O que são
O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente de câncer no mundo, e o mais
comum entre as mulheres. Somente em 2010, o Brasil registrou mais de 49 mil
novos casos e 11,8 mil mortes pela doença de acordo com o Instituto Nacional do
Câncer (INCA). Ele é seguido pelo câncer de colo de útero, o segundo que mais
aparece na população feminina, e que constitui a quarta causa de morte de
mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4,8 mil vítimas fatais e apresenta
18.430 novos casos.
Os dois tipos de câncer, contudo, têm
chances altíssimas de cura caso descobertos em estágios iniciais. Para a mama,
a cura fica em torno de 90% se o tumor for diagnosticado precocemente. No caso
do colo do útero, chega a 100%. “A cura é tão alta, quanto mais cedo for
descoberto e, para isso, a única coisa que as mulheres precisam fazer são os
exames de prevenção, que são simples e estão disponíveis na rede pública”,
explica Alexandre Pupo, ginecologista com especialidade em câncer de mama e
ginecológico do Hospital Sírio-Libanês (São Paulo-SP).
Além da realização de exames
preventivos periódicos, é importante, segundo os médicos, estar atenta aos
fatores de risco e de proteção. Atitudes simples como manter uma alimentação
saudável e peso adequados, por exemplo, ajudam na prevenção do câncer de mama.
O consumo de gordura animal faz com que sejam acumuladas substâncias tóxicas ao
organismo que não são eliminadas. Elas agem no corpo como o estrogênio,
favorecendo o câncer de mama.
A hereditariedade também é um fator que
influencia no aparecimento do câncer de mama. Cerca de 10% dos casos da doença
são ocasionados por uma mutação genética hereditária. Portanto, mulheres que já
tiveram tias, primas, mãe ou outro parente próximo com o tumor, devem começar a
fazer exames preventivos mais cedo. “Se uma prima, por exemplo, teve câncer de
mama aos 40 anos, a mulher deve começar a fazer mamografia dez anos antes desta
idade, aos 30, portanto, neste caso”, diz Pupo, do Sírio-Libanês.
O adiamento da primeira gravidez para
depois dos 30 anos também é fator que traz maior risco de câncer de mama, já
que o organismo fica sendo mais tempo bombardeado por estrogênio, um hormônio
que favorece o câncer de mama. Segundo Alfredo Barros, mastologista do Hospital
Sírio-Libanês, essa mudança no hábito das mulheres fez a incidência do tumor
aumentar muito no século XX. Já a ausência de gestações faz com que a mulher
deixe de receber alguns hormônios protetores produzidos pela placenta. A
amamentação por períodos menores, outro hábito que tem se tornado regra, segundo
o médico, também traz maior risco de câncer de mama.
Quanto à pílula anticoncepcional, de
acordo com o INCA, ainda não há comprovação de que seja um favorecedor do
aparecimento desse tipo de tumor. Já a ingestão de álcool, mesmo em
quantidade moderada, também é contra-indicada.
No caso do colo de útero, o principal
fator de risco é o HPV, ou papilomavírus, sexualmente transmissível. Quase 100%
dos tumores de colo de útero tem origem do HPV. Contudo, é importante ressaltar
que apenas cerca de 2% das mulheres que foram infectadas por HPV costumam
apresentar o tumor. “Muitas das lesões que surgem pelo HPV acabam regredindo
espontaneamente e só precisam de uma observação clínica”, diz Glauco Baiocchi
Neto, diretor de Ginecologia do Hospital A. C. Carmargo (São Paulo-SP). A
prevenção do HPV é feita por meio de uso de preservativo. Também há no mercado
brasileiro vacinas para duas variedades do vírus.
Outros fatores que podem facilitar o
aparecimento do câncer de colo de útero são o tabagismo e o uso prolongado de
pílulas anticoncepcionais.
“De forma geral, manter uma boa qualidade de vida e fazer os exames periódicos
já é bastante importante para se proteger dessas duas doenças”, diz Pupos, do
Sírio-Libanês.
Fontes: MINISTÉRIO DA SAÚDE - INCA - HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS - PORTAL BRASIL
Nenhum comentário:
Postar um comentário