segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Fascismo explícito: eleitores de Aécio agridem petista cadeirante


- por Enio Barroso Filho, blogueiro cadeirante

Terça-feira saí de casa para participar do ‘Churrascão da Gente Desinformada’, na Praça Roosevelt, à noite. 


Vesti minha camisa vermelha, paramentei-a com adesivos pró Dilma acompanhados da minha velha estrelinha de metal do PT que ostento com orgulho e de cabeça erguida desde Fevereiro de 1980, data da fundação do PT.

Saltei na estação República do Metrô e, como não havia nenhum elevador funcionando, (muitas estações estão assim depois da eleição do 1º turno), funcionários me levaram pela escada rolante e saí pela Rua do Arouche.

Estava escuro e ermo como quase todo o centro de São Paulo nas noites de hoje. Nisso, um carro (acho que era Pajero) encostou na calçada e seus ocupantes começaram a me xingar pedindo que eu tirasse a camisa.

Respondi que não e lhes disse:

– É Dilma!!

Um deles disse:

–Te conheço da internet, petralha do caralho! Estamos de olho!

E outro anunciou:

– Não é porque você é um aleijado comunista que não mereça uma surra pra te endireitar

Mandei irem à merda e os três brutamontes carecas e bombados (menos o motorista) desceram e começaram a chacoalhar a minha cadeira tentando me derrubar. Gritavam muito e um deles me deu um tapa na cabeça.

Pareciam drogados, enfurecidos. Não tive medo, já que isso não é novidade para mim. Na ditadura militar enfrentava soldados armados por quem fui preso quatro vezes, mas NUNCA por civis.

Muitas pessoas viram, mas nada fizeram a não ser uma moça do outro lado da rua que gritou “Polícia!”.

Foi aí que eles me deixaram, entraram no carro e seguiram sem pressa.

Evidente que não pude anotar a placa devido as circunstâncias. Só notei adesivos no carro: “CHIC”,“AÉCIO 45″ e aquele conhecido “FORA DILMA e leve o PT junto”. Mas os rostos dos elementos enfurecidos, não esquecerei jamais.

Segui meu caminho na direção da Pça. Roosevelt e, encontrando uma dupla de PMs, contei o ocorrido. Um dos PMs disse que como não anotei a placa do veículo nada poderia fazer. E me ‘orientou’ a não andar por aí com ‘esse tipo de estrelinha e esse tipo de adesivo’, pois isso, nestas épocas, seria ‘muito perigoso’.

Fonte: Tudo em Cima

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