Plataforma eleitoral da UNE exige compromisso com um novo sistema político
No
cerne das manifestações que tomaram conta das ruas das principais
capitais do país em junho de 2013, ficaram explícitos os desejos e
anseios da população por mudanças efetivas no modelo político
brasileiro.
Ao mesmo tempo em que a profusão de bandeiras e reivindicações
parecia não ter um rumo certo, ela apontou para a existência de uma
nítida insatisfação.
Neste cenário, aprovar uma mudança democrática, que se conecte com as
reais necessidades e a vida cotidiana de nosso povo é uma das
principais pautas defendidas pela União Nacional dos Estudantes. Por
esse motivo foi aprovado durante o 62º Conselho Nacional de Entidades
Gerais (CONEG), realizado entre os dias 31 de maio e 01 de junho, em São
Paulo, a plataforma política da entidade, intitulada ‘’Projeto Une pelo
Brasil’’. O documento conta com temas e propostas considerados
fundamentais nessas eleições, entre elas, a luta pela reforma política.
Para o vice-presidente da UNE, Mitã Chalfun, o pleito desse ano se
mostra uma grande oportunidade para debater e modificar os rumos do
país. ‘’ O tema central dessas eleições deve ser uma reforma que
democratize a política brasileira. A convocação de um plebiscito para
debater com o povo uma reforma política que amplie os espaços de
participação social, acabe com o financiamento privado de campanha e
aprove o voto em lista fechada com alternância de gênero deve ser
prioridade para a gestão eleita’’, afirmou.
PAUTA DA UNE
A UNE integra duas iniciativas fundamentais para a construção de uma reforma política.
Uma delas é o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Reforma
Política Democrática e Eleições Limpas. Assim como a Lei da Ficha Limpa,
que partiu de uma iniciativa popular, o projeto precisa de 1,5 milhão
de assinaturas para pressionar o Congresso Nacional. A proposta introduz
uma série de mudanças na legislação para democratizar o sistema
político e eleitoral, eliminando a influência do poder econômico sobre
as candidaturas, alterando o sistema eleitoral, fortalecendo a
participação das mulheres e demais grupos subrepresentados e
fortalecendo os mecanismos da democracia direta. Várias mobilizações de
rua estão programadas para colher os apoios. Conheça o projeto: http://www. reformapoliticademocratica. org.br/conheca-o-projeto/
A outra iniciativa é o Plebiscito Popular por uma Constituinte
Exclusiva e Soberana do Sistema Político. O objetivo foi recolher votos
da população a respeito da instalação de uma assembleia nacional
constituinte para mudar o sistema político. A avaliação das organizações
que compõem o Plebiscito é de que o atual Congresso Nacional, dominado
por empresários e capturado pelo poder econômico, não fará reforma
política democrática que o país precisa. Mais de 1.000 comitês populares
do plebiscito foram criados em todos os estados do país, com centenas
de cidades envolvidas. A votação já terminou e na tarde desta
quarta-feira (24/9), a coordenadoria do Plebiscito Popular por uma
Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político também divulgou
resultado da votação realizada durante a Semana da Pátria: 7.751.436
milhões de pessoas votaram a favor da realização do Plebiscito. Agora um
dos próximos passos será o acampamento nacional em Brasília que se será
montado no mês de outubro, quando milhares de pessoas entregarão o
resultado do plebiscito aos três poderes e à presidenta Dilma Rousseff.
TODOS NA LUTA!
Durante a chama Semana da Pátria, realizada de 1 a 7 de setembro, a
Coalizão pela Reforma Política e a coordenação do Plebiscito Popular
coletaram assinaturas e votos, conjuntamente, num claro esforço para
chamar a atenção da população.
Para o ex-presidente da UNE e coordenador da Coalizão, Aldo Arantes, o
saldo do evento foi positivo. ‘’Já temos 500 mil assinaturas. É um
grande passo para conquistarmos os 1,5 milhões necessários. A luta agora
é pela construção de uma grande ofensiva após as eleições, colocando a
reforma política como tema central de debates e também continuando a
coleta de assinaturas. Queremos começar o ano legislativo com o número
necessário criando assim condições para levantarmos o debate no
Congresso Nacional’’, disse. E continuou: ‘’Este é um momento favorável
para levantar um grande movimento junto à opinião pública. É
indispensável uma forte pressão social para que o Congresso se
movimente’’, explicou Aldo.
Segundo ele, o papel da juventude também é fator decisivo nessa
empreitada. ‘’Os jovens têm participação muito importante na construção
do país que queremos. Por isso, estamos juntos com a UNE construindo
debates nas universidades para chegarmos em 2015 com uma proposta
concreta e determinada a impulsionar a reforma política no Brasil’’,
salientou.
Conheça a plataforma da UNE aqui
Fonte: UNE
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