Brito: agora o PiG esconde os gráficos...
Já é estranho que, em com mês e meio de intervalo, nenhum dos cinco principais candidatos tenha se movido sequer 1% para baixo ou para cima na pesquisa CNI-Ibope, que teve nova rodada divulgada hoje.
Lula segue com 33%, Bolsonaro marca os mesmos 15%, Marina iguais 7% e Ciro e Alckmin, idênticos 4%, sempre referidos à pesquisa de junho.
Incrível, fantástico, extraordinário. Admitindo que tudo esteja corretamente apurado e não tenha havido sequer uma “marolinha” que fosse nos índices dos candidatos, só há uma conclusão possível: a intenção de voto está cristalizada e, se a distribuição dos indecisos seguir, como é hábito, a proporção de cada candidato, não há o que mudar até 7 de outubro.
Aliás, qualquer agravamento da crise tende a beneficiar eleitoralmente o ex-presidente.
Diz o texto da apresentação:
Os brasileiros que escolheram Lula estão, de um modo geral, mais insatisfeitos com a vida (40%) que aqueles que optaram pelos demais candidatos (34%). Os eleitores de Lula também são os menos otimistas com as eleições (22% se dizem otimistas ou muito otimistas, contra 31% dos eleitores dos demais candidatos) e os menos interessados no pleito (36% têm muito interesse ou interesse médio, contra 51% entre os eleitores dos demais candidatos). Os entrevistados que escolheram o ex-presidente Lula só não estão mais pessimistas e menos interessados nas eleições do que aqueles que pretendem votar em branco ou nulo (10% estão otimistas ou muito otimistas e 15% estão interessados).
Embora os dados divulgados pela CNI não distribuam o percentual de cada candidato por região, registra que Lula tem 54% no Nordeste, como temos frisado hoje aqui. É praticamente o mesmo que registra Vox Populi (58%) e não explica a diferença com o número geral daquele levantamento, que registra 41% para o petista.
Claro que Ibope, CNI e a mídia apresenta a pesquisa com ênfase na liderança de Bolsonaro e em Marina Silva em segundo lugar, pois como bons “justiceiros” que são já tomam a exclusão de Lula como fato consumado.
Talvez por isso é que a grande diferença entre a pesquisa de junho e esta seja a ausência do gráfico que permite visualizar os percentuais de cada um, quando se apresenta o nome de Lula.
Porque ele tem não só o dobro de Bolsonaro, mas mais do que a soma de seus quatro principais concorrentes.
Mas isso, claro, não vem ao caso
Fonte: CONVERSA AFIADA - Paulo Henrique Amorim
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