segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A ‘saia-justa’ de Raquel Dodge também já começou


Como era sabido por todos, o “aperto ideológico” sobre a nova procuradora geral da República veio a jato.

Claro, a Lava Jato.

A “patrulha moralista” de O Globo deu manchete para um “não-fato” na posse de Raquel Dodge.

Raquel Dodge não menciona Lava-Jato em discurso, “noticia” o jornal, abrindo a chamada com um “Com Temer” para ajudar a dar  à omissão imperdoável um ar ainda mais suspeito.

Não importa que ela tenha falado que o povo brasileiro “”não tolera a corrupção”.

É preciso que a nova papisa da seita fundamentalista ajoelhe-se e preste vassalagem ao Deus Lavajatense e, quem sabe, saúde os cardeais de Curitiba que, como Teophilato e sua família,  controlaram o papado por quase 60 anos( do ano 904 ao 963 ) , no periodo que ficou conhecido como Saeculum obscurum, idade das trevas ou, como caberia num powerpoint do Dr. Deltan Dalangnol, a “pornocracia”.

Como observa Luís Nassif, em seu necrológio de Rodrigo Janot:

“A nova PGR, Raquel Dodge, assumirá precisando limpar a sujeira deixada pela equipe anterior. Cada processo mal fundamentado cairá na sua conta, não na de Janot. Cada delação insubsistente não aceita será mostrada não como exemplo da incompetência de Janot, mas da falta de vontade política de Raquel. Cada punição a vazamentos será tratada como censura ao livre pensamento de irresponsáveis. Cada tentativa de enquadrar os processos nos limites da lei, uma concessão ao inimigo.”

O medo da perseguição, que é previsível e inevitável, talvez tenha travado a língua da Doutora Raquel.

Um erro, porque no serpentário que se tornou a Procuradoria Geral da República, ou se esmaga logo as cabeças das cobras mais ousadas ou todas sairão das toca e algumas, ainda, criarão asas.

Fernando Brito
No Tijolaço

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