Cortes no orçamento e investimento das instituições de ensino públicas geram insegurança na comunidade acadêmica.
A FASUBRA Sindical convoca todos as entidades sindicais filiadas representantes dos trabalhadores técnico-administrativos em educação a paralisar as atividades no Dia Nacional de Luta em defesa das instituições de ensino públicas, e por abertura de negociações, 02 de agosto. Também será desenvolvida pressão sobre os parlamentares nos aeroportos em 01 de agosto, como parte do processo de pressão e de construção de manifestações que se desenvolverão em 02 de agosto.
Em conformidade com as estratégias definidas pela categoria em nossa última plenária, a Direção Nacional da Fasubra antecipou em 1 dia a data aprovada na Plenária Nacional realizada em julho. As manifestações e a paralisação somam com a pressão sobre o Congresso Nacional, no dia da apreciação pelo Plenário da Câmara de novas denúncias contra Temer, formuladas pela Procuradoria Geral da República (PGR), que podem resultar no afastamento de Temer da presidência.
A data será marcada por paralisações em todo o país. A FASUBRA orienta aos sindicatos que mobilizem a Categoria, realizando ações nas reitorias, para pressionar a administração superior em defesa das instituições e por negociação.
A Federação tem denunciado o corte orçamentário praticado pelo atual governo e o sucateamento das instituições de ensino públicas. A medida agravada pela sanção da Emenda Constitucional (EC) nº 95 de 2016, que reduz o investimento em políticas públicas pelos próximos 20 anos, inviabiliza o funcionamento das universidades.
Os cortes no orçamento e investimento geram insegurança na comunidade acadêmica. Em 2017 o custeio das universidades foi reduzido significativamente, comprometendo a expansão, consolidação e funcionamento das IFES, segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
O contingenciamento para custeio das universidades foi de 30%, para manter serviços essenciais como a limpeza e segurança, ocasionando a demissão de trabalhadores terceirizados. O aumento de casos de estupro nos campi também preocupa trabalhadores e estudantes.
A falta de pagamento de contas de energia e água, sucateamento dos hospitais universitários devido a falta de materiais, medicamentos, leitos e quadro de pessoal, são problemas sérios, sem previsão de solução por parte do governo.
Em audiência pública no dia 13 de julho, na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, FASUBRA, Andifes e CONIF apresentaram dados alarmantes, que colocam em risco o funcionamento das instituições federais de ensino público. De acordo com a Federação, os recursos para o ensino privado permanecem em detrimento do contingenciamento do ensino público.
Diante das tentativas de abertura de diálogo pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), a qual a FASUBRA participa, o governo tem se calado . A pauta da Campanha Salarial para 2018, protocolada em fevereiro no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) continua sem resposta, mesmo diante de vários ofícios enviados solicitando abertura de negociação.
Em 37 anos de existência da FASUBRA Sindical, somente a luta levou à conquista por melhores condições de trabalho, salário, reconhecimento dos trabalhadores técnico-administrativos em educação, reconhecidos internacionalmente. “Isso é conquista da Categoria, e hoje não é diferente. A luta em conjunto com as demais entidades do serviço público por uma educação pública, gratuita, de qualidade, socialmente referenciada e por salários dignos é necessária” .
Em defesa das instituições de ensino públicas!
Por abertura de negociações, já!
Fora Temer!
Direção Nacional FASUBRA Sindical
Nenhum comentário:
Postar um comentário