Os funcionários dos Correios vão entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir das 22 horas deste domingo (11/3), em todo o país. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) a paralisação busca evitar “o desmonte promovido pela gestão dos Correios, que tende a prejudicar ainda mais os serviços à população”.
Os trabalhadores são contra a terceirização na área de tratamento; a privatização da estatal; suspensão das férias dos trabalhadores, como em 2017; descumprimento da cláusula 28 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que trata da assistência médica da categoria, e contra a redução do salário da área administrativa, entre outros pontos. Além disso, pedem a contratação de novos funcionários via concurso público, a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão.
De acordo com a federação, toda a categoria concorda com a sociedade e discorda de aumentos abusivos nos valores dos serviços prestados pela empresa. Dizem, inclusive, que “apoiam o direito da população ao cobrar que não haja excessos nas contas a serem pagas”.
No entanto, denunciam que há ingerências políticas na administração da estatal, que retira direitos de seus funcionários e ainda os responsabiliza pelos danos da empresa. “Os Correios são patrimônio nacional, garantem um direito constitucional à comunicação com segurança e alcançam os locais mais distantes do país. Além disso, não onera o governo federal ou o bolso do cidadão com arrecadação de impostos, já que, ao contrário, é o governo quem tem retirado verbas da empresa, sem retorno, nos últimos anos, como da ordem de R$ 6 bilhões.”
A empresa anunciou o fechamento de mais de 2500 agências próprias, por todo o Brasil, segundo a Fentect. O salário médio da categoria é de R$ 1600. “O pior salário entre empresas públicas e estatais.”
Fonte: REVISTA FÓRUM
Nenhum comentário:
Postar um comentário