Foto: Reprodução Youtube
Este é o número total de municípios que só possuem profissionais de saúde cubanos, que agora terão de deixar o programa Mais Médicos e o país.
A saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos, provocada por uma ação desastrosa de Jair Bolsonaro deve provocar um caos na saúde pública brasileira, especialmente entre as pessoas mais pobres e que moram em municípios afastados dos grandes centros. Das 3.228 localidades alcançadas pelo projeto, 611 correm sério risco de ficar sem nenhum profissional na rede pública já a partir do Natal. De acordo com Mauro Junqueira, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), esse é o número de cidades que só possuem médicos cubanos.
Representantes do Conasems, segundo informações de André de Souza, Cleide Carvalho e Rafael Ciscati, de O Globo, devem se reunir nesta segunda-feira (19) com o Ministério da Saúde, que se apressou em divulgar a abertura de edital para que médicos formados no Brasil ocupem as vagas que eram dos cubanos. Em uma fase posterior, serão chamados brasileiros formados no exterior.
Uma das alternativas será a tentativa de atrair médicos formados pelo Programa de Financiamento Estudantil (Fies). A ideia é costurar uma espécie de troca: os profissionais participariam do programa e, em contrapartida, abateriam parte da dívida.
Para Junqueira, o desafio agora será conseguir repor o mais rapidamente possível os profissionais cubanos, que atendem, principalmente, comunidades em áreas de vulnerabilidade social, comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhos e moradores de áreas de floresta.
“Algumas regiões possivelmente ficarão sem médico por um período entre 60 e 90 dias. Tudo vai depender da celeridade do Ministério da Saúde e do número de inscritos na primeira chamada. O Conselho Federal de Medicina afirmou que tem médicos disponíveis no Brasil, vamos torcer para que todos se inscrevam”, afirmou Junqueira.
A Defensoria Pública da União (DPU) ingressou com uma ação civil pública, na Justiça Federal de Brasília, para manter as regras atuais do Mais Médicos.
Fonte: Revista Fórum
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