domingo, 14 de outubro de 2018

RUI DAHER Sobre o pacto nacional, por Rui Daher

Por Rui Daher
Não poderei manter o costume de responder a cada um dos leitores, amigas e amigos, que comentam no BRD. Não é usual receber tantas observações pertinentes como aconteceu com o texto “Carta a Ciro Gomes, Fernando Henrique Cardoso e Maria Osmarina da Silva”. Li a todas e continuarei lendo àquelas que forem chegando.
Esclareço que em nenhum momento do texto mostro intenção de julgar passado e presente político dos três citados. Poderia fazê-lo. Acompanho-os desde seus surgimentos na política e já devo tê-lo feito em colunas opinativas anteriores, porém, não naquela.
O que pretendi foi pontuar sobre o texto de Luís Nassif, aqui publicado em 11/10, “Xadrez do grande pacto nacional contra Bolsonaro”, hoje ampliado em 13/10 com “Xadrez de Bolsonaro, do Poder Militar e do pacto nacional”.
Creio ter ido no mesmo diapasão, embora sem a profundidade e mestria do Nassif. Contudo, para evitar, as trevas que nos aterrorizam, mesmo mal escrevendo (segundo os detratores de sempre, que não apenas de forma inteligente divergem, mas procuram visibilidade em cima de meus 15 anos de colunas), o pacto nacional é a única bala que temos.
Se caquético Paulo Maluf, que reconheço excelente mestre de obras e magistral espírito político viesse a mim, declararia ao extemporaneamente perseguido: #EleNão.
Amigas e amigos, com Jair Bolsonaro, virão aí tempos de perseguição. Aliás, já percebidos em notícias, fatos e, pessoalmente, em andanças por rincões brasileiros. No início, atingirão e bloquearão nossos pensamentos democráticos explicitamente expostos em revistas, blogs, e redes sociais independentes. Mais tarde, chegarão a vocês.
“Ah, pouco importa, com um ou outro seria o mesmo. Um projeto autoritário de direita e outro bolivariano de esquerda”.
Mesmo? Singela pergunta os responde:
Durante os quatro mandatos presidenciais do PT, em que momento houve censura de expressão e sequestro da riqueza financeira e patrimonial dos pertencentes ao Acordo Secular de Elites? Por que haveria de vir agora, em Congresso, Judiciário e Mídia dominados pela direita?
Querem saber, com todo o respeito, ou são crápulas, ignorantes ou mantêm interesses ditatoriais num mundo em que estados de exceções são cada vez mais raros, vale dizer, burros.
Como disse, vocês assistirão de camarote (ou Camarotti, Globo News) sermos perseguidos. Nós da mídia progressista, talvez violentados ou mesmo assassinados. Do Cemitério do Araçá, posso ouvi-los, detratores e amigos:

- Ele pediu.

E como não pediria vendo acontecer a maior tragédia da história brasileira, população inerme aos fatais desígnios do totalitarismo fascista, nazista, stalinista, “idiamindadista”?  
Voltando aos comentários e a quem se doeu por eu ter pedido um Ciro Gomes mais firme e menos magoado. Seria uma posição contra o terror.
  1. Declarei no GGN voto no 1º turno em Guilherme Boulos (PSOL), por estar mais próximo de meu ideário e de uma política voltada à inserção, com menos coalizão fisiológica; ao setor produtivo nacional e soberania; aos empregos e maior renda para os trabalhadores que voltariam a gerar demanda no mercado interno; e, sobretudo, taxação na financeirização da economia;
  1. Percebendo o crescimento e as posições abomináveis de JB, passei a sugerir uma chapa Ciro/Haddad;
  1. Vendo as tendências de Ciro Gomes permanecer estagnado no 3º lugar, o que nos restaria se não apoiar Haddad e procurar formar uma ampla Frente Democrática. Essa a intenção da “Carta”;
  1. Entendeu Tadeu ou se f....?
Nota: este texto vai entremeado por "Another Brick in the Wall", do Pink Floyd, primeiro com o baixista Roger #EleNão' Waters; depois com o guitarrista David Gilmour; e, finalmente, com o grupo completo, antes do "racha".
 Fonte: jornalggn.com.br

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