domingo, 21 de outubro de 2012

A verdadeira liberdade de expressão

Rodolpho Motta Lima, Direto da Redação


Os grandes jornais e revistas brasileiros – “grandes” no sentido do quase monopólio que imprimem ao processo de informação entre nós – andam agitados, repercutindo as críticas da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que , com a desculpa fácil da liberdade de expressão, na realidade busca opor-se a qualquer controle dos meios de informação, esquecendo convenientemente, na sua linha argumentativa, que os marcos regulatórios nesse campo existem na maioria dos países do chamado mundo desenvolvido.

Em princípio, é inatacável a tese de que um país livre exige uma imprensa livre. Mas a imprensa só pode ser digna de ostentar esse rótulo se os seus donos propiciarem a verdadeira liberdade de informar, se estimularem o trânsito de todas as ideias , se realmente instituírem o contraditório como princípio maior das suas atividades de órgão formador da opinião pública. Mas...será que é isso mesmo que acontece na grande mídia nacional? Estarão os brasileiros tendo acesso igualitário a todos os ângulos dos fatos noticiados?

A mais insignificante das amebas, se tivesse um dom mínimo de raciocínio, perceberia que a mídia hegemônica , no Brasil, praticamente fala sozinha, faz e desfaz verdades e assume, de modo tão conveniente quanto oportunista , a postura de um verdadeiro partido político de oposição. Não por acaso, ganhou em muitos sites da internet a sugestiva sigla de PIG (Partido da Imprensa Golpista). Não é um apelido destituído de razão ou fruto , como se quer fazer crer, do sectarismo de esquerdistas, petistas, lulistas , comunistas e outros rótulos usados para desqualificar os que criticam esse panorama pouco ou nada democrático por onde circula a informação. Que brasileiro desconhece , por exemplo,nas Organizações Globo, a fragrante e permanente disposição de desqualificar os últimos Governos, para inviabilizar os projetos de alcance popular que contrariam os interesses dos elitistas de sempre? Basta acompanhar as pautas de seus jornais, emissoras de rádio e tevê, para perceber a eleição constante, monocórdia, de temas destinados a desestabilizar o Governo (este Governo atual, entenda-se, porque houve outros, em outras épocas, que mereceram os entusiásticos apoios globais, como os da ditadura e os do recente neoliberalismo).”
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'Amor em SP' leva milhares à Praça Roosevelt, no centro da cidade


Praça Roosevelt, no centro da cidade, foi tomada pelos jovens
Ato político-cultural convocado pelas redes sociais prega uma cidade mais solidária e justa, livre de preconceitos e intolerância  
Redação, Rede Brasil Atual

Milhares de pessoas lotaram neste domingo (21) à tarde a praça Roosevelt, no centro de São Paulo, para participar do Festival Existe Amor em SP, ato político-cultural convocado pelas redes sociais. Os organizadores defendem uma cidade mais solidária, livre de preconceitos e intolerância, em com mais integração cultural e social entre a periferia, o centro e demais regiões.

Esta é a segunda edição do ato. A primeira aconteceu antes do primeiro turno das eleições municipais, na mesma praça sob o lema “Amor sim, Russomanno não”. O movimento é apartidário, mas alinhado a políticas progressistas e a bandeiras de justiça social.

“Há anos SP vem se tornando mais agressiva, repressiva, individualista, proibida, militarizada. Enquanto favelas pegam fogo e a polícia ganha status de milícia, o poder político tenta acabar com o público em prol do privado. Acabar com a festa em prol do silêncio. Acabar com o pobre em prol do rico. Acabar com a justiça em prol da ordem”, diz um texto distribuído pelo movimento.”
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Quem não tem voto diz que eleitor está cansado

Paulo Moreira Leite, ÉPOCA

“Pergunto o que leva nossos coveiros de sorriso amarelo a produzir tantas análises e raciocínios sofisticadíssimos para esconder o dado óbvio desta eleição municipal.


Apesar do julgamento do mensalão, apesar do tratamento ora irônico, ora pedante, que a maioria dos meios de comunicação dispensa ao ex-presidente Lula, está cada vez mais difícil esconder o bom desempenho do PT neste pleito.


Quem profetizou um fiasco de Lula precisa improvisar teorias para justificar verdades óbvias.


Quem chegou ao exagero de anunciar um duelo entre Lula e Geraldo Alckmin, em São Paulo, precisa fazer um curso supletivo de liderança política.


O mais novo argumento é dizer que o eleitor está desanimado, cansou-se da polarização entre PT e PSDB.


É preocupante. Nem faz muito tempo assim que os brasileiros recuperaram o direito de votar para prefeito de capital, que fora suprimido pela ditadura, e já tem gente que acha que esse tipo de coisa é cansativa e tediosa. É a mesma turma que, em dia de eleição, só consegue olhar para os santinhos na calçada e dizer que eles emporcalham a cidade. Eu acho que nada emporcalha mais uma cidade do que o autoritarismo, a falta de eleição, os prefeitos escolhidos de forma indireta.


E eu acho que a boca-de-urna ajuda a ampliar o debate numa eleição. E quem é a favor de proibi-la poderia dar uma chance ao próprio QI e perguntar-se se ela não tem a ver com a liberdade de expressão.


Voltando ao cansaço dos eleitores.

A teoria da baixa representatividade se apoia num fato real mas interpretado de forma interesseira.”
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