Foto: correiobraziliense.com.br
Em um discurso na Praça de São Pedro, no Vaticano, neste domingo (17), o papa Francisco falou sobre a guerra no Leste Europeu, que já se estende por quase dois meses. Na exposição, que contou com a presença de mais de 50 mil pessoas, o sumo pontífice clamou aos líderes mundiais que estabeleçam um diálogo visando a paz, mas também criticou indiretamente a Rússia por fomentar um conflito “cruel e sem sentido”.
Comparando a situação dos civis ucranianos com o martírio dos apóstolos de Jesus Cristo, o papa Francisco ressaltou a violência suscitada e a angústia generalizada que os bombardeios provocam. “Nossos olhos também estão incrédulos nesta Páscoa de guerra. Temos visto muito sangue, muita violência. Nossos corações também estão cheios de medo e angústia, pois muitos de nossos irmãos e irmãs tiveram que se trancar para estarem a salvo de bombardeios”, salientou.
Rejeitando o discurso do Kremlin, que classificou o confronto como uma “operação militar especial”, o pontífice promoveu uma crítica implícita ao governo de Vladimir Putin, denominando a presença das tropas russas em solo ucraniano como “ invasão” e “agressão”. “Que haja uma decisão pela paz. Que haja um fim à tensão dos músculos enquanto as pessoas sofrem”, enfatizou Francisco, agradecendo a todos que acolheram os refugiados da Ucrânia.
No que concerne ao seu posicionamento crítico em relação às ações de Vladimir Putin, no início do mês, o papa já havia criticado o presidente russo, sugerindo, a partir da invasão à nação vizinha, uma possível política imperialista adotada por ele. “Um ‘potentado’ estava fomentando o conflito por interesses nacionalistas”, disse.
Fonte: POTIGUAR NOTÍCIAS
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