quarta-feira, 25 de junho de 2014

Dilma sela aliança com Pros e diz que campanha será de 'mentiras e boatos'

RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (24) que a campanha eleitoral deste ano terá "muitas mentiras e muitos boatos", em referência ao que chamou de "clima de pessimismo" disseminado por adversários em relação à Copa do Mundo. 

Sem citar nomes de opositores, a pré-candidata petista citou que a realização do Mundial, até agora sem grandes incidentes, contrapôs visão de que a Copa seria "um caos". 

Ela discursou durante a convenção do Pros (Partido Republicano da Ordem Social), realizada nesta terça em Brasília, que aprovou com 94,5% dos votos, apoio à sua candidatura à reeleição ao Palácio do Planalto. O partido é o terceiro a oficializar em convenção o apoio a Dilma e, com isso, adiciona 1min10seg diários no programa eleitoral da presidente na TV –PMDB e PDT já aprovaram o apoio a Dilma. Se a petista conseguir selar todas as alianças que cobiça, terá mais de 11 minutos em cada um dos dois blocos de 25 minutos de propaganda eleitoral. 

"Nós sabemos que essa campanha terá muitas mentiras e muitos boatos, que haverá tentativa de disseminar um clima de pessimismo, esse mesmo clima de pessimismo de alguns que diziam que a Copa ia ser uma vergonha. A vergonha é deles, por não reconhecer que o próprio país é capaz de entregar eventos dessa magnitude", disse a presidente. 

"Essa copa demonstra não a capacidade do governo federal, não de um ou de ouro, mas dos brasileiros, de assumir um evento extremamente complexo em 12 cidades, num país continental. E o que nós vemos? Os voos sem atrasos, os hotéis recebendo os turistas, nós vemos festas, nós vemos a segurança –responsabilidade do governo federal e dos Estados–, um controle tanto para seleções como para nossos visitantes estrangeiros", disse também. 

Segundo ela, seus aliados precisam "reafirmar fatos e números e desmontar todas as mentiras e a desinformação afirmando a verdade". "Quem soube fazer saberá fazer mais. Quem soube fazer saberá mudar mais", afirmou.
 

Da mesma maneira que assumiu um discurso mais sereno do que de seus correligionários na convenção que a aclamou pré-candidata do PT, no último sábado, Dilma disse nesta terça-feira querer fazer uma campanha "da paz", "mas cheia de vigor e de otimismo". 

"Dois modelos estão em jogo: um prega a volta ao passado, prega a volta ao arrocho salarial, ao desemprego, à concentração de renda e à alienação do patrimônio público. O outro modelo, que nós defendemos juntos, é o modelo que propõe a maior distribuição de renda, que propõe a redução da desigualdade e que enfrenta uma conjuntura difícil internacional, mas garante o essencial –emprego e salários–, contrariamente ao que ocorre na Europa", continuou a presidente.

Postado por Helio Borba 

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