Foto reprodução: Boulos
Em dobradinha com Haddad, Boulos fez um contundente discurso sobre os riscos que a democracia sofre com a ascensão do discurso de ódio, materializado na candidatura de Jair Bolsonaro. "Faz 30 anos que acabou a ditadura mas acho que nunca estivemos tão perto"
O ponto alto primeiro bloco do debate entre presidenciáveis da Globo, na noite desta quinta-feira (4), foi um contundente discurso de Guilherme Boulos (PSOL) sobre os riscos que a democracia brasileira sofre com a ascensão do discurso de ódio nessas eleições.
Sem citar o nome de Jair Bolsonaro (PSL), Boulos aproveitou uma pergunta de Fernando Haddad (PT) sobre a retirada de direitos proposta pelo militar da reserva para fazer o alerta: “O momento é grave. Estamos há meses em uma campanha marcada pelo ódio. Faz 30 anos que esse país saiu de uma ditadura. Muita gente morreu, muita gente foi torturada. Tem mãe que não conseguiu enterrar o filho até hoje. Faz 30 anos mas acho que nunca estivemos tão perto. Se estamos hoje discutindo o futuro do brasil é porque gente derramou sangue para isso. Quando eu nasci o Brasil estava numa ditadura. Não quero que minhas filhas cresçam numa ditadura. Sempre começa assim. Acho que a gente tem que dar um grito, um basta: ditadura nunca mais!”, disparou, arrancando aplausos da plateia.
Haddad concordou. “Agradeço o alerta que você faz para a população. Sem democracia não há direitos. Se foi possível fazer o jovem trabalhador entrar na universidade, isso tudo se deve à democracia. É a liberdade que te permite votar, reivindicar. O que está acontecendo no Brasil é um descalabro”.
Fonte: REVISTA FÓRUM
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