Por Robson Pires |
O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) pediu que o inquérito no qual é investigado por organização criminosa na Operação Lava-Jato continue no Supremo Tribunal Federal (STF) e não seja enviado para o juiz federal Sergio Moro. E mais: solicitou que o processo fique parado enquanto o presidente Michel Temer continuar no cargo. O mandato dele vai até 1º de janeiro de 2019.
O inquérito — chamado informalmente de “quadrilhão do PMDB da Câmara” — é o mesmo em que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot denunciou Temer. Mas como a Câmara não deu autorização para o prosseguimento, a parte do inquérito que trata de Temer e dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, está paralisada. No caso dos demais investigados por organização criminosa, caso de Geddel, o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF, mandou o processo para Moro.
A defesa de Geddel alegou que há conexão entre os fatos ainda investigados no STF e aqueles mandados para a Justiça Federal de Curitiba. Por isso tudo deve ficar na mais alta corte do país. Alternativamente, solicita que, se mantida a decisão de enviar para a primeira instância, o caso seja remetido para a Justiça Federal de Brasília, onde os supostos crimes teriam ocorrido.
O pedido é para que o ministro Fachin reconsidere sua decisão ou, pelo menos, envie o caso para julgamento na Segunda Turma do STF. Além de Fachin, também integram a turma os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.
Fonte: Robson Pires
Nenhum comentário:
Postar um comentário