As caravanas que o ex-presidente Lula
têm realizado Brasil afora demonstram, pelo seu sucesso, que a imensa maioria
da população, mesmo bombardeada, diuturnamente, pela mais sórdida perseguição
jurídico-midiática a uma liderança política, anseia pela sua volta ao comando
da nação.
Ovacionado por onde passava no
nordeste brasileiro, deu-se o mesmo fenômeno ao percorrer as cidades das Minas
Gerais.
Para a desgraça dos grandes barões da
mídia monopolizada que de tudo fazem para jogar as caravanas na invisibilidade,
a emergência das mídias sociais, deram volume e produziram noticiário em tempo
real que alcançaram cifras de milhões de brasileiras e brasileiros de todos os
quadrantes, que acompanhavam e interagiam em cada atividade realizada.
A cada pesquisa de opinião pública
que sai independentemente da metodologia aplicada, Lula segue liderando. A
forte resiliência de Lula, ao mesmo tempo que assusta as elites conservadoras,
faz destilar esse oceano de ódio e preconceito que se dissemina pela população.
O elitismo não conhece o Brasil.
Talvez se fosse Miami, Nova York ou Paris eles compreendessem mais. Estamos em
um país de dimensões continentais, onde a diversidade cultural é escamoteada
pelos principais veículos da mídia televisiva. Eles se surpreendem quando o
povo é chamado a opinar.
O mesmo fenômeno, observado nas
chamadas Caravanas da Esperança será replicado nas periferias dos demais
estados da federação.
O entusiasmo crescente das camadas
populares com a perspectiva da volta de Lula em 2018 faz aflorar por outro lado
a sanha mesquinha daqueles que, mesmo minoritários, consideram-se donatários da
nação brasileira. Esses “senhores” sabem que só um novo governo com nitidez
democrática e popular será capaz, pela força do povo, de barrar o desmonte do
estado nacional.
O golpe perpetrado pelos atuais
inquilinos do Palácio do Planalto tem inspiração clara nas forças do império e
está produzindo um caudal de insatisfações e repúdio na imensa maioria dos
brasileiros. Mantem-se no poder em parte pelo intenso fisiologismo e também
pela omissão do Poder Judiciário, notadamente, o Supremo Tribunal Federal.
Os endinheirados das áreas nobres, os
barões do agronegócio e os privilegiados do sistema financeiro perfazem os 3%
que aprovam Temer e sua trupe.
As forças do atraso movimentam-se no
sentido de tentar barrar, pela via do tapetão, a candidatura de Lula. Entendem
que ao abrir o diálogo sincero e franco com a população Lula tende a ampliar,
em muito, suas bases de apoio.
A nitidez com que se percebe o golpe
parlamentar nos dá a quase certeza que este foi urdido por forças
internacionais, aliadas ao que há de mais podre na política nacional. Os
golpistas impulsionados pela força do capital se encontram encastelados na
Câmara e no Senado da República. Essas forças que sustentam o governo usurpador
estão promovendo a maior rapinagem da história e com isto levando de roldão
conquistas históricas dos trabalhadores.
A banca internacional interessada nas
riquezas brasileiras, notadamente, o petróleo do pré-sal, promove, juntamente,
com os setores conservadores do aparelho de Estado uma verdadeira quebra de
empresas, permitindo a entrada em nosso território dos grandes trustes
multinacionais da construção pesada e da engenharia.
A rapinagem explícita não poupou nem
a Amazônia, considerada o “pulmão” do mundo. Não fosse a resistência dos amplos
setores da sociedade civil organizada parte desse território teria sido
alienado para grupos estrangeiros.
Aos poucos, amplos setores da
população vêm percebendo o que de fato está ocorrendo: mesmo com toda a
blindagem da grande mídia, as redes sociais conseguem furar o bloqueio.
Ressurge nos corações e mentes de
amplas parcelas do povo brasileiro uma esperança de reverter esse estado de
coisas: a liderança de Lula, ancorada em um amplo programa de restauração das
conquistas sociais e em um compromisso cristalino com o desenvolvimento
nacional, é a porta de saída da crise.
Ainda há tempo para deter a marcha da
insensatez iniciada no Brasil há cerca de três anos quando determinados grupos
de comunicação, liderados pela Globo, colocaram em marcha a chamada
"delenda Lula". Desde então, grandes obras de infraestrutura foram
paralisadas, empreiteiras quebraram, um milhão de trabalhadores perderam seus
empregos na construção pesada, uma presidente legítima foi afastada, o povo
perdeu a confiança na democracia e uma quadrilha foi instalada no poder. Como
resultado, a economia brasileira encolheu quase 10%. E Lula, o objeto dessa
caçada midiática e judicial, se mantém resiliente e de pé.
Mais do que isso, como apontam as
pesquisas recentes de institutos como Vox Populi, Ibope, Datafolha e Paraná
Pesquisas, ele lidera todos os cenários sobre sucessão presidencial e tem
chances reais de vencer até no primeiro turno. Incapaz de fabricar um candidato
capaz de oferecer esperanças de dias melhores à população, a direita
brasileira, representada pelo chamado "partido da imprensa golpista",
ora ensaia produzir extravagâncias de laboratório, como o apresentador Luciano
Huck, ora reforça as apostas no tapetão judicial, colocando pressão para que o
Poder Judiciário aceite ser instrumentalizado por grupos de interesse e retire
Lula da disputa com uma canetada.
Uma eleição sem Lula, evidentemente,
prolongaria a crise brasileira porque instalaria na presidência, a partir de
janeiro de 2019, um segundo Michel Temer. Ou seja: mais um ilegítimo, que só
estará no poder porque a elite nacional, refratária à vontade popular, terá
manobrado nos bastidores para fazer valer seus interesses mais espúrios e
mesquinhos. E o Brasil, onde somente 13% hoje dizem confiar na democracia, terá
praticamente se convertido num regime oligárquico, onde eleições servem apenas
de fachada para que os mais fortes imponham sua vontade sobre os mais fracos.
Uma vexame internacional em pleno século 21.
Embora o jogo seja mais do que
explícito, o fator mais intrigante é absoluta falta de lógica nesses
movimentos. Lula presidiu o Brasil durante oito anos, que foram justamente o
período de maior desenvolvimento na história recente do Brasil. Embora seja
acusado de "populista", foi Lula quem tirou equilibrou as contas
públicas, acumulou mais de US$ 300 bilhões em reservas, tirou o País do colo do
Fundo Monetário Internacional e fez com que o Brasil alcançasse o chamado
"grau de investimento". Ou seja: com decisões econômicas sensatas,
somadas a políticas de distribuição de renda, ele criou um ambiente que ampliou
o mercado de consumo e permitiu que as empresas ampliassem seus lucros e
investimentos.
Lula, portanto, já foi testado e
aprovado. A tal ponto que deixou o poder com 87% de aprovação – um recorde
internacional. A tentativa de destruí-lo, capitaneada pela Globo, serviu a inconfessáveis
internacionais, como os das multinacionais do petróleo, que já se assenhoraram
do pré-sal brasileiro, e também às empresas chinesas – muitas delas estatais –
que têm se aproveitado do feirão de ativos no Brasil. Ou seja: nada disso
deveria interessar ao Brasil ou à chamada burguesia nacional.
Fonte> http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
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