quinta-feira, 7 de maio de 2020

Coronavírus: inércia política aumenta número de mortes, indica estudo

Intervenções drásticas (como a imposição de isolamento rigoroso) até 25 dias depois da primeira morte confirmada é capaz de impedir até 80% de novas mortes por coronavírus em um país, aponta estudo.


Agir rapidamente é um fator crucial para impedir mortes na pandemia de covid-19. 


A afirmação pode parecer óbvia, mas, a julgar pelos ritmos diferentes das diversas diretrizes adotadas por países impactados pelo novo coronavírus, não é.

A velocidade de ação das autoridades é fundamental no combate ao novo coronavírus.

Foi o que constataram acadêmicos de três universidades federais brasileiras (UFPR, no Paraná; UFS, de Sergipe; e UFPE, de Pernambuco).

Intervenções drásticas (como a imposição de isolamento rigoroso) até 25 dias depois da primeira morte confirmada foram capazes de impedir até 80% de novas mortes em um país. Se a decisão demora 35 dias, a eficiência cai para 50%.

Já com intervenções brandas (como o isolamento apenas de casos suspeitos) até 35 dias, a probabilidade de prevenir novas mortes é de apenas 10%. Em outras palavras, quanto mais um governo demora para agir, maior é o número de óbitos.

Liderado pelo físico Giovani Vasconcelos, do Departamento de Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os estudos foram pré-publicados na nota técnica Combate ao Coronavírus, no site medRvix e na biblioteca eletrônica Scielo.

A partir de análise de dados estatísticos, os autores traçaram um modelo matemático para medir o impacto da omissão (falta de intervenções e políticas públicas) na escala de mortes. "Governos devem agir logo, pois a 'janela' de oportunidade para conter o avanço do vírus é muito estreita. Não dá para esperar", diz Vasconcelos.

Uma das publicações focou no caso "fora da curva" da Alemanha, que registrou uma taxa de mortalidade muito menor que as de vizinhos europeus como Itália e França.

Além de Vasconcelos, os estudos são assinados por Gerson Duarte-Filho e Francisco Almeida (UFS), Antônio Macêdo e Raydonal Ospina (UFPE), Inês Souza (3Hippos Consultoria de Dados) e, no caso alemão, Christian Holm, da Universidade de Stuttgart.

A pedido da BBC News Brasil, os autores aplicaram o modelo matemático para analisar casos na Ásia, na Europa e nas Américas — entre eles, China (primeiro epicentro de covid-19), Coreia do Sul, Japão, Alemanha, Reino Unido, Suécia, Suíça, Brasil e Estados Unidos (atual epicentro).


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Fonte: http://nogueirajr.blogspot.com/

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