Por Robson Pires |
Pronto! Tiraram o bode da sala. O caprino foi escolhido a dedo, pois, além de catinguento, era repulsivo de pelagem, feio como o demônio, magro como lobisomem. Com tão horrível bode expiatório, calam-se todos. Cobras e lagartos que ficaram por ali já não incomodam mais.
O dispositivo anti-incômodo nas redes sociais veio com a reforma eleitoral concebido em minúcias para atrair como um ímã a todas as críticas, desde as mais pesadas. Mal apareceu, chamou a si o fogo pesado das entidades que reúnem donos de jornais, revistas, rádios tevês e as aguerridas associações e sindicatos de empregados do ramo, até os ingênuos blogueiros. A lei com seu conteúdo de censura à livre circulação de opiniões parecia um bicho-papão da liberdade de imprensa. Entretanto, revelou-se um monstrengo capenga e sem dentes, inútil para impedir mentiras e calúnias pelas internet.
Foi como alertou o jornalista Fernando Gabeira, revelando que já há informações de grupos brasileiros não identificados operando robôs sediados no exterior, com suas garras voltadas para o Brasil. Não há como detê-los. Esses duendes cibernéticos vão assombrar candidatos no Brasil, como acontece no Exterior.
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