sexta-feira, 4 de maio de 2018

Os desafios da mobilidade através do transporte de ônibus.

Evandro Borges

Advogado
O transporte público de massas através de ônibus está ficando cada vez mais inviável, de pouca qualidade, não dando resposta as necessidades, e caro para população, sempre remediado com um salário aviltante e boa parte de desempregados ou trabalhando na informalidade, colocados na linha da pobreza, já identificada em pesquisas do Banco Mundial com muita divulgação nas mídias.
 
A mobilidade através do transporte de massa da Região Metropolitana de Natal é ruim, com cerca de duzentos ônibus precisando ser renovado, um número estarrecedor, conforme informações veiculadas na mídia por Nilson Queiroga, consultor do Sindicato das Empresas de Transportes, e com queda de passageiros usuários de transporte chegando a índices de 18,5%,, que passaram a optar por outros meios, como as vans, também, em face da crise e da elevada tarifa praticada.
 
As deficiências são conhecidas, ônibus precisando ser renovados, paradas sem abrigos adequados, segurança falha, falta de pontualidade, trajetos morosos, na hora do pico, superlotação, linhas com poucos veículos, tarifas caras para os salários da maioria dos usuários, falta de integração entre linhas, e completa inexistência de integração nas cidades da Região Metropolitana de Natal.
 
É um verdadeiro desafio e o  Sindicato patronal já oficiou um pedido de aumento de tarifa de R$ 3,35 atuais para R$ 3,75, estando sendo averiguado os itens que pesa na formação da tarifa, sendo um deles, o óleo diesel, que vem aumentando continuamente, após a política de preços adotados para combustíveis pelo Governo Federal, estando em compasso de espera em face da negociação do piso profissional dos motoristas e cobradores.
 
Os gestores públicos do Município de Natal, não conseguem dar uma resposta à altura do problema, que afeta diretamente a população trabalhadora, haja vista, o preço diminuto dos trens urbanos, inclusive o VLT, que atinge uma tarifa subsidiada de R$ 0,50 , todavia, transporte ainda, completamente insuficiente para a mobilidade da Região Metropolitana de Natal. 
 
A população da Região Metropolitana de Natal está estimada pelo IBGE em mais de um milhão e meio, com um PIB em torno de cinquenta por cento do Estado, sendo a capital, a porta de entrada do turismo, enseja um transporte de melhor qualidade, que atenda a população usuária, e consiga ter uma mobilidade com eficiência, refletindo o interesse público posto para todos os segmentos econômicos e sociais.
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O próximo gestor público eleito do Estado precisará trazer para se este desafio, utilizando os mecanismos existentes na lei, convocando o conselho gestor da Região Metropolitano, tentando interagir os diversos interesses, utilizar os instrumentos legais de consórcio e parcerias, para buscar soluções planejadas e do pleno conhecimento de toda sociedade.
 

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