A Folha, cada vez mais apavorada com o monstro que ajudou a criar, recorda em matéria publicada hoje que “o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) apresentou projetos e defendeu em discursos nas últimas décadas a esterilização dos pobres como meio de combater a criminalidade e a miséria”.
Ele e toda a matilha que acha que os pobres é que são o problema do Brasil e que, como problema, devem ser eliminados, até a poder de monstruosidades como a da esterilização induzida (ou mesmo forçada, como fez um juiz de Mococa, interior de São Paulo).
Além de desumanos, imbecis.
Repetem asneiras como a de que o Bolsa Família “estaria estimulando as famílias carentes a terem mais filhos”.
Os números do IBGE mostram o contrário: não apenas a taxa de natalidade está caindo como, nos 8 anos do Bolsa Família do governo Lula caiu muito mais rapidamente que sem ele, no período FHC.
Baixou de 22,23 por mil para 20,33 entre 1994 e 2002 e, no governo Lula, de 2003 a 2010, baixou para 15,12.
Caiu e, nem por isso, a criminalidade diminuiu, como não diminui com as execuções em massa de jovens pobres, cada vez mais comum.
O que não impede que as páginas de noticiário policial estejam coalhadas de boçais dizendo que o crime é resultado de “filhos demais”.
O ódio, porém, é a negação da razão e a afirmação da maldade.
Para os pobres, naturalmente, porque o próprio Bolsonaro tem cinco filhos, uma “taxa de natalidade”quase o triplo da que têm, hoje, os brasileiros.
Herodes no filho dos outros é refresco.
Fernando Brito
No Tijolaço
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