sábado, 25 de fevereiro de 2023

Documentário “O Complô” mostra como elite econômica promove a miséria no Brasil

 Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Logo no início da entrevista por telefone concedida à CNTE, o professor, advogado e ex-deputado-federal Hermes Zaneti demonstrou alívio por observar que o debate sobre a responsabilidade das elites econômicas sobre as desigualdades está novamente na mesa.

O assunto voltou às manchetes com as recentes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à atuação do Banco Central e às sucessivas elevações da taxa de juros que boicotam o crescimento nacional em favor dos ganhos da parcela mais rica da população.

Para o gaúcho que foi companheiro de Congresso Nacional de Lula no período de construção da Constituição Federal de 1988, a discussão é uma oportunidade única para tratar do modelo de desenvolvimento que estabelecemos, mas precisa ser uma bandeira de todo movimento social.

“Esse assunto está no centro do debate nacional especialmente puxado pelo presidente Lula, mas ele está sendo deixado meio sozinho. As centrais sindicais e as organizações sociais precisam entender a necessidade de dar suporte e a força necessária para o enfrentamento a essa grave questão”, preocupa-se.

Documentário

Para aprofundar o debate, entra em cartaz no dia 1º de março o documentário “O Complô”, curta-metragem que revela impactos sociais da gestão da dívida pública brasileira.
A obra baseada no livro de mesmo do nome de Zaneti e dirigido pelo cineasta Luiz Alberto Cassol, apresenta os bastidores da gestão da dívida pública federal, com um resgate histórico do tema desde a Assembleia Nacional Constituinte e joga luz nos seus impactos sobre o cotidiano da população brasileira.

A película que será lançada em Brasília (mais informações abaixo) e conta com apoio de organizações sindicais como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) mostra como um conjunto de atores econômicos e políticos se organiza, atua e se faz representar nas esferas política, jurídica, econômica e de comunicação para interferir, dirigir afetar o rumo do modelo de desenvolvimento a ser adotado.

O nome do livro e do documentário se baseiam na ideia de um complô das instituições democráticas contra os interesses do povo. As obras mostram como a estrutura orquestrada pelo capital financeiro absorve os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e o Ministério Público Federal.

A partir disso, ideias como a insuficiência de recursos para financiar políticas públicas que atendam aos direitos sociais aprovados pela Constituinte 1988 são enraizadas na sociedade para justificar a precária prestação de serviços públicos de saúde, educação, previdência, assistência social, transporte, moradia e outros essenciais.
Com isso, o filme aponta como a máquina pública funciona a favor dos rentistas e destaca caminhos para reverter esse processo.

Após a sessão de lançamento, haverá um debate com as presenças de Hermes Zaneti, do diretor do filme, Luiz Alberto Cassol, Diretor do filme e de convidados.


Dívida pública e reconstrução do país

Em formato bastante reducionista, a dívida pública é o dinheiro que as diferentes esferas de governo (federal, estaduais e municipais) tomam emprestado para cobrir o déficit fiscal, quando a arrecadação é menor do que as despesas. Quando a soma de recursos recolhidos não cobre as despesas, o governo emite títulos da dívida pública para captar mais recursos e, em contrapartida, restitui o valor para quem comprou estes papéis, acrescido de juros.

Zaneti critica a falta de transparência nesse processo e aponta que sem uma análise detalhada não é possível prestar contas à sociedade sobre para quem se deve e como foram aplicados os recursos.

“A dívida pública da União é uma caixa preta de mais de R$ 7 trilhões. O povo não entende o que é nem sabe que quem paga com dinheiro dos impostos somos nós. Onde foi empregado isso? Nós dobramos o número de favelas no Brasil, há desastres ocorrendo o tempo todo, como vimos agora no litoral Norte de São Paulo. Como esse dinheiro foi investido? Isso tudo tem a ver com o que tem sido sugado da economia pelo rentismo”, critica Zaneti.

Para ele, não será possível discutir a reconstrução do país após os prejuízos causados pelo governo Bolsonaro se não houver uma mudança no modelo econômico que engole a economia brasileira.

“Se não vencermos o rentismo, não vamos vencer o bolsonarismo. Porque para reconstruir o que o Bolsonaro destruiu e oferecer à sociedade brasileira o que é necessário, emprego, renda, ativar a indústria nacional, investir em educação, saúde, transporte, segurança, combater a questão da fome, temos de estancar essa sangria. O sistema financeiro tem que financiar a produção, mas no Brasil, é o sistema produtivo que está a serviço do financeiro, do rentismo. Só de juros da dívida pública foram pagos no ano passado R$ 600 bilhões”, destaca.

Queda de mito

Entre os muitos prejuízos que a prioridade ao rentismo traz à sociedade, afirma o professor, está a falta de investimento em serviços públicos, que induz à ideia de carga tributária alta, porque os impostos não são convertidos em serviços de qualidade. Com isso, há o que chama de bitributação, quando o tributo é cobrado para financiar a educação pública, mas diante da falta de compromisso dos governos com essa área, que gera uma estrutura precária, é necessário novamente investir em um sistema particular.

“O maior estímulo à sonegação de impostos é quando o poder público gasta os recursos para beneficiar 1% da população. Quando vê que não tem retorno pelo que se paga. A carga tributária no Brasil não é alta, é muito mal gasta. Quase 50% da receita tributária vai para pagamentos de juros e encargos da dívida pública e isso poderia ser investido para que não fosse necessário utilizar escola privada e plano de saúde”, alerta.

Lançamento nacional do curta-metragem ‘O Complô’
Quando: 1º de março, às 19h
Onde: Teatro dos Bancários, EQS 314/315 – Brasília
Quanto: entrada gratuita, limitada à lotação do teatro (473 lugares)

Fonte: CNTE

VEM AÍ A NOITE DAS HOMENAGENS DO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN

No mês de março deste ano o Centro Potiguar de Cultura - CPC-RN promoverá a NOITE DAS HOMENAGENS no mês de março deste ano!

Cujo objetivo é o valorizar artistas, grupos de danças, capoeira, poetas/poetizas, cantores, músicos, entre outros. Uma forma de RECONHECER os TALENTOS dos ARTISTAS POTIGUARES!

Para o presidente do CPC-RN (CENTRO POTIGUAR DE CULTURA), Eduardo Vasconcelos "é de súmula importância este tipo de homenagens, valorizando assim nossos artistas potiguares.

A proposta é realizar cinco (5) eventos em regiões do Estado para que possamos nos aproximarmos cada vez mais dos artistas culturais. Disse, Eduardo Vasconcelos;

Obs. Vamos aguardar!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

MADELEINE LACKSO TENTOU LACRAR FOI HUMILHADA AO VIVO! LULA LIBERA MILHÕE...


Finte: https://nogueirajr.blogspot.com

Imagens de drone mostram destruição das encostas na catástrofe de São Sebastião

 

O Projeto Baleia a Vista publicou em seu perfil no Instagram imagens captadas por drones da região de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, cidade mais afetada pela tragédia das enchentes que atingiu a região no final de semana passado.

É possível ver a destruição das encostas pela imensa quantidade de água que caiu sobre a cidade, uma precipitação de quase 700mm num único dia, recorde absoluto de todos os tempos no Brasil.

As imagens mostram que não foram afetadas apenas as áreas dos pobres (que acabam sendo nas entrelinhas os culpados de suas próprias tragédias, por construírem em áreas de risco), mas há mansões agora à beira do precipício e áreas virgens completamente devastadas pela força das águas.

É cada vez mais urgente repensar a relação do homem com a natureza, para o que catástrofes como essa deveriam servir de alerta na busca de uma solução global, enquanto procuramos mitigar os efeitos locais.

Mas é desanimador, quando vemos que, mesmo diante da tragédia, pessoas se aproveitam da situação para, por exemplo, cobrar R$93 por uma garrafa de água mineral.

Aliás, como pensar como comunidade, globalmente, sob o capitalismo?

Fonte: https://www.blogdomello.org

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Comunidade caiçara do Guarujá (SP) fará denúncia internacional contra a Cargill


 DIVULGAÇÃO/CMP GUARUJÁ

Sitio Conceiçãozinha, Guarujá (SP)

Moradores e pescadores do Sítio Conceiçãozinha reclamam de não terem sido ouvidos sobre obras de ampliação do terminal da gigante mundial dos alimentos, que deverá fechar antiga saída para o mar,

A comunidade tradicional do Sítio Conceiçãozinha, em Guarujá, vai formalizar denúncia contra a Cargill na União Internacional de Associações de Trabalhadores da Alimentação, Agricultura e Afins (Uita). O ato faz parte dos manifestos contra as obras de ampliação do terminal da gigante mundial da indústria de alimentos no Porto de Santos. Um dos principais problemas do projeto, já em andamento, é que o acesso ao mar para pescadores tradicionais que vivem no local deverá ser fechado.

Em outra frente, a União dos Pescadores de Conceiçãozinha (Unipesc), a Central de Movimentos Populares (CMP) e a Associação de Combate aos Poluentes (ACPO) protocolaram representação no Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público de São Paulo na Baixada Santista. Isso foi na última sexta-feira (17), véspera do carnaval.

No mesmo dia, a CMP divulgou um manifesto contra a “obra antissocial da Cargill, que literalmente está sufocando os pescadores do Sítio Conceiçãozinha” (íntegra no final da reportagem).

Na representação ao Ministério Público, os autores pedem providências contra a expansão considerada irregular dos atracadouros marítimos da empresa Cargill, vizinha do Sítio Conceiçãozinha. Isso porque as obras têm impactos na mobilidade pesqueira e potencial de poluição das águas e do ar.

IMAGEM MOSTRA A COMUNIDADE VIZINHA À CARGILL E A AMPLIAÇÃO DO ATRACADOURO (EM VERMELHO). FOTO: REPRODUÇÃO/REPRESENTAÇÃO AO MPSP

Imagem mostra a comunidade vizinha à Cargill e a ampliação do atracadouro (em vermelho)

Para a comunidade, obra da Cargill é irregular

“O estacionamento de gigantescos navios afetará a circulação de ar, a entrada, saída e circulação de embarcações de pescadores tradicionais, aumentará o potencial de risco de poluição das águas e atmosférica devido ao embarque e desembarque de mercadorias a granel que ocorrerá por esses terminais, criando uma barreira de aço entre o pescador e a sua fonte de renda, o mar”, destacam em trecho da representação.

Comunidade antiga de origem caiçara, o Conceiçãozinha tem uma população fixa, consolidada, de cerca de 6 mil pessoas. Ali diversas ruas são asfaltadas, há iluminação, escola pública, posto de saúde e um comércio significativo. “O sentimento é de que estamos sendo emparedados pela multinacional, que chegou aqui muito tempo depois de nós”, disse à RBA o líder comunitário Newton Rafael Gonçalves, de 75 anos.

Segundo ele, o bate-estaca que já rachou muitas casas na comunidade trabalha sem parar. E a obra avança sem que os moradores tenham sido ouvidos. “Não houve nenhuma audiência pública para discutir o assunto com os moradores”, disse.

No entendimento do advogado da CMP, Benedito Barbosa, o Dito, a Cargill desrespeita a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil. A resolução prevê que as comunidades tradicionais, entre elas caiçaras, sejam devidamente informadas e consultadas em casos de intervenções locais como essa. Isso porque têm papel relevante na proteção do meio ambiente e, sem ela, a cultura e as práticas tradicionais não prosseguiriam.

O Sítio Conceiçãozinha está localizado entre o canal de Santos e a Via Santos Dumont, no distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá. Durante o governo Lula, a comunidade recebeu investimentos para melhoria da infraestrutura e houve regularização fundiária. O governo federal repassou a área para a Prefeitura de Guarujá, que em 2009 concedeu títulos de posse a 1.832 famílias.

O presidente Lula viveu aqui em sua infância, quando veio de Garanhuns. E mais tarde, quando presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, já voltou sua atenção para o local, que nunca esqueceu. Mas agora enfrentamos essa situação difícil, contra a qual vamos lutar- Newton Rafael Gonçalves


Cargill nega bloqueio do acesso de moradores ao canal

O Terminal Exportador do Guarujá da Cargill afirma, por meio de sua assessoria, que a realização das obras, iniciadas em janeiro de 2023, atendem solicitação da Capitania dos Portos e da Santos Port Authority (SPA). Assim, alega que seu objetivo é “ampliar a segurança das operações, conferindo mais estabilidade às embarcações nas manobras de atracação dos navios”. E ressalta que as obras não eliminarão o acesso dos comunitários ao canal.

“O projeto conta com a anuência dos órgãos competentes para sua realização e, embora iniciativas desta natureza não demandem a realização de audiências públicas, em respeito aos comunitários, o Terminal procurou proativamente as lideranças locais, com quem segue dialogando e que inclusive já visitaram o Terminal para conhecer o projeto e sanar eventuais dúvidas”, diz a empresa.

A Autoridade Portuária de Santos, antiga Companhia Docas, Codesp, é um empresa pública federal. Até o governo anterior, estava subordinada ao Ministério da Infraestrutura, então chefiado pelo atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Mas no atual governo, está vinculado ao Ministério dos Portos e Aeroportos, chefiado por Márcio França.

Enquanto Freitas defende a privatização do Porto de Santos, França contesta. “Quando a gente fala em privatizar o Porto de Santos, o que o governador Tarcísio pretendia (quando era ministro), que era a orientação dada pelo Paulo Guedes e Bolsonaro, era a venda da autoridade portuária. Mas esse modelo só existe em um único país, a Austrália, e mostrou muitas dificuldades”, disse França em recente entrevista à CNN.

Leia o manifesto dos moradores

Cargill, empresa gigante e mundial de alimentos, amplia porto privado e fecha saída para o mar de pescadores da Vila Sítio Conceiçãozinha no Guarujá. Bate-estacas que está ampliando o porto também tem provocado rachaduras em casas de moradores na Vila. Os moradores e pescadores locais tentam impedir a obra que segue a todo vapor, para o desespero de todos no Sítio Conceiçãozinha que estão indignados com ação da empresa.

Diversas lideranças, a convite do companheiro Newton Rafael, que é dirigente da CMP, pescador e morador, visitaram o território em solidariedade aos moradores e pescadores, para, também, ampliar a denúncia sobre esta obra antissocial da Cargill, que literalmente está sufocando os pescadores do Sítio Conceiçãozinha.

Os moradores reclamam que o bate-estacas, quando está funcionando, provoca tremor nas casas, o que tem provocado diversas rachaduras nos imóveis.Os pescadores reclamam, também, que não houve qualquer audiência ou consulta pública sobre a obra. Por isso, exigem a paralisação imediata da ampliação do porto. No Sítio Conceiçãozinha vivem 6 mil pessoas e cerca de 100 pescadores dependem da pesca.


Fonte: CUT NACIONAL

43 cidades do RN tem alerta de chuvas intensas, segundo Inmet

 Foto: Sandro Menezes

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para 43 cidades do Rio Grande do Norte. O alerta é válido até às 10h desta sexta-feira (24).

O aviso é de perigo (alerta laranja), o segundo na escala de três graus de severidade.

De acordo com o Inmet, o alerta prevê chuvas entre 30 e 60 mm/h ou até 100 mm/dia, além de ventos intensos entre 60 e 100 km/h.

Entre as medidas de precaução indicadas pelo Inmet, está, em caso de rajadas de vento, não se abrigar debaixo de árvores, pelo risco de queda e descargas elétricas, e não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.

Cidades incluídas no alerta de perigo:

Água Nova

Alexandria

Almino Afonso

Antônio Martins

Apodi

Augusto Severo

Caraúbas

Coronel João Pessoa

Doutor Severiano

Encanto

Felipe Guerra

Francisco Dantas

Frutuoso Gomes

Itaú

Janduís

João Dias

José da Penha

Lucrécia

Luís Gomes

Major Sales

Marcelino Vieira

Martins

Messias Targino

Olho d'Água do Borges

Paraná

Patu

Pau dos Ferros

Pilões

Portalegre

Rafael Fernandes

Rafael Godeiro

Riacho da Cruz

Riacho de Santana

Rodolfo Fernandes

São Francisco do Oeste

São Miguel

Serrinha dos Pintos

Severiano Melo

Taboleiro Grande

Tenente Ananias

Umarizal

Venha-Ver

Viçosa

Fonte: g1 rn

Com Potiguar Notícias

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

#JUSTIÇAPORMOÏSE Atos contra o assassinato de Moïse Kabagambe são marcados para o fim de semana; confira - "Outro absurdo!" - EDUARDO VASCONCELOS, presidente do CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN

Jovem foi espancado até a morte por três homens no Rio de Janeiro, na madrugada no último dia 24 - Reprodução/Facebook

No Rio de Janeiro, o protesto será no sábado, às 10h, em frente ao quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca (Posto 8), onde o congolês foi espancado, na madrugada do dia 24 de janeiro, por três homens até a morte após cobrar o salário atrasado de dois dias, referente a R$ 200, ao dono do estabelecimento. No último sábado (29), um protesto já foi realizado no local.  

Saiba mais: Polícia do RJ investiga caso de congolês espancado até a morte após cobrar pagamento atrasado


Cartaz da manifestação marcada no Rio de Janeiro / Reprodução/Redes Sociais

Também no sábado, uma manifestação será realizada em frente ao Museu de arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), na Avenida Paulista, na região central da capital paulista. Em Belo Horizonte, em Minas Gerais, o ato será na quinta-feira (3), às 17h, na Praça Sete. 

“Eles quebraram as costas do meu filho, quebraram o pescoço. Eu fugi do Congo para que eles não nos matassem. No entanto, eles mataram o meu filho aqui como matam em meu país. Mataram o meu filho a socos, pontapés. Mataram ele como um bicho”, afirmou Ivana Lay, mãe de Moïse, ao jornal O GLOBO. O jovem chegou ao Brasil em 15 de fevereiro de 2011, com 11 anos. 

Leia também: RJ: após morte de congolês, agressor questionou se câmeras de quiosque estavam ligadas

“Eu vi na televisão que, aqui no Brasil, se um cachorro morrer, há várias manifestações. Então, eu quero que todo mundo me ajude com justiça. Eu não sei mais como será a minha vida. Por favor, me ajudem”, afirma.   

Repercussão  

Nesta terça-feira (1º), a Prefeitura do Rio informou que vai suspender o alvará de funcionamento do quiosque Tropicália, na zona oeste da capital fluminense. Administradora de diversos quiosques da cidade, a concessionária Orla Rio vai suspender a operação do estabelecimento até a conclusão das investigações. 

Mais cedo também, a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio, deputada Dani Monteiro (PSOL), e a área de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no estado (OAB-RJ) se reuniram com familiares do refugiado. 

:: No RJ, homem se entrega à polícia e afirma que participou de espancamento e morte de congolês  ::

Em nota conjunta, Cáritas RJ, ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e a OIM (Organização Internacional para as Migrações) lembraram que Moïse chegou ao Brasil ainda criança, acompanhado de seus irmãos. No país, ele e sua família foram reconhecidos como refugiados pelo governo brasileiro. 

"Ele era uma pessoa muito querida por toda a equipe do PARES Caritas RJ, que o viu crescer e se integrar. Neste momento, as organizações apresentam suas sinceras condolências e solidariedade à família de Moïse e à comunidade congolesa residente no Brasil", afirma trecho do comunicado. 

A Embaixada da República Democrática do Congo informou que está em contato com a família de Moïse, que está cobrando um pronunciamento por parte do Ministério das Relações Exteriores. A embaixada também cobrará do governo brasileiro respostas sobre investigações de outros congoleses mortos no país. 

Edição: Rebeca Cavalcante


Fonte: BRASIL DE FATO

Atos contra o assassinato de Moïse Kabagambe são marcados para o fim de semana; confira

Jovem foi espancado até a morte por três homens no Rio de Janeiro, na madrugada no último dia 24 - Reprodução/Facebook

No Rio de Janeiro, o protesto será no sábado, às 10h, em frente ao quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca (Posto 8), onde o congolês foi espancado, na madrugada do dia 24 de janeiro, por três homens até a morte após cobrar o salário atrasado de dois dias, referente a R$ 200, ao dono do estabelecimento. No último sábado (29), um protesto já foi realizado no local.  

Saiba mais: Polícia do RJ investiga caso de congolês espancado até a morte após cobrar pagamento atrasado


Cartaz da manifestação marcada no Rio de Janeiro / Reprodução/Redes Sociais

Também no sábado, uma manifestação será realizada em frente ao Museu de arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), na Avenida Paulista, na região central da capital paulista. Em Belo Horizonte, em Minas Gerais, o ato será na quinta-feira (3), às 17h, na Praça Sete. 

“Eles quebraram as costas do meu filho, quebraram o pescoço. Eu fugi do Congo para que eles não nos matassem. No entanto, eles mataram o meu filho aqui como matam em meu país. Mataram o meu filho a socos, pontapés. Mataram ele como um bicho”, afirmou Ivana Lay, mãe de Moïse, ao jornal O GLOBO. O jovem chegou ao Brasil em 15 de fevereiro de 2011, com 11 anos. 

Leia também: RJ: após morte de congolês, agressor questionou se câmeras de quiosque estavam ligadas

“Eu vi na televisão que, aqui no Brasil, se um cachorro morrer, há várias manifestações. Então, eu quero que todo mundo me ajude com justiça. Eu não sei mais como será a minha vida. Por favor, me ajudem”, afirma.   

Repercussão  

Nesta terça-feira (1º), a Prefeitura do Rio informou que vai suspender o alvará de funcionamento do quiosque Tropicália, na zona oeste da capital fluminense. Administradora de diversos quiosques da cidade, a concessionária Orla Rio vai suspender a operação do estabelecimento até a conclusão das investigações. 

Mais cedo também, a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio, deputada Dani Monteiro (PSOL), e a área de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no estado (OAB-RJ) se reuniram com familiares do refugiado. 

:: No RJ, homem se entrega à polícia e afirma que participou de espancamento e morte de congolês  ::

Em nota conjunta, Cáritas RJ, ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e a OIM (Organização Internacional para as Migrações) lembraram que Moïse chegou ao Brasil ainda criança, acompanhado de seus irmãos. No país, ele e sua família foram reconhecidos como refugiados pelo governo brasileiro. 

"Ele era uma pessoa muito querida por toda a equipe do PARES Caritas RJ, que o viu crescer e se integrar. Neste momento, as organizações apresentam suas sinceras condolências e solidariedade à família de Moïse e à comunidade congolesa residente no Brasil", afirma trecho do comunicado. 

A Embaixada da República Democrática do Congo informou que está em contato com a família de Moïse, que está cobrando um pronunciamento por parte do Ministério das Relações Exteriores. A embaixada também cobrará do governo brasileiro respostas sobre investigações de outros congoleses mortos no país. 

Edição: Rebeca Cavalcante

Fonte: BRASIL DE FATO

Presepada de Do Val é mais um roteiro dos Trapalhões no Brasil golpista de Bolsonaro - por JÚLIO GARCIA

De bermuda e chinelão, o ex-presidente cometeu crime gravíssimo contra a democracia ao participar de trama para espionar Alexandre de Moraes.

UM EX-DEPUTADO SE ENCONTRA com um senador e diz que tem um assunto urgente. Em seguida, liga para o presidente da República e passa o telefone ao senador. O presidente, então, pede para ele “dar um pulinho” no Palácio da Alvorada. No dia combinado, os dois são levados secretamente à residência oficial da presidência por um carro da própria presidência. São cinco e meia da tarde e o presidente os recebe de camiseta, bermuda e chinelos. O ex-deputado então revela o motivo do encontro secreto: executar um plano para espionar um ministro da Suprema Corte, captar alguma frase dúbia que o torne suspeito de fraude eleitoral, prendê-lo e, assim, pavimentar o caminho para um golpe de estado.

O que o presidente e o ex-deputado não sabiam é que, três dias depois, o senador convidado para o plano golpista deduraria todo o esquema justamente para o ministro da Suprema Corte.

Parece o roteiro de um filme dos Trapalhões, mas foi só mais um episódio do Brasil de Bolsonaro. Assim como o soldado Didi Mocó aparecia no final para estragar as missões do Sargento Pincel, Marcos do Val apareceu no final para estragar os planos golpistas de Bolsonaro. (...)

CLIQUE AQUI para continuar lendo a postagem do jornalista João Filho (via The Intercept Brasil)

Justiça condena Havan a pagar R$ 50 mil a trabalhadora vítima de racismo - Escrito por: Redação CUT - "Absurdo!" , Processo nelle!" - Eduardo Vasconcelos - blogueiro e radialista

 

Divulgação

O chefe dizia para ela melhorar ‘essa cara para não ir para o tronco’ ou ‘a para não tomar umas chibatadas’.


O juiz da 3ª vara do Trabalho de São José (SC) Fabio Augusto Dadalt condenou a Havan a pagar R$ 50 mil por danos morais a uma ex-funcionária da rede de Luciano Hang, que denunciou a varejista por preconceito racial.


Segundo a trabalhadora, o ex-chefe dizia frases como "melhora essa cara para não ir para o tronco" e "melhora essa cara para não tomar umas chibatadas".

 

A ex-funcionária, que foi contratada pela Havan em agosto de 2018 como operadora de caixa na loja de São José, contou ainda que o ex-chefe dizia frases que remetem a castigos impostos a escravos e teria mostrado para ela a foto de uma antiga escrava negra e dito: “Achei uma foto tua no Facebook. Melhoraste né? Se não for você é alguma parente tua”.

 

Em sua decisão, Dadalt destaca que a denúncia da ex-funcionária “não é frescura”. “Não é ‘mimimi’. Não é brincadeira. Não é engraçado. Não é legal. Não deve ser aceito”.

 

“É crime de injúria racial dizer a um negro que ele será amarrado a um tronco e levará chibatadas, mostrar-lhe a foto de uma negra qualquer e dizer que é ele ou algum parente dele ali na foto. Tenho que a reclamante teve, sim, a moral ofendida por atos praticados pelo seu então chefe, que, com base na cor de pele dela, negra, ofendeu sua dignidade, sua honra, sua condição de ser humano; causou-lhe um inegável dano moral”, apontou o juiz.

 

A decisão contra a Havan é de primeira instância e cabe recurso, segundo a coluna Painel, da Folha de S Paulo.

A trabalhadora contou o que estava sofrendo a uma gestora de recursos humanos (RH). O chefe sofreu apenas uma advertência disciplinar. Porém, um mês depois, a ex-funcionária foi trocada de função e de gestor.


O magistrado acatou, de forma parcial, as reivindicações feitas pela ex-funcionária, que, inicialmente, pedia R$ 1 milhão por danos morais. O juiz do trabalho concedeu R$ 50 mil e decidiu que as custas serão pagas pela Havan, no valor de R$ 1.200.

 

A juíza Patrícia Sant’anna, diretora da Associação Nacional de Magistrados do Trabalho (Anamatra), elogiou a decisão. “A sentença do juiz Fábio Augusto Dadalt demonstra que o racismo, na nossa sociedade, é estrutural e que não há mais qualquer espaço para admiti-lo, de modo que temos o dever íntimo, ético e social de rechaçá-lo fortemente”.


Fonte: CUT NACIONAL

domingo, 5 de fevereiro de 2023

Estudantes da UERN participam de experiência em Emissora Nacional - Por Bruno Soares -

 

Danilo Queiroz e Bernardo Victor em visita aos estúdios da Rede Globo

Ao encontrar Fátima Bernardes, jornalista e apresentadora da Rede Globo de Televisão, o estudante de Jornalismo da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) Danilo Ezequiel de Oliveira Queiroz não conteve as lágrimas. Com o colega de curso Bernardo Victor de Araújo Melo, ele foi selecionado para participar este ano do projeto Geração Futura, uma realização do Canal Futura e da Fundação Roberto Marinho.

Estar no Rio de Janeiro (de 30 de janeiro a 11 de fevereiro), conhecer estúdios e artistas, participar de produções e vivenciar uma experiência única tem sido “fantástico” para o estudante.

“Sei que é um clichê a gente falar que a ficha ainda não caiu, mas a sensação é essa: incredulidade. Viver algo tão fantástico e surreal é surpreendente, mas tá acontecendo com a gente (eu e Bernardo) e tem sido muito especial”, relatou Danilo Queiroz.

Sobre o encontro com a global que por muitos anos apresentou o Jornal Nacional, foi incrível, confessa. “Não é todo dia que você pode ver na sua frente um dos maiores ícones do jornalismo nacional. Foi muito emocionante por causa do quanto representa pra mim enquanto jornalista e enquanto pessoa que acompanhou parte da trajetória dela durante todo meu caráter formativo”, acrescenta.

Para Bernardo Victor, “o Geração Futura é uma oportunidade de poder evoluir cada vez mais, tanto profissionalmente quanto na vida pessoal.”

O projeto Geração Futura oferece a estudantes de Comunicação Social de suas universidades parceiras e participantes de instituições do terceiro setor voltadas para o audiovisual, a oportunidade de se aproximarem da mídia televisiva, oferecendo conhecimento necessário à construção de um modelo de produção para o Canal Futura.

Possibilita que universitários e egressos(as) conheçam de perto a emissora e acompanhem a produção televisiva na prática, através de visitas aos estudos e participem de oficinas, palestras e atividades diversas ligadas ao audiovisual.




De 2014 até a atual edição de 2023, 14 alunos(as) da Uern participaram do projeto nacional na capital fluminense.

Todo ano um edital é aberto para seleção de jovens de todo o país. Depois de selecionados, os estudantes vêm até a sede do Futura no Rio de Janeiro para participar de oficinas audiovisuais. Depois de produzidas, as séries são exibidas na TV e estão disponíveis também no Futura Play.

Quando ainda era estudante de Jornalismo, Luiza Gurgel, que hoje trabalha na Uern TV, participou do Geração Futura no ano de 2020.

“Posso dizer que foi um divisor de águas na minha vida, sou outra pessoa depois dele. O Geração Futura me trouxe autoconfiança, conhecimento, união, amor, criatividade, esperança, respeito aos outros, a mim, ao processo, ainda mais a minha Universidade, a minha arte e ao meu jornalismo. É algo que nunca vou esquecer e vou contar para os meus filhos no futuro”, ressalta.

O chefe do Departamento de Comunicação Social, professor Jefferson Garrido, disse que é muito gratificante os resultados dessas participações.

Luiza Gurgel conta que o Geração Futura mudou a sua vida

“Os alunos voltam mais maduros, com mais ousadia, com mais disponibilidade de partilhar esse conhecimento com os outros. Em todas as edições, a gente tem recebido alunos que querem fomentar, querem incentivar a participação e querem, junto com esses que ainda sonham em ocupar esses espaços em grandes redes, em grandes canais, continuar a sonhar e a produzir. Ganha o Departamento, ganha a Universidade porque eles voltam cheios de conhecimento e partilham com os colegas”, conta o docente.

O professor Fabiano Morais, diretor da Uern TV, destaca que a experiência é muito importante para a formação acadêmica dos estudantes.

“Com a participação, eles aprimoram os conhecimentos práticos e permite que haja um grande intercâmbio com universitários de todo o país. É a sétima participação nossa no projeto e a cada ano renovamos a felicidade em permitir que essa juventude faça a imersão de conhecimentos no Canal Futura, nosso grande parceiro desde 2014”, destacou.

Fonte: UERN