terça-feira, 29 de março de 2022

Sete partidos poderão ficar impedidos de lançar candidaturas em 2022

 Foto: Reprodução

O Ministério Público Eleitoral pediu a suspensão de diretórios de sete  partidos no Rio Grande do Norte. A ação para suspensão das legendas ocorre devido a chamados de ações de suspensão de anotação de órgão partidário – se baseiam em irregularidades nas prestações de contas das eleições e dos exercícios financeiros entre 2018 e 2020.
 
Os partidos foram: Avante, Partido da Causa Operária (PCO), Partido da Mobilização Nacional (PMN), Partido da Mulher Brasileira (PMB), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Partido Trabalhista Cristão (PTC) e Patriota. De acordo com ação o diretório regional do Avante não prestou as contas das eleições de 2018. Já o PTB das de 2020. Já os os partidos Patriota e PMN não prestaram contas do exercício financeiro de 2018. O PCO as contas de 2019. Enquanto o PTC não prestou contas dos exercícios financeiros de 2018 e 2020. Já o PMB não cumpriu a obrigação em relação às eleições de 2020 e ao exercício financeiro de 2018.
 
Se o pedido for deferido pela Justiça, os partidos podem ficar impedidos de lançar candidaturas nas próximas eleições.

Fonte: POTIGUAR NOTÍCIAS

domingo, 20 de março de 2022

EDUCAÇÃO: UNE lança campanha em defesa da prorrogação da Lei das Cotas

 Por UNE

Campanha “Eu defendo as cotas, pela entrada e permanência na universidade” tem  objetivo de mobilizar artistas e movimentos.


A União Nacional dos Estudantes lançou na última segunda-feira (14/03) a Campanha Eu defendo as cotas, pela entrada e permanência na universidade. Com site próprio para angariar apoiadores embaixadores (defendoascotas.org.br) a entidade quer envolver outros atores sociais, artistas, movimentos sociais e educacionais para pautar a necessidade de continuidade da Lei de Cotas que faz 10 anos em 2022.


Criada no governo de Dilma Rousseff em 2012, a Lei de Cotas (12.711) tem prevista uma avaliação pelo Congresso Nacional este ano. As entidades estudantis estão se movimentando para pressionar uma análise e a reedição da ação afirmativa por tempo indeterminado. “As cotas são uma conquista histórica que mudou a cara da universidade brasileira. Temos dados que comprovam que elas são eficazes e argumentos para continuar essa retratação histórica”, afirma a presidenta da UNE, Bruna Brelaz.

“As cotas são só o começo, o berço de uma nova realidade. Reparação histórica de uma história que vem e vai longe, pra curar um país da escravidão, da opressão e da maldade. Políticas afirmativas pra que a gente possa afirmar, com os rostos da maioria, a nossa identidade”, diz trecho do manifesto da campanha.

Leia aqui o MANIFESTO. 


A iniciativa já tem o apoio da Cufa, Uneafro, Unegro, Abpn, Frente Nacional Antirracista, Estudantes Ninjas, MST, bem como os artistas Duda Beat, Seu Jorge, Daniela Mercury, Criolo e Paolla Oliveira entre outros.

Estudantes podem também mandar o seu depoimento sobre como a política afirmativa mudou suas vidas. No espaço Eu e as cotas disponível no site é possível enviar relatos. “Queremos mostrar a cara dos estudantes brasileiros que assim como eu, foram cotistas com muito orgulho e puderam mudar o seu destino e a composição da universidade brasileira”, destacou a diretora de Comunicação da UNE, Manuella da Silva.


Fonte: UNE

Adaptado pelo CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN

Correios: maior lucro em 22 anos reflete aumento da exploração do trabalho

 

●Esse lucro pode crescer mais, sem sacrificar a categoria, se o direcionamento privatista e o sucateamento impostos pelo atual governo forem substituídos por um projeto de crescimento sustentado, baseado no investimento, na valorização do trabalhador e na prestação de um serviço de grande qualidade à população!

R$ 3,7 bilhões de lucro em 2021 é recorde nos últimos 22 anos e leva a empresa a voltar a pagar dividendos ao governo depois de 8 anos. Não é pouca coisa. Principalmente se somados aos lucros dos últimos anos que ultrapassaram os R$ 6 bilhões.

Esse enorme crescimento da lucratividade salta ainda mais aos olhos quando observamos o sucateamento imposto à empresa.

Dele resulta a falta crônica de funcionários pela ausência de concurso e contratação desde 2011, os setores abarrotados de serviço, atraso nas entregas e atendimento inadequado à população, envelhecimento da estrutura física da empresa e péssimas condições de trabalho, entre outros problemas.

Mas também é verdade que a empresa está lucrando muito menos do que pode. Se tivesse com o quadro completo, com unidades bem estruturadas, com maquinário e frota em dia, esse lucro poderia ser estratosférico e o serviço prestado à população de uma excelência sem igual.

Principalmente quando se observa o aumento do comércio eletrônico, que veio para ficar, como pode ser visto nos balanços financeiros da ECT, que citam grande avanço na receita do segmento de encomendas e no segmento internacional.

Autoritarismo e destruição

Roubo de direitos dos trabalhadores, não cumprimento de protocolos na pandemia e de cláusulas do Acordo Coletivo e da legislação trabalhista, setores pequenos e abandonados, pressão e maus tratos de chefias autoritárias e incompetentes.

Essa é a realidade que a maior parte dos ecetistas enfrentam diariamente. Não é o que o país, os ecetistas e a população podem e merecem ter.

Os Correios têm tudo para ser uma potência, uma estatal extremamente lucrativa e eficiente. E com isso atender os cidadãos com enorme qualidade em todos os lugares do país, gerando lucros enormes que podem ser usados para reinvestir na própria ECT ou em outros setores, como a educação e a saúde, por exemplo.

É este Correios que queremos! É por ele que sempre lutamos!

Por uma direção progressista e um Correio forte

A atual direção oportunista dos Correios e o governo que ela representa ainda têm a cara de pau de dizer que o lucro decorre de medidas que ela tomou para melhorar a empresa. Tentam vender a ideia de que são gestores competentes, que arrumaram a casa.

Tudo mentira. O que fizeram foi impor planos de demissão voluntária e diminuir ainda mais o quadro de funcionários. Roubar direitos da categoria, tirar os pais do plano médico, aumentar a pressão nos setores e derrubar a motivação para o trabalho. Fechar unidades, aglomerar trabalhadores e deixar muitas localidades sem agências.

Combater a privatização e lutar para que os Correios tenham uma direção comprometida com a qualidade dos serviços prestados à população é uma tarefa a ser cumprida nesse caminho!

A diretoria do SINTECT-SP está nessa batalha. Fizeram um trabalho enorme e qualificado em Brasília, incentivaram a grande mobilização da categoria e envolveram a população inclusive com propaganda na TV aberta. Com isso conseguiram impedir a aprovação no Senado do projeto do governo para privatizar a empresa, o que foi uma grande vitória.

Essa luta vai continuar com a participação de todos!

Lucro dos Correios:

●R$ 667 milhões de lucro em 2017
●R$ 161 milhões de lucro em 2018
●R$ 102 milhões de lucro em 2019
●R$ 1,53 bilhão de lucro em 2020
●R$ 3,7 bilhões de lucro em 2021

Perguntar não ofende: CADÊ A PLR DA CATEGORIA QUE PRODUZIU O LUCRO?

Fonte: Sintect- SP - CTB NACIONAL

Por uma Ucrânia livre e soberana para a classe trabalhadora

No final da tarde de 17 de março dirigentes e militantes da CSP-Conlutas do Rio de Janeiro realizaram uma panfletagem com agitação na saída do Metrô, na Estação Carioca. A atividade ocorreu no calçadão da Rio Branco que fica em frente ao acesso de embarque do transporte metroviário.

Enquanto os panfletos eram distribuídos aos transeuntes os dirigentes se revezavam no microfone de uma pequena caixa de som.

Um dos indícios do êxito da atividade foi que diante da baixa potência do som, um artista de rua se identificou como ucraniano e cedeu sua caixa de som para dar sequência a atividade. Tal atitude do artista emocionou os participantes e animou a distribuição dos panfletos.

Dessa forma o recado da Central Sindical e Popular foi dado: uma exigência imperiosa da retirada das tropas da Rússia do território ucraniano; um chamado enfático ao fim da OTAN e; uma conclamação em alto e bom som do direito a autodeterminação dos trabalhadores e do povo ucraniano.

Na oportunidade a CSP-Conlutas RJ comunicou o início de uma campanha financeira em solidariedade à resistência operária ucraniana. Esclareceu que esse é um esforço integrado internacionalmente em apoio às trabalhadoras e trabalhadores da Ucrânia que estão resistindo bravamente à ocupação russa. A resistência ucraniana neste momento necessita de toda a solidariedade, por isso Central pretende enviar recursos para sustentá-la ativamente contra os ocupantes russos.

Assim, a CSP-Conlutas segue conclamando as entidades e ativistas da Central a se engajarem nessa campanha de arrecadação financeira para o “Fundo de Solidariedade a Resistência Operária na Ucrânia”, que fará parte da construção do “Comboio Internacional da Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas”, que está sendo organizado para partir em breve ao país agredido.

Fonte: CSP-CONLUTAS

sábado, 19 de março de 2022

Contag faz alerta no Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas

 Por CTB NACIONAL

Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas é celebrado anualmente no dia 16 de março e o objetivo é chamar a atenção da população para essa questão, bem como para a necessidade de ações que reduzam o impacto dessas mudanças sobre a Terra.

A principal causa do aquecimento global e das mudanças climáticas é o aumento da emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO²).

O mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) faz um alerta desesperado para a mudança de postura da humanidade. O relatório mostra que estamos em um processo irreversível de mudanças climáticas. Mesmo se parássemos de emitir CO², hoje, o planeta não se regeneraria. “A cada ano, o clima, impactado pela ação humana, tem provocado mais eventos extremos como secas e tempestades, e, no ritmo que estamos, a tendência é que a situação fique cada vez pior”, destaca o relatório.

A secretária de Meio Ambiente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares  (Contag), Sandra Paula Bonetti, destaca que a população brasileira vem pagando um preço alto pela falta de ações de combate ao desmatamento. “Desastres como o de Petrópolis (RJ) têm se tornado cada vez mais frequentes. O preço a se pagar é alto, e a moeda muitas vezes são vidas humanas. Além disso, o prejuízo econômico é incalculável e a recuperação dos municípios atingidos pelas enchentes pode demorar anos”.

Enquanto isso, algumas regiões tradicionais de produção de grãos, como o sul do Brasil, passam por uma seca jamais vista, que já se arrasta por três anos. “Os agricultores e agricultoras familiares vêm perdendo safras inteiras, enquanto outros, que produzem leite, frango e suínos, já não sabem mais onde buscar água para os animais, já que as nascentes e poços estão secando. O relatório do IPCC é um pedido desesperado para que governos e a população saia do discurso e, de fato, adote uma postura efetiva de combate às mudanças climáticas”, explicou Sandra.

A dirigente da Contag e da CTB afirmou que o Brasil tem um papel fundamental nesse processo, visto que a Floresta Amazônica possui um grande estoque de carbono na forma de floresta em pé, e o desmatamento provoca a liberação do carbono em forma de gás para atmosfera acelerando ainda mais o aquecimento global. “O governo brasileiro deveria ter como prioridade o combate ao desmatamento, mas a realidade é bem diferente”, defendeu.

O aumento da área desmatada vem crescendo exponencialmente nos últimos três anos. Os dados do instituto Imazon mostram que o aumento do desmatamento na Amazônia foi de 29% em um ano, chegando a 8.096 hectares de área desmatada em 2021, isso equivale à metade do estado de Sergipe.

Antes da publicação, o Relatório do IPCC foi revisado por cientistas de 195 países. “A preocupação é global, mas as ações são locais. Temos que fazer a nossa parte como cidadãos e cidadãs e cobrar das nossas autoridades uma ação mais efetiva. Não há mais lugar para negacionismo”, enfatizou a secretária de Meio Ambiente da Contag.

China quer a paz na Ucrânia, mas infelizmente não se pode dizer o mesmo dos EUA

 Publicado no site da CTB NACIONAL

Em uma conversa com o presidente dos EUA, Joe Biden, ontem (sexta-feira) (18), o presidente da China, Xi JinPing, afirmou que seu país defende o fim do conflito na Ucrânia e o caminho para isto é o diálogo.

Por isto, a prioridade para o líder chinês é continuar o diálogo, as negociações, evitar a morte de civis, prevenir uma crise humanitária e acabar com a guerra o mais rápido possível.

Ele sugeriu que a Otan converse com a Rússia para resolver questões por trás da crise na Ucrânia, acrescentando que estaria disposto a prover mais ajuda humanitária, de acordo com informações divulgadas pela mídia chinesa.

Paz deve ser prioridade

“O conflito e os confrontos não são de interesse de ninguém. A paz e a segurança é o que a comunidade internacional deveria priorizar”, disse Xi em nota. Ainda de acordo com o governo chinês, Xi pediu a Biden esforços para que o conflito termine o mais rápido possível.

China, um país socialista, e EUA, líder da ordem capitalista internacional, são as duas maiores potências econômicas do globo. Pequim prosperou na paz e não tem interesses na guerra. Mas não se pode dizer o mesmo de Washington, useira e vezeira na promoção de golpes e confrontos.

Parece óbvio que o chefe da Casa Branca, ao contrário dos comunistas chineses, vem jogando gasolina na fogueira do conflito, insultando o presidente da Rússia (a quem chamou de assassino e criminoso de guerra), armando e manipulando o governo ucraniano e comandando sanções draconianas, danosas à economia mundial. Está fomentando a russofobia em escala mundial e especialmente no chamado Ocidente.

Falsa e unilateral – pois faz de conta que não ocorreram crimes de guerra e pavorosas atrocidades do imperialismo americano no Japão (bomba atômica) Vietnã (armas químicas), Coreia, Iraque, Afeganistão, Síria e Líbia, entre outros países – a retórica de Biden não é de quem deseja a paz.

A verdade é que os EUA têm o comando de Kiev e as cartas para estabelecer a paz, mas carecem de interesses neste tipo de solução. Fomentam a guerra porque, em decadência histórica, nutrem a ambição de pescar nas águas turvas da crise geopolítica e recompor a hegemonia perdida. Mas tendem a recolher um resultado contrário ao pretendido. A exacerbação dos conflitos internacionais apenas realça a decadência da ordem capitalista mundial acordada em Bretton Woods e aceleram a transição para uma nova realidade geopolítica, que deve ser liderada pela China.

American President Bill Clinton laughs at Boris Yeltsin's jokes during a joint news conference in Hyde Park, New York. | Location: Hyde Park, New...
Iéltsin, produto da perestroika, destruiu a URSS e favoreceu a expansão da Otan para o leste europeu

Os EUA querem a expansão da Otan (presente hoje em 14 países do antigo bloco socialista comandado pela URSS) até os calcanhares da Rússia e isto não incomoda apenas Putin. É intolerável para o conjunto da nação, com exceção dos que têm mentalidade e espírito entreguistas. O ex-presidente Boris Iéltsin era um exemplar desta espécie, que floresceu sob a perestroika do governo Gorbachev nos anos de crise e agonia da União Soviética.

A maioria do povo, o movimento sindical e as forças sociais e políticas da Rússia apoiam a operação militar ordenada por Putin na Ucrânia e não porque querem guerra.

A paz é o anseio da maioria dos povos, incluindo russos e ucranianos, mas ela não será alcançada humilhando a Rússia e instalando no entorno daquela grande nação mísseis e bases de uma organização militar hostil, cuja razão de ser caducou com o fim da União Soviética e do Pacto de Varsóvia. A Otan sobrevive como instrumento de agressão imperialista dos EUA e seus aliados na Europa e deu claros sinais de seu sentido histórico e propósitos com os “bombardeios humanitários” que resultaram na destruição e retalhamento da Iugoslávia.

Feira multicultural Rua das Cores reúne no fim de semana artesanato, artes e gastronomia

O Projeto “Rua das Cores” está de volta. A segunda edição acontece no próximo fim de semana: sábado, 19, e domingo, 20. Começa no meio da tarde e vai esquentando na medida em que o sol esfria. Rola artesanato, literatura, artes plásticas, música e gastronomia. Uma feira multicultural pra você reunir amigos, conhecer pessoas, adquirir produtos singulares e desfrutar do melhor da nossa arte.

A instalação ocupará o trecho final da Rua Historiador Tobias Monteiro, a partir da esquina com a Lauro Medeiros, no bairro de Lagoa Nova, em Natal. O local também é conhecido como “rua das cores”, referência que deu nome ao projeto cultural. Realizada em dezembro-21, a primeira edição da feira teve boa afluência de público, e a segunda tem tudo para ser ainda melhor.
 
Programação
 
Nas artes visuais, o evento deste fim de semana contará com trabalhos de Alexandre Ribeiro e de Jennifer Katarina. Produzidas em técnica mista, serão expostas quatro telas de cada artista. Na literatura, a editora “Panelovski – Livros” estará presente comercializando seus títulos.
 
Na música, durante o sábado, a partir das 18h, o palco será ocupado Lee Araújo. Passeando por canções conhecidas da MPB e por peças autorais, o seridoense, natural de Cruzeta, pretende mostrar o poder da música em um show intitulado “LeeSons de Vida”.
 
Já no domingo, a partir das 16h, será a vez de Diana Cravo e Nelson Coelho. O duo fará releituras de músicas da MPB e de clássicos do Soft Rock, além de apresentar composições autorais no show “Certas Canções”.
 
Feira
 
Armada desde o sábado, a feira contará com estandes da Arteceria (Artesanato), Cata Livros (Livros), D’Araze (Doces Especiais), Farmácia de Deus (Produtos Naturais), Feito de Arte (Artesanato), Flor de Hibisco (Roupas), Fugere Urbem (Camisetas), Loki Discos (Discos) e Max Woman (Roupas), entre outros expositores.
 
O projeto “Rua das Cores” conta com os patrocínios da Unimed-Natal e da Prefeitura do Natal, viabilizados por intermédio do Programa “Djalma Maranhão” de Incentivo à Cultura, além de receber apoio decisivo do Restaurante Mormaço. 
 
SERVIÇO
 
O quê?
 
Rua das Cores – Feira Multicultural com patrocínio da Unimed-Natal e da Prefeitura do Natal
 
Onde?
 
Rua Historiador Tobias Monteiro, esquina com Lauro Medeiros, em Lagoa Nova.
 
Quando?
 
19 e 20 de março, das 15 às 22 horas.

Fonte: POTIGUAR NOTÍCIAS

sexta-feira, 18 de março de 2022

Ipespe: alta da inflação assusta Bolsonaro

 Por Altamiro Borges

A pesquisa Ipespe divulgada na sexta-feira dia 11 não trouxe nada de novo sobre a corrida presidencial. Os bolsonaristas até fizeram onda com a pequena melhora do “capetão” na disputa com Lula – de dois pontos, na margem de erro. No fundo, porém, o comando do Palácio do Planalto deve ter ficado bem preocupado com o resultado da sondagem.

A nova pesquisa apontou que 72% da população acredita que os preços dos produtos continuarão subindo nos próximos meses. Na sondagem anterior, 63% apostavam nessa péssima hipótese. Os que acreditam que a inflação subirá muito foi de 21% para 27% em um mês. Tirando as fake news e encenações, esses números causam pesadelos em Jair Bolsonaro.

E eles poderiam ser ainda piores. A sondagem do Ipespe foi feita antes da Petrobras anunciar o novo aumento nos preços da gasolina (18,7%), do diesel (24,9%) e do gás de cozinha (16%) nas distribuidoras. No mesmo dia da pesquisa, o IBGE divulgou que o IPCA, o índice oficial da inflação, subiu 10,54% nos últimos 12 meses – um recorde nos últimos anos.

Dois assuntos tiram o sono do presidente

Como observa o jornalista Leonardo Sakamoto no site UOL, “a inflação corrói o poder de compra dos trabalhadores, que já estão amargando uma queda de 11% em sua renda média, e reduz o impacto dos R$ 400 pagos do Auxílio Brasil – a recauchutagem bolsonarista do Bolsa Família”. Essa tormenta deverá se refletir nas próximas pesquisas.

“A pesquisa Ipespe trouxe boas e más notícias para o presidente Bolsonaro. Se por um lado continuam melhorando, lentamente, suas intenções de voto, reduzindo a vantagem do ex-presidente Lula e mantendo a terceira via estagnada, por outro vê a população pessimista quanto à alta da inflação”. Nada está definido para a batalha de outubro próximo.

No mesmo rumo e agregando um elemento político, o escritor Cesar Calejon afirma que “atualmente, há dois assuntos que tiram o sono do presidente Jair Bolsonaro no que diz respeito à sua busca pela reeleição: o preço dos combustíveis e a união entre Lula e Alckmin”.

“Com a estabilização da pandemia, Bolsonaro apostava em uma retomada econômica rápida que fosse capaz de lhe oferecer a reconquista de parte do capital político perdido ao longo dos últimos anos, bem como também torcia para que Alckmin e Lula jamais se acertassem. Ao que tudo indica, os piores temores do presidente da República vêm se consolidando e os ventos incertos da política parecem não soprar a favor do bolsonarismo nesse momento”. A conferir!

Fonte: CTB NACIONAL

Os preços proibitivos dos combustíveis

Dr. EVANDRO BORGES - ADVOGADO

Os preços dos combustíveis atingiram as alturas e no continuar da guerra entre a Rússia e Ucrânia poderá haver uma disparada maior, e no pais com uma política que corresponde aos interesses de investidores, na maior parte de norte-americanos, com verdadeiro desmonte da Petrobras, quando o Brasil é dependente do modal rodoviário para transporte de passageiros e de cargas, constitui uma política que não atende aos interesses nacionais.  

Da descoberta do pré-sal com a constituição do fundo soberano, inclusive com recursos para a educação, mas a queda de Dilma e subida a Presidência de Michael Temer começou todo um processo de desmobilização de Refinarias, compra de derivados de petróleo, privatizações e acompanhamento dos preços internacionais levou a este sufoco ao país, com aumento inflacionário e pressão salarial sobretudo nas camadas médias da população.

A política iniciada por Michael Temer foi dado continuidade pelo atual governo federal, e quando pressionado, sai pela tangente colocando a culpa nos governadores em face dos impostos estaduais ou então no retrovisor da administrações passadas, todavia, em nenhum momento coloca o dedo na questão fundamental, a política para os preços dos combustíveis adotada pela Petrobras, mesmo que seja contrário aos interesses nacionais.

A Petrobras contínua uma das maiores empresas do segmento na esfera internacional, que poderia estar equilibrando a economia brasileira em todos os seus condicionantes, no entanto, não se fala em mudar a política dos preços de combustíveis, como se não houvesse dependência com o transporte rodoviário, como se não estivesse colocando em risco o equilíbrio histórico proporcionado pelo plano real, iniciado no governo Itamar Franco e dado sequência nos demais governos. 

No país o transporte de massa é de uma fragilidade a toda prova, sem os grandes centros contar com um modal ferroviário adequado, que de fato atendesse a demanda, ficando no transporte de ônibus e vans, com frotas envelhecidas e no horários de maior fluxo transportando os cidadãos de maneira superlotada, fora da dignidade humana e agora diante do aumento do diesel pressionando para aumentar as tarifas, que a população assalariada e subempregada não tem condições de pagar.

Está situação não pode perdurar, o Congresso não pode aprovar um projeto de lei para favorecer uma situação, apenas de longo prazo, e sim, mesmo em um período eleitoral, deixando as diferenças de lado e de forma republicana, buscar com a participação do governo uma solução que seja para breve, pois as camadas médias e assalariadas não suportarão aumentos sucessivos de preços, com a possibilidade de estragos na economia de forma irreparável, depois de toda a crise decorrente da pandemia, que diga de passagem, ainda não acabou e contínua vitimando de morte uma multidão de pessoas, conforme os noticiários correntes.

A política de preços dos combustíveis e soluções paliativas, deixando de assumir quem de fato tem responsabilidade para procurar uma saída dentro dos interesses nacionais, que de fato beneficie a população e a economia como um todo, não permitindo a subida dos preços com efeito cascata, parando o giro inflacionado, constitui uma questão de compromisso com os interesses nacionais e de rigorosidade ética, que  o atual momento conjuntural exige.


segunda-feira, 14 de março de 2022

Bolsonaristas resgatam Adélio para esconder os 4 anos da morte de Marielle

Adelio Bispo e Marielle Franco (Foto: Reuters | Mídia Ninja),

"O bolsonarismo tenta roubar o protagonismo de uma mulher negra, LGBTQIA+, de origem pobre", escreve Leo nardo Sakamoto

247 - "Para tentar encobrir a repercussão dos quatro anos de impunidade da execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, nesta segunda (14), as redes sociais e aplicativos de mensagens bolsonaristas estão bombando o nome de Adélio Bispo - responsável pelo atentado contra o então candidato Jair Bolsonaro em setembro de 2018. O nome dele chegou a ser um dos assuntos mais tuitados nesta manhã, inclusive sendo postado como resposta a publicações cobrando solução para o caso de Marielle, sem rivalizar, contudo, com o nome da vereadora", escreve Leonardo Sakamoto, em sua coluna no portal UOL.

"O caso de Marielle segue em aberto. Os ex-policiais Ronnie Lessa, vizinho do presidente da República, e Élcio de Queiroz foram presos acusados de serem os executores e aguardam julgamento. Cinco delegados já estiveram à frente da investigação mas, até agora, os mandantes não foram apresentados, nem o porquê. Suspeita-se do envolvimento de milícias e de políticos.  Já o caso de Bolsonaro foi resolvido pela própria Polícia Federal que investigou e apontou Adélio Bispo como alguém com transtornos mentais que planejou e esfaqueou Jair em um ato solitário. Por decisão da Justiça, ele está internado por tempo indeterminado.", diz Sakamoto.

O jornalista acrescenta que "como os fatos apurados pela PF não são interessantes ao bolsonarismo, que insiste em um complô, o presidente, seus familiares e apoiadores têm espalhado uma teoria da conspiração sem fundamentos de que houve uma trama de esquerda para executá-lo - teoria que vem sendo repetidamente resgatada neste ano eleitoral". 

Fonte: BRASIL 247

DECLARAÇÃO ABSURDA! E AGORA GENERAL? BOLSONARO PASSA DOS LIMITES E REVOL...


Fonte: https://nogueirajr.blogspot.com/2022/03/declaracao-absurda-e-agora-general.html

Russofobia: a história se repete em momentos de crise

 

Filarmônica de Cardiff substituiu programa do próximo concerto retirando peça '1812 Overture', de Tchaikovsky, chamando-a de "inapropriado desta vez" - Reprodução

Boicotes culturais, agressões e discriminações a cidadãos comuns fazem parte do cenário que vem a reboque da guerra

o registradas cenas que remetem a um sentimento anti-Rússia que vai muito além da rejeição a autoridades governamentais, atingindo os cidadãos comuns, imigrantes, ícones culturais e a própria história russa. As ações vão desde boicotes a estabelecimentos que estejam associados ao país até a exclusão de artistas de espetáculos e eventos, passando por constrangimentos de todo tipo.

Matéria do site EuroNews publicada nesta quarta-feira (9) relata atos de vandalismo contra igrejas ortodoxas e o centro cultural russo de Paris. Em Dublin, capital da Irlanda, um homem avançou com um caminhão contra os portões da embaixada russa na segunda-feira (7), sem deixar feridos.

Na semana passada, a rede de hotéis Pytloun, na República Tcheca, anunciou que deixaria de hospedar pessoas da Rússia e da Bielorrússia devido à guerra na Ucrânia. No mesmo país, um professor da Universidade de Economia de Praga chegou a postar em rede social uma convocação para um boicote a estudantes russos em escolas tchecas. Depois, Martin Dlouhý apagou a publicação afirmando que havia “ficado com raiva” com as ações da Rússia.

Em Bruxelas, na Bélgica, universitários russos “não podem mais solicitar apoio financeiro” para seus estudos após o ministro da Educação flamengo Ben Weyts ter excluído o país do programa de bolsas de estudos Mastermind, a pedido de seu colega ucraniano Serhiy Shkarlet, nesta semana.

No mundo das artes, o preconceito também flui livremente. A Filarmônica de Cardiff, do País de Gales, substituiu o programa de seu próximo concerto retirando a peça ‘1812 Overture’, de Tchaikovsky, chamando-a de “inapropriada desta vez”. Um pianista russo de 20 anos, Alexander Malofeev, que estava pronto para se apresentar com a Orquestra Sinfônica de Montreal, teve sua apresentação cancelada, mesmo se opondo à guerra na Ucrânia. 

Na segunda-feira (7), o músico afirmou em uma rede social que estava triste com o “ódio indo em todas as direções, na Rússia e em todo o mundo”, e que “ainda acredita que a cultura e a música russa especificamente não devem ser manchadas pela tragédia em curso”. Ele também afirmou que tinha sido instado a fazer mais declarações antiguerra, mas estava “muito desconfortável” e preocupado em relação a como isso poderia afetar sua família que vive na Rússia.

A russofobia generalizada

Em artigo publicado na Current Affairs, o editor da publicação e ex-colunista político do Guardian Nathan J. Robinson pontua que “julgar alguém pelo país em que nasceu ao invés da posição que assume na guerra é intolerância nacionalista”. “Prejudicar a carreira de um pianista de 20 anos, embora ele tenha condenado a guerra, é sem sentido. Temos que ter cuidado com atos de culpa e punição coletivas, porque muitas vezes são cruéis e injustificados”, diz.

“Há uma tese por trás da punição aos russos comuns pelos crimes de Vladimir Putin, que é que ela vai ‘pressionar’ para acabar com a guerra. Mas enquanto algumas ações (como o congelamento de ativos do Banco Central russo) visam diretamente o Estado russo, outras respostas têm uma conexão muito menos óbvia com o objetivo, e podem parecer operar na suposição questionável de que estigmatizar ser russo seja uma maneira eficaz de alterar as decisões de Vladimir Putin”, adverte.

Ao lembrar de casos de normalização da russofobia, como o do ícone do hóquei da NHL estadunidense Dominik Hasek, que pediu à liga suspensão imediata dos jogadores russos e que os mesmos doassem todos os seus ganhos desde o início da guerra a programas de ajuda humanitária, a jornalista radicada na República Tcheca Bradley Blankenship, no Global Times, destaca que “há certamente outros países que estão vendo as mesmas coisas”.

“Tudo isso vai muito além das medidas punitivas contra o Estado russo e é uma guerra generalizada contra o povo russo”, diz. “Mas esse tipo de comportamento é perigoso. É perigoso para pessoas normais que vivem nesses países e não têm nada a ver com as decisões tomadas pelo governo russo. Também é perigoso porque leva à amplificação de ações radicais. Esse comportamento corrói os direitos civis e a democracia nesses países de maneiras óbvias, criando claras contradições através do excepcionalismo.”

Vodcas russas no chão

A editora do Boston Globe Renée Graham lista em artigo alguns casos em que cidadãos da Rússia foram alvo de ofensas e manifestações xenofóbicas nos Estados Unidos. Daniel Mataiev, gerente do Café São Petersburgo na cidade de Newton, em Boston, disse que o estabelecimento recebeu ligações em que foram ditas “coisas horríveis” sobre os russos. O restaurante tem também ucranianos entre seus funcionários. A Escola Russa de Matemática, um programa pós-escola que opera em 15 localidades da Grande Boston, divulgou uma declaração em seu site para dizer “que, independentemente de seu país de origem, ninguém é responsável por esta guerra além de Putin e seu regime”.

Russian Tea Room (em tradução livre, “Sala de Chá Russa”), icônico restaurante novaiorquino que não é de propriedade de russos, apesar do nome, vem sofrendo queda acentuada em sua clientela desde o início da ofensiva de Putin na Ucrânia. Estadunidenses derrubaram vodcas russas nas ruas em “protesto” em diversas cidades do país.

No meio político também há manifestações nada construtivas. O deputado democrata da Califórnia Eric Swalwell defendeu na semana passada, na CNN, que se discutisse a extradição de estudantes da Rússia. “Francamente, eu acho… expulsar todos os estudantes russos dos Estados Unidos”, disse , deveria “estar na mesa”. O também deputado democrata Ruben Gallego, do Arizona, o apoiou, tuitando: “Esses estudantes russos são filhos e filhas dos russos mais ricos. Uma mensagem forte pode ser enviada enviando-os para casa.” Cerca de 5 mil estudantes vindos da Rússia estudavam em universidades estadunidenses em 2021, de acordo com o Instituto de Educação Internacional. 

Ondas de preconceito recorrentes

Renné aponta que “ser russo não é sinônimo de apoiar um presidente autocrático”. “Na história americana, pessoas inocentes muitas vezes se tornaram bodes expiatórios para as decisões imorais dos tiranos. Com a guerra de Putin contra a Ucrânia, não finja que não pode acontecer novamente”, adverte, destacando outros episódios em que diversas nacionalidades foram alvo de discriminação em diversos países, em especial nos Estados Unidos, como os chineses, durante a pandemia de covid-19, ou mesmo a islamofobia estimulada após os ataques terroristas do 11 de Setembro.

“O sentimento antimuçulmano e a violência aumentaram após os ataques de 11 de setembro de 2001. Manifestantes islamofóbicos frustraram os planos de construção de mesquitas e centros comunitários, enquanto casas de culto muçulmanas foram desfiguradas e vandalizadas”, lembra. “Desde o início da pandemia de covid-19, os crimes de ódio contra asiáticos, asiático-americanos e habitantes das ilhas do Pacífico aumentaram. Depois que a China se tornou a primeira nação a identificar o vírus, Chinatowns, inclusive em Boston, sofreram o peso da raiva e do medo irracionais que fizeram com que seus negócios lutassem semanas antes de o país entrar em confinamento.”

Os números demonstram a realidade que Renné aponta. Entre março de 2020 e dezembro de 2021, um total de 10.905 incidentes de ódio contra pessoas asiáticas americanas e das Ilhas do Pacífico (AAPI) foram relatados à entidade Stop AAPI Hate. As violações dos direitos civis como, por exemplo, discriminação no local de trabalho, recusa de serviço, ser barrado em transporte e discriminação relacionada à moradia, representaram 11,5% do total de incidentes.

“Sem dúvida, as repercussões sempre são mais profundas para as comunidades não brancas”, lembra a jornalista. “Meses após o bombardeio de Pearl Harbor pelo Japão em 1941, mais de 120 mil nipo-americanos foram removidos à força de suas casas e enviados para campos de internação onde permaneceram durante a guerra. Nada mais do que sua etnia os tornava suspeitos. Algo que expôs de forma singular o que a cidadania americana realmente significa para quem não é branco.”

*Via RBA