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BRASÍLIA - O confronto ocorrido
entre a Polícia Militar e manifestantes que protestam nesta terça-feira,
7, em frente ao Congresso Nacional, contra a aprovação do projeto da
terceirização, resultou em oito pessoas feridas e quatro detidas,
segundo a Câmara dos Deputados.
Entre os feridos, dois foram
levados para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) com ferimentos. São
eles: Nelson Canesin, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que foi
levado ao hospital com ferimento na testa; e Aurimar Cordeiro, do
Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais, levado com um
corte na mão e outro na perna.
Dois policiais militares também
foram feridos, um com um corte no rosto e outro atingido na orelha, e
estão sendo atendidos no departamento médico da Câmara. Além dos PMs, um
visitante foi atingido por gás de pimenta, e outro manifestante com um
corte no rosto. Ambos também foram atendidos no departamento médico da
Câmara.
O deputado Vicentinho (PT-SP) foi atingido por spray de
pimenta ao tentar negociar com os manifestantes e necessitou de
atendimento médico da Câmara. O deputado Lincoln Portela (PR-MG) levou
socos e pontapés de manifestantes e gás de pimenta.
Terceirização. O
projeto de lei 4330/2004 é uma proposta para regulamentar a
terceirização de trabalhadores nas empresas brasileiras. Polêmico, esse
projeto corre na Câmara desde 2004 e vem sendo debatido e modificado
desde então.
Para os empresários, é impossível modernizar a
atividade econômica sem facilitar a terceirização. Por outro lado, os
sindicatos sustentam a argumentação de que a terceirização “precariza as
condições de trabalho”.
O relator do projeto, Arthur Maia
(SD-BA), acatou uma série de sugestões do ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, e apresentará um novo texto do PL 4330 durante a apreciação
prevista para ocorrer no plenário da Câmara nesta tarde. A principal
delas é a retenção de impostos e tributos na fonte.
O presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, (PMDB-RJ), afirmou que dará o
tempo necessário para discussão do projeto, mas que só irá para outra
pauta depois que essa for superada, mesmo que a Câmara fique uma semana
sem votar outros temas.
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