quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O TSE É O PAI DOS PARTIDOS DE OPORTUNISMO E DE ALUGUEL


Os nossos ministros do Tribunal Superior Eleitoral  podem fazer muito jogo de cena e muita manipulação com a história do “Ficha Limpa”, mas são os responsáveis pela imundície que estamos vendo na formação de “novos partidos”, na verdade amontoados de gente que recolhe assinaturas – ou simulacros de assinaturas – para fins eleitoreiros ou, pior, simplesmente pecuniários.


E, arruinando a ideia de partidos políticos, o TSE arruina a própria ideia da democracia representativa, que só através deles se pode fazer.

Falo isso com a tranquilidade de quem, no período democrático, militou em um único partido político e dele saiu, recentemente. Divergindo profundamente, mas mantendo, como é adequado, um período de clausura, sem o que, em geral, mudanças de partido têm mais de oportunismo que de convicção.

A decisão do TSE que deu ao PSD o direito de participar do Fundo Partidário e do horário de propaganda eleitoral destruiu a regra da fidelidade partidária que tanto custou a este país adotar.

Nada contra a criação de novos partidos, que deveria, até, se mais livre do que é hoje, dispensando esta coleta de assinaturas ridícula, que só se presta a essa vergonheira de fraudes, indiscriminadamente, até mesmo na tal Rede da Marina Silva.

Em todas as democracias, isso é livre e requer pouca burocracia.

Os Estados Unidos têm mais 75 partidos além do Republicano e do Democrata e é, na prática, um país bipartidário.

Mais de o dobro, hoje, desta vasta fauna brasileira de 30 partidos.

Veremos, segundo os levantamentos da imprensa, 50 parlamentares – 10% da Câmara dos Deputados – mudando de partido e carregando seus segundos de televisão e suas “cotas” de fundo partidário, boa parte deles eleitos com os votos de legenda de seus partidos.

Não admira que TSE e parlamentares sejam tão contrários à proposta de reforma política por plebiscito, como propôs Dilma.

Eles se adonaram do processo político e nada lhes causa mais medo que o debate sobre o fim das coligações proporcionais, o financiamento público das campanhas e o voto em sigla partidária.

E, também, a atitude da mídia, que vilipendia os partidos, aplaude os pula-pula como Marina Silva e estimula o “udenismo coxinha”.

Afinal,  o maior partido do Brasil, a mídia, para suprir o seu “pequeno defeito” de não vencer eleições, é preciso estabelecer a geléia geral partidária, onde todos podem ser o que quiserem, desde que façam seu jogo.

Fernando Brito

* * *
PDT e PSDB lideram perdas de parlamentares

Na reta final do alinhamento para as eleições do ano que vem, o troca-troca entre os partidos no Congresso já indica quem sofrerá os maiores estragos no perde e ganha das filiações.

Levantamento mostra que, desde o início das mudanças de legenda nesta temporada, as siglas que devem ter as maiores baixas são PDT, com um saldo negativo de oito deputados federais, PSDB, com sete, PSD, com cinco, PR e PMDB, com quatro, seguidos por DEM e PPS, com três, PSB e PEN, com dois, e PRTB, PV e PT, com um.


Fonte: Com Texto Livre

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