Os parlamentares que aterrissarem no Aeroporto Internacional de Brasília nesta terça-feira (3/9) foram surpreendidos por manifestantes que pedem o fim do voto secreto. A ação, organizada pela Avaaz, também vai perguntar aos deputados e senadores se eles apoiam ou não o voto aberto no Congresso.
De acordo com a coordenadora da campanha, Caroline D’Essen, a votação da última quarta-feira (28/8), que manteve o mantado de Natan Donadon (sem partido-RO) foi a gota d'água. "As pessoas não aceitam mais que seus representantes guardem segredo sobre como atuam no Congresso. O voto secreto precisa acabar antes que cause ainda mais danos à reputação dos políticos", afirma. "Tínhamos 440 mil assinaturas pelo fim do voto secreto. Com o caso Danadon, o número saltou para 600 mil. Não queremos um deputado presidiário", completa.
De acordo com Caroline, embora a entidade defende o voto aberto mais amplo, a Avaaz apoia o projeto do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que especifica votações de cassação, pois é o único que pode ser aprovado para punir os envolvidos em corrupção. O deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) foi pego de surpresa pelos manifestantes e disse ser a favor do fim do voto secreto.
A Avaaz é uma rede global de campanhas, com 25 milhões de membros espalhados por 19 países. Aproximadamente 4,8 milhões de associados são do Brasil. "Avaaz" significa "voz" ou "canção" em muitas línguas.
Fonte: Correio Braziliense - (Voto Secreto)
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