Rosalba Ciarlini não aceita a decisão do diretório estadual do Democratas sobre a reeleição. Para ela, o que vale é a convenção do partido.
De Brasília, a governadora Rosalba Ciarlini disse ontem (4) que a decisão do diretório estadual do Democratas sobre a reeleição, anunciada na última segunda-feira (2), não tem validade jurídica.
O diretório do DEM, sob o comando de José Agripino Maia, negou o direito de Rosalba concorrer à reeleição.
Para Rosalba, o que vale é a convenção partidária. E demonstrou estar disposta a brigar pelo direito de concorrer à reeleição no próximo dia 15, data da convenção do DEM.
Rosalba não aceita os argumentos de que o partido prioriza a chapa proporcional - deputados estadual e federal. Segundo a governadora, antes de decidir a proporcional o DEM precisa tratar da majoritária.
A governadora falou que convenção do DEM terá 120 delegados que podem ter um entendimento totalmente diverso do diretório. Na segunda-feira, apenas 59 filiados decidiram sobre o destino de Rosalba.
Sobre a inelegibilidade, Rosalba considera um falso argumento, afinal, só será considerada inelegível se for julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral, coisa que não ocorreu.
Em suma, a governadora considera que a proposta de candidatura à reeleição está em aberto. Só vai se aquietar com a decisão da convenção.
Olha, o destino de Rosalba está gerando muita especulação. Ontem, nos bastidores da política, corria a informação que Rosalba considera a possibilidade de renúncia porque já não aguenta mais tanta perseguição política e tanto abandono. Se perder na convenção do DEM, ela pode renunciar, me dizia um político.
A decisão da CCJ da AL de admitir o processo de impeachment da governadora alimentou as especulações.
Se Rosalba renunciar, quem vai assumir o governo é Robinson Faria, pré-candidato a governador.
A renúncia de Rosalba pode equilibrar mais ainda a sucessão estadual. A conferir.
Por Diógenes Dantas
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