sábado, 12 de janeiro de 2019

General mal assumiu o cargo e já declarou ser contrário a incluir os seus nas mudanças proposta para a aposentadoria

Nem mesmo começou no cargo de comandante do Exército, o general Edson Leal Pujol defendeu que o sistema previdenciário das Forças Armadas não deva ser modificado na reforma da Previdência. “A intenção minha, como comandante do Exército, se me perguntarem, nós não devemos modificar o nosso sistema”, disse nesta sexta-feira no Clube do Exército de Brasília, onde assumiu o cargo.
Os militares têm um regime previdenciário próprio. Eles podem se aposentar com 30 anos de serviços prestados. Supondo que um jovem entre com 17 anos nas Forças Armadas, com 47 anos ele já poder ir para reserva e receber seu salário integral. Além disso, após a morte de um militar, sua esposa ou filha solteira poderão receber uma pensão integral até morrer.
Questionado, o comandante afirmou que ainda não foi informado sobre detalhes da proposta de reforma da Previdência que está em estudo pelo novo governo.
A equipe econômica está fechando a proposta de reforma da Previdência que será submetida ao presidente Jair Bolsonaro. Em seguida, a projeto deve ser encaminhamento ao Congresso para a aprovação.
O general lembrou que as Forças Armadas não fazem parte do sistema de Previdência Social. “Isso está na Constituição. Há uma separação”, argumentou. Pujol quis destacar em sua fala que os militares são disciplinados e estão prontos a colaborar com a sociedade. “Obedecemos às leis e à Constituição. Se houver uma decisão do Estado brasileiro de mudanças, iremos cumprir”, acrescentou.
O comandante disse ainda que as Forças Armadas vão colaborar com o esforço para equilibrar as contas públicas. “Os militares sempre tiveram participação no esforço da nação. Inclusive, quase 20 anos atrás, nós fomos os únicos que nos modificamos em prol disso aí. Os outros setores da sociedade não se modificaram. Havia uma intenção, mas fomos os únicos a nos modificarmos e fazer o sacrifício. Estamos sempre prontos a colaborar com a sociedade”, afirmou.

Marinha

Em sua própria defesa, o comandante da Marinha, Ilques Barbosa Junior, disse na última quarta-feira 9, depois de assumir o cargo, que o debate sobre a idade mínima de aposentadoria para militares precisa ser analisada com cuidado. Para o almirante, profissionais que atuam na defesa do País têm exigências próprias. Ele também afirmou que a Marinha seguirá a orientação do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, que está tratando da situação militar na reforma da Previdência.



*Com informações da Agência Brasil.

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