Tudo o que o Brasil não precisa agora é que surja, num ambiente de governo fraco, uma sombra que sugira qualquer “solução militar” para a degradação do poder civil.
E, infelizmente, ela surgiu.
Nos jornais deste domingo, o personagem em ascensão é o general Sérgio Etchegoyen que, além da “rata” de identificar o chefe do posto da CIA no Brasil, assumiu, segundo a imprensa, o controle da Polícia Federal.
Além do perfil que O Globo lhe faz hoje, chamando-o de “homem forte do Governo Temer” é o personagem de Eliane Cantanhêde, no Estadão, no texto sobre “um outro personagem que cresce à direita”
Consta que Etchegoyen é quem avalia a troca ou não do diretor-geral da PF, Leandro Daiello. Ele nega. Consta que assumirá o Comando do Exército, caso seu amigo, o prestigiado general Eduardo Villas Boas, decida voltar para casa. Ele nega. Consta que pôs a Abin a bisbilhotar os telefones do ministro Edson Fachin. Ele nega. E consta que ele está cada vez mais poderoso. Ele nega veementemente. Mas… só o fato de ter de negar tantas coisas ao mesmo tempo já diz muito.
No perfil que o jornal dos Marinho faz, um dos pontos interessantes é o de que Etchegoyen “era chefe do Estado-Maior do Exército, indicado pelo Comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, para ser seu número dois”.
Espera-se que o general não siga o exemplo do presidente a que serve em matéria de lealdade.
Fernando Brito
No Tijolaço
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