A grande imprensa alarmou durante semanas sobre as manifestações que “tomariam conta das ruas do Brasil” no sete de setembro, mas o que se viu foi um encolhimento dos protestos para o real tamanho das suas indignações alvo.
Os maiores agrupamentos aconteceram no Rio de Janeiro e foram direcionados para Sérgio Cabral, mas não somente. A Globo também foi alvo destes protestos na capital fluminense, mas, como esperado, não noticiou que os manifestantes também pediam a democratização da mídia e gritavam palavras de ordem contra ela.
Apesar da ira de alguns grupos contra Cabral, o número de participantes foi baixo.
As emissoras de TV seguiram suas programações normalmente.
A exceção foi a Globo que cobriu os protestos em um RJTV especial.
A transmissão ao vivo do que ocorria na avenida Presidente Vargas, importante via do centro do Rio de Janeiro, parecia sob medida para, além de informar, incitar a participação mais pessoas para que comparecessem ao local e engrossassem a massa de descontentes.
Imagens de helicópteros e de celulares foram utilizadas para tentar amplificar as manifestações e torná-las ainda maior do que, de fato, eram. A Globo tentou assumir o comando das ruas e criar fato político através de sua programação pró-manifestos apolíticos. Mas falhou…
Por volta das 12h30, uma imagem aérea fechada em um grupo de manifestantes deu close em uma faixa que se lia: “Abaixo a Rede Globo”. Imediatamente o câmera postado no helicóptero, avisado pela produção do jornalístico, abriu a imagem e tirou o foco da faixa.
Nenhum comentário foi feito sobre aquela queixa registrada na faixa flagrada acidentalmente pelas câmeras globais…Ah, a dissimulação da Globo permanece, tal qual a sua desfaçatez ao reconhecer o erro de ter apoiado a ditadura, com a qual lucrou bastante, 50 anos depois!
O fracasso das manifestações convocadas por grupos radicais de direita e, amplamente divulgados pela imprensa, como espécie de convocatória cívica conservadora, representa uma vitória de Dilma, pois foi pouco incomodada, e mais preocupações para alguns governadores, como Cabral e Alckmin, que seguem cercados por grupos sociais descontentes.
A Globo e seus pares midiáticos acusaram o golpe e puderam perceber que não são capazes de direcionar a indignação de movimentos organizados ou desorganizados.
E se o grupo que ocupou o monumento ao Zumbi dos Palmares tivesse mudado o rumo e chegado até a rua Irineu Marinho, nº 35, ali perto, onde funciona o QG do jornal O Globo?
Em Brasília o prédio da emissora carioca foi apedrejado…
O feitiço virou contra o feiticeiro, é uma máxima que esteve perto de se concretizar a Globo, não por acaso, no dia da independência…
Fonte: Blog Palavras Diversas.
Do Blog DESABAFO BRASIL.
Fonte: Saraiva 13
Nenhum comentário:
Postar um comentário