No dia 28 de março, secundaristas relembram 50 anos do assassinato de estudante. Grande ato acontece no Rio de Janeiro;
Quando Edson Luís foi assassinado por um policial militar, dia 28 de abril de 1968, apenas reivindicava com colegas para que a comida do restaurante universitário Calabouço fosse mais barata. Por isso em sua memória, há 50 anos o dia de sua morte é data para estudantes do Brasil todo se manifestarem. Por melhores condições na educação pública, pelo direito de se mobilizar.
“Este ano, unimos nossa luta pela educação à luta por Marielle Franco. Assim como Edson Luís, ela morreu por causa de um sistema opressor que não permite ser questionado. E queremos mostrar que, ainda assim, não podem matar a voz de Edson e a voz de Marielle”, explica Willamy Macedo, diretor de Relações Institucionais da UBES.
Rio de Janeiro, 50 anos depois
O grande ato “Por Marielle e Edson Luís!” sai da Igreja da Candelária até a Cinelândia. Para quem não sabe, no mesmo local foi velado o estudante Edson Luís, em 29 de março de 1968. Na última terça (20/03), o ato interreligioso por Marielle também foi partiu da Candelária em direção à Cinelândia.
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Brasil
Além do Rio de Janeiro, estudantes estão se mobilizando pelo Brasil todo, dos menores municípios às maiores capitais, para atos em defesa da educação pública e da democracia. Acompanhe pelas redes sociais da UBES!
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Estudantes se mobilizam pela Jornada de Luta Edson Luís em Camaçari, interior da Bahia |
Quem foi Edson Luís
Tudo que Edson Luis de Lima Souto queria era terminar o Ensino Médio no Rio de Janeiro e conseguir uma vida melhor do que sua família, que ficou em Belém do Pará. Ele fazia bicos de faxina e tentava se manter como podia. Por isso reivindicava pelo preço da comida com outros jovens da Frente Unida dos Estudantes do Calabouço (FUEC).
A morte do jovem aos 17 anos comoveu o Rio de Janeiro e enfureceu os estudantes mais rebeldes. Depois deste episódio, a ditadura passou para sua fase mais cruel e autoritária. Com o Ato Institucional número 5 (AI-5), meses depois, ficou proibido se reunir com outras pessoas em locais públicos, clubes, sindicatos e até nos lares. Além disso, mandaram os deputados para casa e encerraram as atividades do Congresso.
Fonte: UBES
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