sábado, 30 de abril de 2022

O novo e sofisticado macarthismo, por Chris Hedges - Por WALTER SORRENTINO

 ‘A oclusão dos críticos em uma sociedade decadente é equivalente a desligar o oxigênio de um paciente seriamente doente’, diz o jornalista Chris Hedges

A classe dominante nos EUA – constituída pelas elites tradicionais que mandam no Partido Republicano e no Partido Democrata – está empregando formas draconianas de censura sobre os seus críticos de direita e de esquerda, num esforço desesperado de se agarrar ao poder. As elites tradicionais foram desacreditadas por forçar uma série de ataques aos trabalhadores, desde a desindustrialização até os acordos comerciais. Eles foram incapazes de sustar a inflação ascendente, a iminente crise econômica e a emergência ecológica. Eles foram incapazes de realizar reformas sociais e políticas significativas para melhorar o sofrimento abrangente e se recusaram a assumir a responsabilidade por duas décadas de fiascos militares no Oriente Médio. E agora eles lançaram um novo e sofisticado Macarthismo. Assassinato de caráter. Algoritmos. Ocultamentos de sombras. Desplataformização.

Continue lendo 

“O prato do brasileiro está vazio e não vamos nos calar!”, ecoou o PROIFES-Federação no Fórum Social - "VALE A PENA LÊ DE NOVO!"

Fome não é Fake

 A fome que assola a população do Brasil foi o tema central da programação do PROIFES-Federação no Fórum Social das Resistências. O evento está sendo realizado na cidade de Porto Alegre/RS e segue até amanhã, 30. As atividades da Federação ficaram concentradas na última quarta-feira (27). Durante todo o dia, professores e professoras dos sindicatos federados debateram e alertaram a sociedade gaúcha sobre a situação de insegurança alimentar e nutricional enfrentada por 55% dos brasileiros, de acordo com dados de 2021. O ADURN-Sindicato participou da programação. 

Durante a manhã, a roda de conversa "Fome não é fake – Direitos Humanos negligenciados no Brasil pós-golpe” partiu do tema central da atividade para debater de forma mais ampla a defesa da Democracia e dos direitos fundamentais assegurados pela Constituição Federal de 1988. Conduzida pelo presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, e pelas professoras Maria Elizabeth da Silva (APUB-Sindicato) e Sônia Ogiba (ADUFRGS-Sindical), a discussão também abordou a forma como o avanço da ideia de Estado Mínimo vai conflitando e desfinanciando programas sociais, que cumprem com a promessa constitucional de garantia desses direitos.

Para Negrão, o desfinanciamento de programas sociais confronta principalmente os artigos 3 e 6 da Constituição – são eles que versam sobre os objetivos do Estado Democrático e os direitos sociais a serem defendidos por todo cidadão brasileiro. “É elementar e fundamental trazer o debate porque quando defendemos direitos sociais defendemos a Constituição. São elementos que atravessam o cotidiano da sociedade como um todo. São elementos do Estado Democrático de Direito”, explicou. Oswaldo salientou que, se estes princípios fundamentais fossem levados com maior seriedade, a Emenda Constitucional 95, que determina o teto dos gastos, não teria avançado.

Levando em consideração que as pessoas mais afetadas pela negação desses direitos são aquelas que já se encontram em situação de vulnerabilidade, Sônia Ogiba destacou: “temos uma herança cultural histórica aliada a um abuso institucional que abrange vítimas cujo perfil coincide com as populações já brutalizadas pela ordem social”.

Dentro desses grupos mencionados por Sônia estão as mulheres, principalmente as pretas e pardas. Foi o que reforçou Maria Elizabeth. Ela acredita que um dos meios de começar a resolver essa problemática é a defesa intransigente da inclusão por vias institucionais. “A violência da fome desemboca nas mulheres. Precisamos substituir a bíblia pela Constituição para combater o obscurantismo. Andar com a Constituição embaixo do braço”, ressaltou.

Foi unânime a posição dos integrantes da mesa de que é necessário ao movimento sindical reconhecer suas falhas e incluir estas e outras discussões em sua pauta. “O sindicalismo contemporâneo também precisa se preocupar com os fatores mais abrangentes da nossa sociedade. Nós que somos sindicatos da Educação precisamos construir universidades e institutos federais que permitam aos estudantes discutirem esses temas, e os formem para a Democracia”, declarou Ogiba.

Negrão enxerga na Educação o potencial transformador necessário para o enfrentamento do desmonte do Estado Democrático e também para a reconstrução da sociedade. “Precisamos falar sobre essa sociedade com estratégias que não nos diminuam. Enfrentar a violência com outras estratégias; enfrentar a brutalidade com amorosidade, reconhecendo nossas potencialidades e individualidades como sujeitos de direitos”, defendeu. Para ele, este é um dos meios de fortalecer a Federação.

Para Silva, a discussão deste tema dentro do Fórum Social das Resistências levada pelo PROIFES dá um novo norte para futuras construções. “Daqui sai uma nova proposta de um sindicato que reconheça as necessidades do coletivo sindical com suas especificidades”, concluiu.

A roda de conversa foi transmitida na página do Facebook do PROIFES-Federação, assista aqui.

Nossa Senhora da Fome

Trinta reais, este era o preço marcado no saco de ossos exposto durante a intervenção artística  “Nossa Senhora da Fome”, feita na tarde da quarta-feira (27), no Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Municipal de Porto Alegre/RS. Antes descartado pelos comerciantes, hoje, no Brasil de Bolsonaro, até os ossos custam caro para a população. O estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, realizado em 2021, aponta que já são quase 20 milhões de brasileiros e brasileiras que passam 24 horas ou mais sem ter o que comer.

Trajando um véu com as diversas mazelas que assolam o Brasil e causam a fome, como a privatização, o golpe, o agronegócio e a ganância, a imagem esquelética da Nossa Senhora da Fome segurando um bebê, chocou os transeuntes. Para contextualizar a intervenção, professores e professoras dos sindicatos federados ao PROIFES seguravam uma faixa contendo a frase: “A fome não é fake! O prato do brasileiro está vazio. Não iremos nos calar!”, além disso, foram distribuídos panfletos informativos sobre o assunto.

Idealizada pelo Grupo de Trabalho (GT) Direitos Humanos, esta é a segunda vez que a Federação realiza a performance. A primeira aconteceu durante a Semana de Direitos Humanos, no último mês de  dezembro, e percorreu as principais ruas de Brasília, Distrito Federal. Veja mais fotos da participação do PROIFES-Federação no Fórum Social das Resistências aqui.

Fonte: POTIGUAR NOTÍCIAS

Com Lula, centrais sindicais promovem 1º de Maio histórico

Neste domingo, em São Paulo e em todo o Brasil, trabalhadores, movimentos sociais e lideranças políticas vão às ruas por desenvolvimento, emprego, salário e direitos.

O presidente Lula participa do ato de 1º de Maio promovido pelas Centrais Sindicais, em São Paulo, neste domingo, na Praça Charles Miller, no bairro Pacaembu.  O ato é organizado pelas centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública Central do Servidor. As manifestações também ocorrerão em todas as regiões do país (veja o mapa abaixo).

O evento também reunirá lideranças dos movimentos sociais, instituições, parlamentares, partidos políticos, sociedade civil e organizações internacionais. Haverá, ainda cinco shows com artistas e ativistas.  A TvPT e a Rádio PT transmitirão o evento.

A mobilização em São Paulo começa às 10h com atrações artísticas. Às 13h, está previsto o ato político e inter-religioso com lideranças da CUT e demais centrais e de movimentos sociais, além de personalidades do meio político, acadêmico e artístico.

Após às 15h, no palco estarão Daniela Mercury, Leci Brandão, Francisco El Hombre e Dj KL Jay com shows especiais. Durante todo o dia, tanto nas intervenções políticas como nas artísticas, a mensagem para o trabalhador será de conscientização.

Veja a programação em São Paulo

1º de Maio Unitário Nacional das Centrais Sindicais, em São Paulo

  • A partir das 10h
  • Praça Charles Miller, s/nº, Pacaembu | São Paulo-SP
  • Shows de Daniela Mercury, Francisco El Hombre, Leci Brandão, Dexter, DJ KL Jayj
  • Organização das Centrais Sindicas
  • Transmissão – Rede TVT (ao vivo na tv e no youtube) e redes sociais das centrais sindicais

Atos em todo o Brasil 

O povo brasileiro volta às ruas de todo o país em 2022, após dois anos de eventos online em virtude do isolamento social para conter o avanço da pandemia da covid-19, com o tema “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”.

Os temas deste 1º de Maio dialogam diretamente com os problemas população brasileira que convive com altas taxas de desemprego, inflação, ataques aos direitos sociais e trabalhistas, à democracia e à vida.

Em entrevista ao Jornal PT Brasil, o senador Paulo Paim destacou a importância da mobilização deste domingo (assista abaixo). De acordo com Paim, “o aumento do custo de vida não está perdoando ninguém. A crise atinge a todos, de ponta a ponta, do campo à cidade”.

Participe das manifestações


Continue lendo e confira AQUI onde tem atos para celebrar o 1° de Maio no país,  via https://pt.org.br/

Edital seleciona obras para Complexo Cultural Rampa em Natal

  

Foto: Brunno Martins

Estão abertas as inscrições para o Edital Nacional "Estado de Luta", que visa a aquisição de oito (08) obras de arte que farão parte da sala homônima do Complexo Cultural Rampa, equipamento cultural do Estado do Rio Grande do Norte, que tem previsão de inauguração para o segundo semestre deste ano na capital potiguar.

Podem se inscrever, até o dia 30 de maio, pessoas físicas com mais de 18 anos ou emancipadas, pessoas jurídicas e entidades de natureza privada com sede no Brasil e coletivos de criação, sendo aceitas obras produzidas através de todas as mídias e suportes - como esculturas, instalações, objetos, fotografias, vídeos, multimídias, pinturas e performances -, entre outras.     

Do total das obras selecionadas, adquiridas pelo valor de R$ 20 mil cada (valor bruto), no mínimo três devem ser de artistas norte-rio-grandenses ou residentes no Estado há pelo menos dois anos, e as de âmbito nacional de autoria de pessoas brasileiras ou que possuam Registro Nacional de Estrangeiros com residência no país nos últimos dois anos.

O diferencial do edital é que, para oportunizar acesso plural, as inscrições podem ser realizadas por meios não escritos, sendo aceitas também propostas em áudio ou vídeo. As obras deverão refletir o conceito museológico estabelecido para a sala do Complexo Cultural Rampa — "Estado de Luta" —, que se propõe, como um lugar de memória, a promover a conexão entre a natureza, a paisagem e o território para estimular a reflexão sobre as possibilidades de luta como um processo compositivo, regenerativo e de aproximação com a diversidade humana.

As obras selecionadas serão adquiridas pelo Espaço Cultural Casa da Ribeira, por força do Acordo de Cooperação celebrado com o Estado do Rio Grande do Norte, bem como por intermédio da Lei Câmara Cascudo (Lei nº 7.799/1999) mantida pela Fundação José Augusto, passando a compor o acervo patrimonial do Estado.

O edital completo e formulário de inscrições podem ser acessados através do site www.rampacultura.com.br/editalestadodeluta.

Complexo Cultural Rampa

Com uma área de 11 mil m², que inclui dois espaços de exposição, salas educativas, café e restaurante, recepção, bilheteria, área externa de eventos para 3 mil pessoas, estacionamento e a calçada Potengi, espaço com visão privilegiada do rio, o Complexo Cultural Rampa traz uma proposta pioneira ao propor a discussão da paisagem, da regeneração e do sonho a partir de um lugar de memória.

Instalado em uma das edificações mais representativas do Natal (RN), construída nas primeiras décadas do século XX e que funcionou como terminal de hidroaviões e base militar durante a Segunda Guerra Mundial, o espaço promete incrementar o turismo local mediante estudos preliminares que indicam que sua ativação, integrada com outros roteiros turísticos, pode aumentar em um dia o tempo de permanência de turistas na capital potiguar.

O Complexo prevê a instalação de obras de grande escala, a aquisição de obras e projetos a partir de edital público, exposição de longa duração inédita e apresentação de obras de arte comissionadas feitas sob encomenda, além do acervo museológico digital. Ao todo, 23 artistas brasileiros estarão presentes no Complexo com obras inéditas sendo, pelo menos, nove artistas locais.

Fonte: Potiguar Notícias

sexta-feira, 29 de abril de 2022

VENCEMOS!! MAIS UMA GRANDE NOTÍCIA PRA LULA!!! ELITE RECONHECE DERROTA!!!


Por Jr. Nogueira

LIVRO E LEITURA

Quantos livros você lê por ano? O brasileiro lê muito pouco se comparado a pessoas de outros países, existem pesquisam que mostram que no país cada pessoa  leitora lê uma média de 2 livros por ano apenas.

É fato que o brasileiro lê pouco mesmo. Uma minoria lê muito e outra grande parte não lê absolutamente nada.

Conheço pessoas que dizem não gostar de ler e outros que dizem não ter tempo para isso. É verdade que alguns gostam de ler determinado gênero como romance, por exemplo, certamente que esta pessoa não se sentirá atraída a ler um livro de comédia, ou de terror. Sabemos que muitas vezes as pessoas leem simplesmente porque são obrigadas, como no colégio, por exemplo. Ou seja, são poucos aqueles que procuram a leitura por vontade própria. Já vi muita gente torcer o nariz quando a professora disse que determinado livro deveria ser lido e ao final da leitura apresentada uma resenha.

Mas por incrível que parece existem pessoas que adoram ler, são capazes de ler um livro de 300 ou 400 páginas em poucos dias, enquanto um preguiçoso demoraria meses para terminá-lo. Não digo que sou um leitor voraz, pois até o momento li apenas 9 livros neste ano. Eu particularmente gostaria de ler mais, porém, o tempo me impede de fazer isso.

Alguns costumam dizer que o livro é muito caro, mas nem isso se justifica mais hoje em dia. Saiba que é possível ler livros gratuitamente na internet. E não estou falando de livros piratas e coisas desse tipo. Estou falando da www.amazon.com.br lá você encontra diariamente um monte de livros para serem baixados e lidos gratuitamente. A única coisa que você precisa é fazer um cadastro e ter um smartphone ou computador onde irá fazer a leitura. Apenas no gênero romance você encontra diariamente mais de 50 títulos que podem ser baixados gratuitamente. Portanto, colocar a culpa no preço já não cola mais.

Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Servidores recebem complemento dos salários de abril, informa o governo do RN

 Foto: Arquivo

O Governo do Rio Grande do Norte anunciou o pagamento, neste sábado (30), da segunda e última parcela do pagamento de abril. Mais da metade dos trabalhadores do Estado já receberam o salário integral adiantado no último dia 14 ou 30% adiantado para quem recebe acima de R$ 4 mil.

Neste sábado serão depositados os 70% restantes para esta faixa salarial e ainda o salário integral das pastas com recursos próprios, totalizando um montante de mais de R$ 272 milhões e encerrando a folha deste mês, de R$ 530,8 milhões.

A última parcela da quarta e última folha do passivo herdado, no valor de R$ 316 milhões e referente a dezembro de 2018, será depositada em 31 de maio para servidores que recebem acima de R$ 6 mil. Quase 90% do funcionalismo estadual já está com seu salário em dia.

Fonte: Potiguar Notícias

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Cultura e sociedade: ‘Por uma globalização mais humana’, texto do geógrafo Milton Santos

 "Infelizmente, o estágio atual da globalização está produzindo ainda mais desigualdades. E, ao contrário do que se esperava, crescem o desemprego, a pobreza, a fome, a insegurança do cotidiano, num mundo que se fragmenta e onde se ampliam as fraturas sociais." - Milton Santos.

Leia abaixo um texto* do livro “O País Distorcido”, da Publifolha, que reúne textos publicados pelo geógrafo Milton Santos na Folha de S.Paulo de 1981 até sua morte em 2001.

Por uma globalização mais humana

A globalização é o estágio supremo da internacionalização. O processo de intercâmbio entre países, que marcou o desenvolvimento do capitalismo desde o período mercantil dos séculos 17 e 18, expande-se com a industrialização, ganha novas bases com a grande indústria, nos fins do século 19, e, agora, adquire mais intensidade, mais amplitude e novas feições. O mundo inteiro torna-se envolvido em todo tipo de troca: técnica, comercial, financeira, cultural.

Vivemos um novo período na história da humanidade. A base dessa verdadeira revolução é o progresso técnico, obtido em razão do desenvolvimento científico e baseado na importância obtida pela tecnologia, a chamada ciência da produção.

Todo o planeta é praticamente coberto por um único sistema técnico, tornado indispensável à produção e ao intercâmbio e fundamento do consumo, em suas novas formas.

Graças às novas técnicas, a informação pode se difundir instantaneamente por todo o planeta, e o conhecimento do que se passa em um lugar é possível em todos os pontos da Terra.

A produção globalizada e a informação globalizada permitem a emergência de um lucro em escala mundial, buscado pelas firmas globais que constituem o verdadeiro motor da atividade econômica.

Tudo isso é movido por uma concorrência superlativa entre os principais agentes econômicos — a competitividade.

Num mundo assim transformado, todos os lugares tendem a tornar-se globais, e o que acontece em qualquer ponto do ecúmeno (parte habitada da Terra) tem relação com o acontece em todos os demais.

Daí a ilusão de vivermos num mundo sem fronteiras, uma aldeia global. Na realidade, as relações chamadas globais são reservadas a um pequeno número de agentes, os grandes bancos e empresas transnacionais, alguns Estados, as grandes organizações internacionais.

Infelizmente, o estágio atual da globalização está produzindo ainda mais desigualdades. E, ao contrário do que se esperava, crescem o desemprego, a pobreza, a fome, a insegurança do cotidiano, num mundo que se fragmenta e onde se ampliam as fraturas sociais.

A droga, com sua enorme difusão, constitui um dos grandes flagelos desta época.

O mundo parece, agora, girar sem destino. É a chamada globalização perversa. Ela está sendo tanto mais perversa porque as enormes possibilidades oferecidas pelas conquistas científicas e técnicas não estão sendo adequadamente usadas.

Não cabe, todavia, perder a esperança, porque os progressos técnicos obtidos neste fim de século 20, se usados de uma outra maneira, bastariam para produzir muito mais alimentos do que a população atual necessita e, aplicados à medicina, reduziriam drasticamente as doenças e a mortalidade.

Um mundo solidário produzirá muitos empregos, ampliando um intercâmbio pacífico entre os povos e eliminando a belicosidade do processo competitivo, que todos os dias reduz a mão-de-obra. É possível pensar na realização de um mundo de bem-estar, onde os homens serão mais felizes, um outro tipo de globalização.

*Publicado originalmente na Folha de S. Paulo, em 30.11.1995.

Saiba mais sobre Milton Santos:
Milton Santos – território e sociedade
Milton Santos (entrevista e textos)

FONTE: www.revistaprosaversoearte.com

COVID 19: Nova subvariante do coronavírus é identificada em São Paulo

 

Segundo o laboratório, essa recombinação do coronavírus é proveniente de outras duas subvariantes já detectadas da ômicron —a BA.1 e BA.2.

O laboratório afirma que a sublinhagem ainda não havia sido identificada em nenhum lugar do mundo e que não estava catalogada na Gisaid, plataforma que consolida dados genômicos do vírus de mais de 70 países. O registro na plataforma já foi providenciado, segundo a Dasa.

Ainda de acordo com a rede de laboratórios, o Instituto Adolfo Lutz, ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que atua nas áreas de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental, também foi notificado a respeito da nova sublinhagem.

Mesmo que tenha ocorrido essa descoberta, isso não indica, porém, que a sublinhagem já seja categorizada como uma nova subvariante.

"Para que seja reconhecida como uma nova linhagem recombinante é necessário que pelo menos cinco amostras de diferentes indivíduos contenham este recombinante", afirmou o laboratório em nota oficial.

Além desse sequenciamento, a Dasa confirmou outros dois novos casos da subvariante ômicron XE no Brasil, identificados em duas pessoas que realizaram testes em laboratórios da rede.

O primeiro caso dessa subvariante foi registrado no Brasil em 7 de abril. Ela também é um híbrido das cepas BA.1 e BA.2. Antes disso, ela havia sido identificada inicialmente em janeiro no Reino Unido.

Segundo um levantamento feito recentemente pelo ITPS (Instituto Todos Pela Saúde), a subvariante BA.2 da ômicron é majoritária entre os casos de Covid no Brasil, representando quase 70% das amostras analisadas em diagnósticos feitos entre os dias 3 e 9 de abril.

Fonte:

Filmes dialogam sobre as violências de gênero no mundo contemporâneo

Por Marcos Aurélio Ruy

“A Noite do Fogo” (2021), de Tatiana Huezo; “Silenciadas” (2020), de Pablo Aguero; “Valentina” (2021), de Cássio Pereira dos Santos e “Ataque dos cães” (2021), de Jane Campion, têm em comum o tema sobre o necessário debate acerca das questões de gênero e as suas consequências no mundo contemporâneo. As obras ratificam os malefícios sociais e emocionais causados pela opressão patriarcal sobre a cabeça de todo mundo.

A difusão do preconceito, do ódio e da violência, muito comum no século 21, impede muitas pessoas de se realizarem em toda a sua plenitude, principalmente as mais vulneráveis por romperem com padrões convencionais de vida, determinados pelo sistema patriarcal vigente há séculos.

Por isso, é tão essencial transgredir a ordem vigente, como diz Belchior (1946-2017), “sempre desobedecer, nunca reverenciar”, para transformar o mundo num lugar bom de se viver. E não se trata de multiculturalismo ou de uma questão puramente de identidade. Trata-se, isto sim, de como a vida pode ser vivida de um modo diferente com respeito e dignidade.

Em “A Noite do Fogo”, as mulheres estão perfeitamente coadunadas com a luta de classes, com sua resiliência. E da forma mais perversa elas sofrem as consequências da resistência aos desmandos machistas. Mesmo assim, resistem, já conquistando a Menção Especial no Un Certain Regard Award do Festival de Cannes.

Resistem ao medo constante de verem suas meninas raptadas por traficantes para serem escravas sexuais. Resistem à ausência de seus companheiros que foram trabalhar em locais distantes. Resistem ao agrotóxico espalhado pelo ar em todos os lugares, ao trabalho insalubre nas plantações de papoulas e às dificuldades com a falta do Estado e de políticas públicas em favor de suas vidas.

Já “Silenciadas”, baseado no livro “A Feiticeira”, de Jules Michelet, reflete sobre uma verdadeira caça às bruxas, no século 17, na Europa. Essa caça às bruxas de uma certa forma permanece nos dias atuais.

Toda mulher que ousa ser livre e determinada acaba meio que levando o nome de “bruxa”, por não viver dentro das convenções patriarcais. Na Idade Média, as chamadas “bruxas” eram condenadas e queimadas vivas. Acusavam-nas de endiabrar os homens com seus corpos e muitas vezes com suas posturas altivas. Isso num tempo em que não era permitido às mulheres estudar, nem trabalhar fora do meio doméstico, e tinham de se submeter aos seus maridos, pais, irmãos.

No filme, as meninas acusadas de bruxaria pela Inquisição encontram a morte como resistência, como no filme Thelma & Louise (1991), de Ridley Scott, no qual as protagonistas preferem se atirar num precipício a retornar à vida mesquinha que tinham antes de se arvorarem à liberdade pelo mundo. É a morte como reverência à vida futura.

“Ataque dos cães” é um filme tecnicamente perfeito, tanto que Jane Campion ganhou o Oscar de melhor direção de 2022. Também roteiro adaptado do livro homônimo de Thomas Savage, o filme se passa na década de 1920, numa comunidade rural, e debate a hipocrisia de uma sociedade dominada por homens brancos e ricos.

Pelo que se vê, ser mulher não era fácil em décadas passadas e continua não sendo. O que mudou foi a sua luta pelo empoderamento e, então, conseguir se impor num mundo ainda predominantemente machista.

Ser LGBTfóbico reflete um pouco esse medo que o machismo tem do feminismo emancipacionista e libertador. E essa crise de identidade do homem dificulta-lhe inclusive a sua própria dimensão de vida.

Nesse filme, predomina a misoginia pela falta de coragem do personagem ser quem deseja ser. Nota-se a necessidade de debate e informação para que todas as pessoas possam viver como melhor lhes aprouver. E issso não significa o individualismo predominante no capitalismo.

“Valentina” é ainda mais explícito ao abordar o drama vivido por uma adolescente trans para conseguir fazer com que prevaleça o seu nome social na escola. Ao mudar com sua mãe para uma cidade pequena do interior de Minas Gerais, passa a sofrer perseguição ao descobrirem a sua transsexualidade.

Senhoras e senhores conservadores tentam impedir que a menina seja matriculada nessa escola. Ao mesmo tempo, ela sofre agressões para impedir que seja quem é. O questionamento é feito à hipocrisia de uma sociedade que determina que a sexualidade das pessoas deva ser mantida no âmbito privado. No público deve seguir os padrões preestabelecidos.

Navegar é preciso, mas viver também. Essas obras nos ajudam a refletir sobre qual mundo queremos legar para as futuras gerações. O da liberdade, da igualdade, do respeito, do conhecimento, da vida, da paz e do amor ou o contrário disso tudo?

 

Fonte: CTB NACIONAL

Novo RG: veja quem precisa emitir e qual é o valor do documento - Por Márcia Andréia

 

NOVA RG - modelo - Google
Imagem do Google

O novo RG já está valendo para todo o Brasil. Veja, a seguir, quem precisa emitir o documento no Brasil.

O novo modelo de RG foi apresentado no final do mês de março de 2022. São diversas as mudanças em relação ao documento, inclusive versões física e digital. O novo RG poderá ser adquirido de maneira gratuita. Dessa forma, veja a seguir quem precisa emitir o documento no Brasil.

O novo formato do RG tem validade por 10 anos para cidadãos que possuem até 60 anos. Dessa maneira, os documentos que não forem adequados, no prazo previsto, perderão o status de documento de identificação. Para quem possui idade superior a 60 anos, a mudança é facultativa.

Novo RG: quais as mudanças e quem precisa tirar?

Entre as principais mudanças do novo documento, podemos citar a unificação por meio do CPF, possibilidade de incluir os números de outros documentos, validade, versão digital e QR Code.

Agora, o RG terá uma versão digital, assim como já acontece com a Carteira Nacional de Habilitação (Android e iOS) e Título de Eleitor. O aplicativo poderá ser baixado nos smartphones, fazendo com que o documento seja aceito assim como a versão física. O documento estará disponível mesmo sem conexão com a internet.

A versão em papel será autenticada por um QR Code e, dessa forma, será mais fácil para autoridades ou empresas identificarem a veracidade do documento. Além disso, o RG será unificado com o CPF, dando uma maior segurança ao usuário e evitando fraudes.

No modelo antigo, era possível que o indivíduo acumulasse um RG para cada estado. Já o novo RG permitirá que sejam adicionados os números dos seguintes documentos:

  • Título de Eleitor;
  • Carteira de Trabalho e Previdência Social;
  • Certificado militar;
  • Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
  • Documento de identidade profissional
  • Carteira Nacional de Saúde (CNS);
  • Número de Inscrição Social (NIS);
  • PIS/Pasep.

Os números serão acrescentados apenas se a pessoa levar o documento original ao local. Por exemplo, para ter o número da CTPS  no novo RG, será necessário levar o documento original.

Como adquirir o novo RG?

O documento começou a ser produzido no território brasileiro no mês de março de 2022. Assim, o governo estabeleceu o prazo de um ano, até 06 de março de 2023, para que os estabelecimentos responsáveis possam se adequar ao novo formato de documento.

Para atualizar a sua documentação, será preciso comparecer a um instituto de identificação local e apresentar a certidão de nascimento ou de casamento.

Leia também

Fonte: https://concursosnobrasil.com

Regulamentação de associações de municípios é aprovada na Câmara

Final de tarde em em Brasília, prédio do Congresso Nacional

Entidades já existentes deverão se adaptar às novas regras

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27) projeto que regulamenta o funcionamento das associações de municípios, permitindo a elas representarem seus associados perante a Justiça e outros organismos em assuntos de interesse comum. A proposta segue para sanção presidencial.

O projeto é de autoria do ex-senador Antonio Anastasia, que justificou a necessidade de regulamentação das associações de Municípios por meio de lei federal, de modo a garantir o maior equilíbrio de forças entre os entes da Federação. Na ocasião, o parlamentar afirmou que os 5.570 municípios “são muito pulverizados e têm desvantagem representativa.”

Atualmente, essas associações já existem, como a Confederação Nacional de Municípios (CNM), mas por falta de previsão legal elas têm dificuldades de representar seus municípios confederados em diversas instâncias. Segundo o texto, essas entidades serão conhecidas oficialmente como “associação de representação de municípios”, podendo o Distrito Federal participar também.

As associações poderão atuar em assuntos de caráter político-representativo, técnico, científico, educacional, cultural e social. Elas deverão se organizar para fins não econômicos, não poderão gerenciar serviços públicos (objeto de consórcios públicos) ou realizar atuação político-partidária e religiosa; ou mesmo pagar qualquer remuneração aos seus dirigentes, exceto verbas de natureza indenizatória, como diárias.

As associações de municípios já existentes deverão se adaptar às novas regras dentro de dois anos da entrada em vigor da futura lei.

Requisitos

O estatuto das associações deverá prever:

» Os requisitos para filiação e exclusão dos municípios associados;
» A possibilidade de desfiliação a qualquer tempo sem penalidades;
» Os direitos e deveres dos associados;
» Os critérios para autorizar a associação a representar os associados perante outras esferas de governo, e a promover, judicial e extrajudicialmente seus interesses;
» A forma de eleição e a duração do mandato do representante legal da associação; e
» A forma de gestão administrativa.

Contribuição

Para pagar as contribuições financeiras a fim de sustentar as atividades das associações, os municípios deverão prever a verba em seus respectivos orçamentos. Os tribunais de contas exercerão controle externo de forma indireta sobre as associações quando analisarem as contas dos municípios associados.

*Com informações da Agência Câmara.

Com Portal BRASIL CULTURA