginário hegemônico, por serem os únicos que não sofrem racialização. Desta forma, percebe-se que a crise aguda causada pela pandemia acaba por exacerbar, de forma crítica e em todos os âmbitos, a colonialidade do nosso mundo moderno, que reserva lugar seguro exclusivo à branquitude.
A socióloga e filósofa Denise Ferreira da Silva nos lembra como a moderna noção de diferença racial atrelada a territórios do planeta tem como medida universal o homem branco europeu, do qual todos os outros corpos se diferenciariam. É esta conta que a pandemia vem ressaltar: a relação entre fenótipo e geopolítica, que coloca alguns corpos como alvos mais imediatos, mesmo quando se trata de um vírus que não possui intencionalidade. É um paradigma da supremacia branca que não nasce na pandemia, mas é apenas por ela revigorada. Pensar formas democratizadas e antirracistas de comunicação é fundamental para se fazer desta crise uma oportunidade.
*André Keiji Kunigami é pesquisador, mestre em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense e doutor em Literatura e Cinema pela Universidade de Cornell (EUA)
Fonte: Carta Capital

Casos de Covid-19 continua crescendo no RN, diz secretário

Do Secretário de Saúde do Estado, Cipriano Correia:
“O número de casos no RN continua crescendo. A experiência internacional mostra que países que relaxaram as medidas protetivas tiveram grande aumento da contaminação. Ainda estamos em momento de ascensão dos casos. Quem não pode ficar em casa porque trabalha em atividades essenciais tem que se valer de toda a proteção, usar máscara, como prioridade, e manter o distanciamento social. O mesmo vale para quem precisa enfrentar filas e ir a agências bancárias”.
Fonte: Robson Pires

Governo do RN conclama Prefeituras a cumprirem decreto para conter a Covid-19

Por Robson Pires
Na apresentação dos dados epidemiológicos e ações do Governo do RN no combate ao novo coronavírus, nesta sexta-feira, 24, o secretário de Saúde Cipriano Maia destacou a importância de todas as Prefeituras assumirem e cumprirem as medidas dos decretos do Governo do Estado. A distribuição de máscaras, o controle das aglomerações, especialmente das filas em bancos, e a manutenção apenas do comércio considerado como essencial, funcionando dentro das normas determinadas, são medidas estratégicas para a contenção do vírus.
“Precisamos de atuação conjunta e solidária, colaborativa. Já temos óbitos em 17 municípios e ocorrências em 50 cidades. Isto mostra que o vírus chegou a todas regiões do Estado”, argumentou Cipriano, para acrescentar que os municípios precisam, também, assumir a responsabilidade de estabilizar pacientes para serem regulados e encaminhados ao atendimento de casos críticos.
Na ocasião, o secretário reforçou a necessidade do isolamento. O Comitê de especialistas e cientistas que assessora o Governo – e realiza análises e projeções com base nos modelos matemáticos aplicados em todo o mundo – afirma que é preciso o mínimo de 60% da população em isolamento para desacelerar a disseminação. O RN tem média de 50% de isolamento e apresenta proporção significativa de mortes de pessoas com menos de 60 anos portadoras de comorbidades.

POR DIVANILTON PEREIRA:MOVIMENTO FACE SOLIDÁRIA

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PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL
COMITÊ ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CIRCULAR 004/2020
MOVIMENTO FACE SOLIDÁRIA

Camaradas,

O desenvolvimento da crise sanitária, social, econômica e política
no país repercute nessas mesmas múltiplas dimensões no Rio Grande do Norte.

A defesa da democracia, da vida e do trabalho de nosso povo, das
pequenas e médias empresas são os vértices de nossas tarefas, sobretudo neste momento pandêmico. Os vulneráveis, uma consequência das desigualdades sociais estruturais no país e em nosso estado, agora acentuadas, devem ser o foco emergencial para os nossos cuidados solidários.

Nessa direção, propomos aos Comitês Municipais e as frentes sociais do Partido que constituam o MOVIMENTO FACE SOLIDÁRIA. Uma ação que objetiva viabilizar e distribuir máscaras protetoras contra o COVID-19 aos mais desassistidos de nosso povo.

Orientamos assim, dentre outras iniciativas solidárias e as especificidades de cada um, que realizemos esforços por realizá-la.

O momento exige mais do que palavras e declarações.
Mãos à obra Camaradas!

Viva a vida e a solidariedade!

Divanilton Pereira

Presidente do Comitê Estadual do PCdoB/RN

Natal, 24 de abril de 2020

sexta-feira, 24 de abril de 2020

3 Mosqueteiros do Supremo cercam os Bolsonaro que partem para o tudo ou nada

Celso de Mello, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes

Ações de ministros podem levar a impeachment de Bolsonaro e prisão dos filhos



São três os mosqueteiros do STF que encurralam os Bolsonaro: Alexandre de Moraes, Celso de Mello e Gilmar Mendes.

Alexandre de Moraes deu cinco dias para Bolsonaro apresentar resultado de seu teste da COVID-19. Mandou também investigar financiadores e organizadores das passeatas que pediam AI-5 e golpe militar. Todos sabemos, e eles mesmos já confessaram, quem são alguns dos financiadores, entre eles o conhecido "Véio da Havan", Luciano Hang. O resultado do teste e as ligações dos organizadores e financiadores com Bolsonaro podem levar a seu impeachment.

Celso de Mello deu prazo a Rodrigo Maia para que ele explique por que até o momento não acolheu nenhum dos mais de 20 pedidos de impeachment de Bolsonaro. Maia, que estava (como Cunha ficou) sentado sobre os processos agora será obrigado a agir ou pode ser condenado por prevaricação.

Gilmar Mendes, a quem cabe julgar se a CPI da Fake News prossegue ou não, já afirmou que é a favor do prosseguimento e esse será seu voto. E a CPI (na verdade CPMI, porque é mista, da Câmara e do Senado) das Fake News já chegou aos filhos de Bolsonaro.

Por conta disso, Bolsonaro partiu para o tudo ou nada. Passou por cima de Moro e tirou o diretor da PF, foi descaradamente às compras no Congresso, com cargos até para Roberto Jefferson, e mandou sinais de fumaça para o atual presidente do STF, Toffoli. Talvez tarde demais.

A verdade é que o quadro nunca esteve tão desfavorável a Bolsonaro. E não apenas nas áreas política e judicial. A pandemia se espalha, ontem houve recorde de mortos, o novo ministro parece ele mesmo um zumbi, e a economia afunda, com o sumido Guedes escanteado, já que tudo o que ele prometeu deu em nada.

O país ferve.

Fonte: Blog do Mello

Caixa abrirá agências neste sábado para atender serviços essenciais

Caixa Econômica Federal - 28/05/2015 - Saopaulo - Fotografia ...
Imagem do Google
A Caixa abrirá 799 agências neste sábado (25), das 8h às 12h, para atendimento de serviços essenciais à população. Poderão ser realizados saque de pagamentos do Instituo Nacional do Seguro Social (INSS) sem cartão; dos seguros desemprego e defeso sem cartão e senha; saque Bolsa Família e outros benefícios sociais sem cartão e senha; pagamento de abono salarial e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) sem cartão e senha; saque de conta salário sem cartão e senha; e desbloqueio de cartão e senha de contas.
As agências que estarão abertas podem ser consultadas no site da Caixa.

Fonte: ROBSON PIRES

Acusação grave: Bolsonaro diz que Moro aceitaria troca na PF após ser indicado ao STF

Se não fosse pela missão do Moro, eu não estaria aqui, diz ...
Moro e Bolsonaro - Imagem do Google
Após a coletiva do ex-ministro Sergio Moro para anunciar sua demissão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também resolveu falar sobre o caso. Em um pronunciamento com nesta sexta-feira (24), o presidente da República rebateu as críticas e declarações ditas pelo seu ex-comandado na presença de todos os outros ministros.
Segundo o presidente, o ex-ministro disse que poderia demitir o ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Leite Valeixo em novembro deste ano, mas impôs uma condição. “Pode demitir o Valeixo sim, mas depois que me indicar para o Supremo Tribunal Federal”, afirmou.
Bolsonaro fez questão de mandar um recado para o seu ex-ministro: “Eu tenho um Brasil a zelar”. Além disso, ele questionou a postura de Moro no esclarecimento do caso do atentado a Bolsonaro, em 2018, e ressaltou “A PF de Serio Moro mais se preocupou com Marielle do que com seu chefe Supremo”
“As grande operações da PF no passado foram em cima de estatais ou de empreiteiros. […] Nós botamos um ponto final nisso. Isso foi muito caro para mim. Poderosos se levantaram contra mim, é uma realidade, é uma verdade. Eu estou lutando contra uma sistema”, afirmou o presidente.
“A indicação foi do senhor Sergio Moro. Apesar da Lei de 2014 dizer que a nomeação é exclusiva do senhor presidente da República. Abri mão disso! Porque confiava no senhor Sergio Moro e ele trouxe a sua equipe aqui para Brasília”, lembrou Bolsonaro.
Em relação a demissão de Valeixo, Bolsonaro destacou que o ato ocorreu após uma conversa entre eles de comum acordo.
“Conversei ontem [23] por telefone com Valeixo e ele concordou com a exoneração, a pedido”, completou.
DECLARAÇÕES DE MORO

Fonte: ROBSON PIRES

terça-feira, 21 de abril de 2020

CRISE DO CORONAVÍRUS Por que as UTIs são o calcanhar de Aquiles da luta contra a covid-19

(Foto: AFP)

Com um mês de quarentena, mais de 2,700 mortes e 43 mil infectados, o Brasil tem vários estados à beira de um colapso sanitário.

Passado o primeiro mês de quarentena em boa parte do País, o Brasil ultrapassou a marca dos 43 mil infectados pelo novo coronavírus – ao menos segundo os dados oficiais. Na terça-feira 21, os óbitos notificados ao Ministério da Saúde chegaram a 2.741.
A essa altura, vários estados brasileiros à beira de um colapso sanitário.
Conforme avança, a covid-19 enche os pulmões de um líquido amarelo e viscoso, dificultando a respiração. Fica impossível respirar sem ajuda mecânica. Instala-se então tubo de vinte e poucos centímetros que avança, traqueia adentro, para levar ar aos pulmões doentes.
A máquina mantêm o oxigênio indo para o cérebro, coração e rins. Enquanto isso, os médicos trabalham para conter a infecção e recuperar a capacidade respiratória. Esse processo é, quase sempre, feito na UTI. E é justamente este o principal flanco na defesa de estados e municípios contra a doença.
No Ceará, a ocupação dos leitos de UTI reservados para a covid-19 oscila nos 100%. O governo estadual cobra do novo ministro Nelson Teich a habilitação de novos leitos, prometida pelo antecessor Luiz Henrique Mandetta. No Amazonas, quase 90% dos leitos de UTI estão ocupados. Pernambuco e o Rio de Janeiro vivem situação semelhante. Belo Horizonte decretou estado de calamidade pública.
Em São Paulo, epicentro nacional da doença, a taxa média de ocupação é de 60%. Mas a capital já tem hospitais perto do limite. O Hospital das Clínicas, maior complexo de saúde da América Latina, reservou todo o Instituto Central para tratar a doença. Abriu 200 leitos de UTI. Na segunda-feira 20, conforme informou o hospital a CartaCapital, 185 deles estavam ocupados. No sábado, eram 168. A alta percentual, em apenas dois dias, foi de 86% para 93%.
A soma dos casos na periferia já é maior que a das regiões centrais da cidade, onde apareceram os primeiros casos da doença, importados. No Hospital de Parelheiros, no extremo-sul da capital paulista, já não há leitos de UTI. Também se esgotaram as vagas do tipo nos hospitais municipais de Itaquera e em Cidade Tiradentes, na Zona Leste.
Em geral, pacientes do SUS costumam dar entrada no hospital em piores condições de saúde. No hospital Sírio-Libanês, que atendeu cerca de 230 pacientes com a doença, a taxa de mortalidade é de 4%. Já no Emílio Ribas, referência no atendimento do SUS em São Paulo, que teve 113 casos e 11 mortes, o percentual chega a 10%.
Diante desse drama, os governos correm contra o tempo para multiplicar leitos nas UTIs. O desafio é complexo. “Transformar quarto normal em UTI é possível, mas muito complicado”, explica o médico Riad Younes, diretor do Centro de Oncologia do Hospital Oswaldo Cruz e colunista de CartaCapital. “Se hoje eu decidir transformar dez leitos do Oswaldo Cruz em UTI, é preciso importar ventiladores, comprar oxigênio, que está em falta…”Cada kit básico de cama hospitalar, respirador artificial e monitor custa, em média, 400 mil reais. 
Além dessa caríssima estrutura, é preciso capital humano. Em média, um único médico consegue cuidar de trinta pacientes em uma enfermaria. Em uma UTI, de apenas dez.
Cada kit básico de cama hospitalar, respirador artificial e monitor custa, em média, 400 mil reais. Além dessa caríssima estrutura, é preciso capital humano. Em média, um único médico consegue cuidar de trinta pacientes em uma enfermaria. Em uma UTI, de apenas dez.
Uma saída para esta crise é a criação de uma fila única de leitos do SUS. A lei de quarentena garante à União, estados e municípios o poder de requisitar “bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o pagamento posterior de indenização justa”.
FACHADA DO INSTITUTO CENTRAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS, RESERVADO PARA OS CASOS DO CORONAVÍRUS: UTIS PERTO DO LIMITE (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Hospitais vazios?

Já há algumas semanas, circulam na internet supostas denúncias de hospitais vazios. Essas fotos e vídeos aparecem, em geral, acompanhados de textos apócrifos que minimizam a gravidade da pandemia. CartaCapital questionou médicos sobre essa possibilidade. Ouviu que existe sim, uma baixa nas internações e atendimento em prontos-socorros. Mas ela não é, nem de longe, sinal de bonança em relação ao coronavírus.
“Muita gente tem deixado de ir ao pronto-socorro por medo de pegar o vírus. Isso vale para os hospitais públicos e para os privados”, explica Daniel Deheinzelin, pneumologista do hospital Sírio-Libanês. Outro motivo, destaca o médico, é que a quarentena diminuiu a incidência de outros vírus respiratórios.
Também foram suspensas cirurgias eletivas. “Um estudo iraniano mostrou que a mortalidade geral pós-operatória aumenta 25% caso o paciente pegue a covid. Mesmo cirurgias simples, como hérnia ou silicone. Não é nada seguro operar na pandemia”, pontua o reumatologista João Alho, coordenador da residência de Clínica Médica da Universidade do Estado do Pará em Santarém.
Outra causa provável é a queda no tráfego de veículos. Sem tantos carros e motos circulando, por conta da quarentena, cai o número de acidentes, uma das principais causas de hospitalização. Em 2018, os acidentes de trânsito causaram 183,4 mil internações no SUS.

Fonte: CARTA CAPITAL