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A defesa do ex-presidente
Lula tenta ter acesso a documentos que relatam uma "colaboração
informal" da Lava Jato com os Estados.
O advogado Cristiano Zanin, responsável pela defesa do ex-presidente Lula na Lava Jato, criticou neste sábado (9) a condução do Ministério da Defesa por parte do ex-ministro e ex-juiz federal Sérgio Moro.
Segundo Zanin, Moro negou informações sobre documentos de uma colaboração internacional informal entre a Justiça Federal de Curitiba e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos na operação Lava Jato. O acordo teria ajudado a prender o ex-presidente.
“Dois dias antes de deixar o governo o Ministério de Moro negou informações sobre a cooperação de autoridades norte-americanas com a Lava Jato, que provamos ser ilegal. O Estado brasileiro deve tratar o assunto com transparência e sem intervenções indevidas”, escreveu Zanin no Twitter.
Segundo reportagem de Wálter Nunes da Folha de São Paulo, a defesa de Lula tenta desde o dia 16 de março ter acesso a tais documentos. Os advogados citam uma declaração de Kenneth Blanco, vice-procurador-geral adjunto do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que fala em uma relação com a Lava Jato de Curitiba.
Os estadunidenses teria auxiliado até mesmo “na coleta de provas e na construção do caso”, segundo fala de Blanco destacada pela defesa do ex-presidente.
Zanin enxerga a colaboração como ilegal e alega que é direito da defesa ter acesso a tais documentos. “Já conseguimos provar que houve uma cooperação de autoridades norte-americanas com a Lava Jato no caso do ex-presidente Lula que não está documentada nos processos e que, portanto, é ilegal. O que buscamos agora é descobrir exatamente qual foi essa cooperação e todos que participaram dessa ilegalidade”, disse.
Fonte: Revista Fórum
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