sábado, 17 de novembro de 2018

Ação de Bolsonaro deve deixar 611 cidades brasileiras sem médicos

Foto: Reprodução Youtube
Este é o número total de municípios que só possuem profissionais de saúde cubanos, que agora terão de deixar o programa Mais Médicos e o país.
A saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos, provocada por uma ação desastrosa de Jair Bolsonaro deve provocar um caos na saúde pública brasileira, especialmente entre as pessoas mais pobres e que moram em municípios afastados dos grandes centros. Das 3.228 localidades alcançadas pelo projeto, 611 correm sério risco de ficar sem nenhum profissional na rede pública já a partir do Natal. De acordo com Mauro Junqueira, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), esse é o número de cidades que só possuem médicos cubanos.
Representantes do Conasems, segundo informações de André de Souza, Cleide Carvalho e Rafael Ciscati, de O Globo, devem se reunir nesta segunda-feira (19) com o Ministério da Saúde, que se apressou em divulgar a abertura de edital para que médicos formados no Brasil ocupem as vagas que eram dos cubanos. Em uma fase posterior, serão chamados brasileiros formados no exterior.
Uma das alternativas será a tentativa de atrair médicos formados pelo Programa de Financiamento Estudantil (Fies). A ideia é costurar uma espécie de troca: os profissionais participariam do programa e, em contrapartida, abateriam parte da dívida.
Para Junqueira, o desafio agora será conseguir repor o mais rapidamente possível os profissionais cubanos, que atendem, principalmente, comunidades em áreas de vulnerabilidade social, comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhos e moradores de áreas de floresta.
“Algumas regiões possivelmente ficarão sem médico por um período entre 60 e 90 dias. Tudo vai depender da celeridade do Ministério da Saúde e do número de inscritos na primeira chamada. O Conselho Federal de Medicina afirmou que tem médicos disponíveis no Brasil, vamos torcer para que todos se inscrevam”, afirmou Junqueira.
Defensoria Pública da União (DPU) ingressou com uma ação civil pública, na Justiça Federal de Brasília, para manter as regras atuais do Mais Médicos.
Fonte: Revista Fórum

Nenhum comentário:

Postar um comentário