quarta-feira, 11 de abril de 2018

O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, passou mais de cinco horas respondendo perguntas


O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, passou mais de cinco horas respondendo perguntas de um comitê de 44 senadores no Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira (10), por causa do escândalo do vazamento dos dados de mais de 87 milhões de usuários.
A sessão conjunta das comissões de Justiça e de Comércio do Senado deu a cada senador apenas cinco minutos para questionar Zuckerberg, o que fez com que muitas perguntas não fossem respondidas e outras, deixadas para serem respondidas por escrito.
Ele negou diversas vezes que sua empresa venda dados dos usuários, pediu desculpas por falhas passadas e disse que vai incrementar a segurança de sua rede social.
MUDANÇAS
No início da sessão, o CEO do Facebook destacou que, com o passar dos anos, foi obrigado a mudar as visões da empresa sobre segurança. Ele afirmou que no início, se preocupava apenas em fornecer ferramentas para os usuários se conectarem e que só com os problemas foi percebendo que supervisionar o bom uso dessas ferramentas era essencial.
“Agora está claro que nós não fizemos o suficiente para evitar que essas ferramentas também fossem mal utilizadas. Isso vale para ‘fake news’, interferência estrangeira em eleições e discursos de ódio, assim como privacidade dos dados e a relação com os desenvolvedores”, Zuckerberg afirmou, lendo uma declaração que já havia sido divulgada na segunda-feira.
Sobre o escândalo envolvendo o uso dos dados privativos de 87 milhões de usuários do Facebook pela consultoria britânica Cambridge Analytica, Zuckerberg disse que a empresa errou ao não auditar a destruição das informações.
“Soubemos em 2015 que a Cambridge comprou dados do desenvolvedor. Derrubamos o aplicativo e exigimos que apagassem os dados. Só que não fizemos uma auditoria completa e esse foi nosso erro. Quando nos contaram que tinham apagado os dados, acreditamos que o caso estava encerrado e, por isso, não notificamos os usuários”, contou.
Por Robson Pires

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