Em coletiva após encontro com governadores e senadores eleitos da base aliada,
Dilma relembrou que a comparação que deve ser feita pelo eleitor agora,
no segundo turno, é entre projetos de governo que já estiveram no
poder.
A presidenta disse que é muito importante ter propostas em todas as
áreas, mas principalmente na área da saúde. Nesse momento destacou os
avanços que pretende continuar implementando na saúde, com o Mais Especialidades
- que irá ampliar o serviço que já é oferecido em algumas policlínicas
do país, realizando e agilizando as consultas, exames e tratamentos com
especialistas no mesmo lugar e com rapidez. Dilma destacou também a Integração das polícias e da Força Nacional ,
que criará os Centros de Comando e Controle de Segurança em todo o
Brasil, integrando as polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil,
Militar, a Força Nacional de Segurança e o apoio das Forças Armadas no
combate ao crime. O sucesso da integração das polícias foi comprovado na
Copa do Mundo.
Dilma chamou atenção para o que ela chamou de "oposição parcialmente
verdadeira", que vem circulando em alguns meios: há análises que indicam
que PT e PSDB são dois projetos antagônicos e que, enquanto o primeiro
governa para os pobres, o outro governa para os ricos. Realmente,
trata-se de dois projetos antagônicos - a parte verdadeira da
afirmação, mas o PT governa o país para todos:
"Os governos dessa coligação tivemos uma preocupação que pode ser
sintetizada com a seguinte frase: incluir os pobres no orçamento e
elevá-los a uma situação cada vez melhor. Temos muito orgulho disso. Mas
fizemos uma política no Brasil em que todos ganharam. A classe média no
Brasil foi a que mais cresceu. Tem uma mudança significativa na
estrutura de classes no Brasil", concluiu.
A presidenta demonstrou uma série de dados que dão conta de que a afirmação supramencionada é verdadeira:
"Em 2002, 54% da população brasileira estava na classe D e E. Aconteceu
uma expansão da classemédia. Uma grande expansão. A classe C passa de 68
milhões para 118 milhões e 900 mil brasileiros. A classe A e B passam
de 14,1 milhões para 29 milhões e 500 mil. E a classe D e E sai de 97,8
milhões e vai pra 54,2 milhões. O que significa isso? Significa que, a
cada 4 brasileiros, 3 estão na classe C, B e A. Essa foi a grande
revolução histórica e silenciosa que fizemos".
Dilma disse ainda: "O Brasil precisa olhar para o mais pobre. Além
disso, os governos precisam melhorar a qualidade d emprego pra classe
média. O que eu quero dizer é que o Brasil não tem uma política só. O
Brasil tem que ter as duas. Para os mais pobres e para a nova classe
média. Para todos".
Antes de finalizar a coletiva, Dilma respondeu algumas perguntas. Ao ser questionada sobre a afirmação de que quem vota no PT é "menos informado",
foi taxativa: "Acho lamentável. Acho uma visão elitista. A visão mais
atrasada do mundo é não perceber que cada um dos 202 milhões de
brasileiros é importante. Fico estarrecida com isso, de que o povo não
sabe votar, e eu ouvi muito isso na minha vida. Essa história de que o
povo não sabe votar porque não fez uma Universidade é uma falácia, uma
mentira", finalizou.
Fonte: A Justiceira de Esquerda
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