domingo, 8 de julho de 2018

O LIXO NA REGIÃO METROPOLITANA - POR DR EVANDRO BORGES

Dr Evandro Borges
O LIXO NA REGIÃO METROPOLITANA
O único aterro sanitário a disposição da Região Metropolitana de Natal fica situado em Massaranduba, zona rural do Município de Ceará Mirim, ainda com muitas deficiências, uma delas grave em face da expedição da amônia na atmosfera, pela ausência de queimadores, poluindo o ar na comunidade em que fica localizada atingindo também, a sede da cidade de Ceará Mirim, com reclamação geral da população.
A falta de planejamento da Região Metropolitana de Natal ultrapassam os anos e a alternância dos gestores, sequer, não se consegue reunir o conselho gestor, mesmo estando na composição do colegiado o Secretário de Estado do Planejamento e Finanças, não há uma única proposta estratégica aprovada, para ser encampada, talvez, a questão ambiental não tenha sensibilizado a comunidade local.
Na Região Metropolitana não há coleta seletiva de lixo, os seus moradores não estão mobilizados para o enfrentamento desta árdua questão, que deve envolver o setor público, a sociedade e a cidadania, parece que existe uma simples satisfação pela coleta com pontualidade, não importando em qual local será depositado o resultado da coleta, em um lixão em céu aberto ou em aterro sanitário, que já é contestado a sua utilidade.
O meio ambiente equilibrado e saudável, mantendo as condições para a vida da flora e da fauna com a presença humana, e a preservação dos bens comuns, como a água, a terra e o ar, parece está longe de ser um senso comum na Região, em que pese, as sucessivas e corriqueiras denuncias das alterações do meio ambiente, do efeito estufa, do clima que está sendo alterado, colocando em risco a civilização humana.
O Papa Francisco emitiu uma encíclica denominada de “laudato si” ou louvado seja, colocando a necessidade da preservação da casa comum, do planeta terra, o nosso lar, que pode ser alterado em condições perversas para a vida da flora e da fauna, atingindo a civilização humana, principalmente, em face do desenvolvimento dos dois últimos séculos, que sempre, pensou nos recursos naturais como inesgotáveis, podendo a Igreja Católica dar uma grande contribuição para a mobilização da sociedade civil e para o chamamento dos agentes políticos para enfrentar este desafio.
A Região precisa de planejamento para suas dimensões de desenvolvimento sustentável, o lixo não pode ser colocado em segundo plano, às vezes, sequer debatidos e apresentado propostas, cabendo inclusive, a iniciativa de outro aterro sanitário que pode ser articulado, até pela incorporação de outras municipalidades a Região Metropolitana, pois, a qualidade de vida da população deve ser procurada e o atual aterro melhor adequado às condições ambientais.
Evandro de Oliveira Borges – Advogado
As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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