Foto: Lula Marques
“Estar junto como PSOL e o PSB, sinalizando essa independência que não vamos apoiar Maia, é um sinal muito importante de um bloco que tem compromisso com a democracia", disse o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, após reunião com PSOL e PSB em que decidiram chamara PCdoB, PDT e Rede para o diálogo.
Os presidentes do PT, PSB e PSOL, junto com parlamentares das legendas, se reuniram nesta terça-feira (22) para firmar um bloco de oposição no Congresso ao governo de Jair Bolsonaro.
A reunião vem em meio a articulação de partidos do campo progressista, como PCdoB, PDT e Rede para apoiar Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara. O parlamentar carioca, no entanto, é apoiado pelo governo de Bolsonaro e, por isso, a ideia do PT, PSB e PSOL é convidar os outros partidos para compor o bloco de oposição.
“Tiramos o encaminhamento de convidar o PCdoB e a Rede para uma reunião, a fim de que se unam a esses três partidos [PT, PSB e PSOL] nessa organização aqui dentro da Casa”, afirmou a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann.
O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), disse que nesse momento que o país vive em um cenário de perplexidade de agravamento das denúncias da família Bolsonaro com esquemas criminosos, “é muito importante sinalizar para a sociedade brasileira que existe dentro do parlamento uma Oposição independente neste momento”. Para Pimenta, “estar junto como PSOL e o PSB, sinalizando essa independência que não vamos apoiar Maia, é um sinal muito importante de um bloco que tem compromisso com a democracia, com a soberania e com o direito dos trabalhadores e das trabalhadoras. Isto é estratégico para o país”.
Ao término da reunião, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, reforçou que seu partido não apoiará a reeleição de Maia. “Não há a menor chance de o PSB se aliar a Maia. Ele é o candidato de Jair Bolsonaro. Vamos fazer um esforço conjunto para enfrentar o desastroso governo de Bolsonaro”, explicou.
Já Ivan Valente (PSOL-SP) reforçou o projeto firmado na reunião de compor um bloco forte de oposição a Jair Bolsonaro. “Nossa agenda é contra os retrocessos civilizatórios nos costumes, e, particularmente, contra a agenda reacionária de retirada de direitos proposta pelo Paulo Guedes [ministro da Economia]. A proposta de conjugar todos os partidos de oposição e de esquerda é uma sinalização, simbólica, para a sociedade de que há uma grande resistência a esse governo”, disse.
*Com informações do PT na Câmara
Fonte: REVISTA FÓRUM
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