Não engane a si mesmo: traições acontecem, o tempo todo e desde sempre.
Pesquisas mundo afora mostram que o número de adúlteros, entre homens e
mulheres, só cresce – talvez porque mais gente traia, talvez porque mais
gente tenha coragem de admitir. Pouco se avançou, porém, em tentar
explicar as razões que levam à quebra do pacto de confiança e
exclusividade e entender como evitá-la. Em “O que faz o amor durar”
(editora Fontanar, 248 páginas), o americano John Gottman, doutor em
psicologia e pesquisador na Universidade de Washington, apresenta uma
nova forma de olhar para esse mistério.
Ao lado da mulher, a também psicóloga Julie Schwartz Gottman, ele estuda
o comportamento de casais há mais de quatro décadas. Em seu
laboratório, analisa a linguagem corporal, as expressões faciais e tudo o
que é dito entre milhares de casais. Para ele, existe um padrão de
comportamento que leva à quebra do pacto, e há muitas formas de
infidelidade independentes da temida traição física. “Nossa cultura
relaciona a infidelidade a um desvio de caráter ou falta de disciplina,
mas isso não é verdade”, diz Gottman. “A maioria das traições não é
causada por desejo sexual, e sim por alguma carência afetiva”.
Gilv@n Vi@n@
Nenhum comentário:
Postar um comentário