Diario do Centro do Mundo |
Publicado no Tijolaço
POR FERNANDO BRITO
Revista mais bem aquinhoada pela propaganda do Governo, a Istoé desta semana anuncia, formalmente, a candidatura de Michel Temer à Presidência.
Pretensão e água benta cada um usa quanto quer.
Na narrativa amiga da revista , até há poucos dias Temer “vislumbrava um futuro mais prosaico: voltar para casa, cuidar da família, da mulher Marcela e do filho caçula Michelzinho, deixando de vez a política.”
Jura?
Mas quando ocorreu e a que se deve então a epifania que levou o “labaredas de fogo” a candidatar-se?
De um mês e meio para cá. Nós esperávamos no início que alguém sairia candidato do governo com essa missão de defender o governo. Ora, se ninguém vai defender o governo, dar continuidade ao que fizemos no governo, eu mesmo faço.
Temer, reconheçamos, tem esta veia hilária. Ele diz que faz um governo “espetacular”, que está tirando o pais da crise mas que ” ninguém vai defender o governo”.
Ora, nunca se viu governo bom ou ao menos aceitável do qual, até por fisiologismo, não se queira estar perto.
Mas mesmos com seus ridículos 5% de aprovação, é forçoso reconhecer que a candidatura de Temer tem interferência maior no quadro eleitoral.
Estes 5% ou, pela máquina oficial – governo e PMDB -que se possa por em marcha, com recursos em padrão geddélico, atingem em cheio Geraldo Alckmin.
O terreno está cada vez mais limbo para Jair Bolsonaro firmar-se como o candidato da direita.
Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO - DCM
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