sexta-feira, 24 de abril de 2020

3 Mosqueteiros do Supremo cercam os Bolsonaro que partem para o tudo ou nada

Celso de Mello, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes

Ações de ministros podem levar a impeachment de Bolsonaro e prisão dos filhos



São três os mosqueteiros do STF que encurralam os Bolsonaro: Alexandre de Moraes, Celso de Mello e Gilmar Mendes.

Alexandre de Moraes deu cinco dias para Bolsonaro apresentar resultado de seu teste da COVID-19. Mandou também investigar financiadores e organizadores das passeatas que pediam AI-5 e golpe militar. Todos sabemos, e eles mesmos já confessaram, quem são alguns dos financiadores, entre eles o conhecido "Véio da Havan", Luciano Hang. O resultado do teste e as ligações dos organizadores e financiadores com Bolsonaro podem levar a seu impeachment.

Celso de Mello deu prazo a Rodrigo Maia para que ele explique por que até o momento não acolheu nenhum dos mais de 20 pedidos de impeachment de Bolsonaro. Maia, que estava (como Cunha ficou) sentado sobre os processos agora será obrigado a agir ou pode ser condenado por prevaricação.

Gilmar Mendes, a quem cabe julgar se a CPI da Fake News prossegue ou não, já afirmou que é a favor do prosseguimento e esse será seu voto. E a CPI (na verdade CPMI, porque é mista, da Câmara e do Senado) das Fake News já chegou aos filhos de Bolsonaro.

Por conta disso, Bolsonaro partiu para o tudo ou nada. Passou por cima de Moro e tirou o diretor da PF, foi descaradamente às compras no Congresso, com cargos até para Roberto Jefferson, e mandou sinais de fumaça para o atual presidente do STF, Toffoli. Talvez tarde demais.

A verdade é que o quadro nunca esteve tão desfavorável a Bolsonaro. E não apenas nas áreas política e judicial. A pandemia se espalha, ontem houve recorde de mortos, o novo ministro parece ele mesmo um zumbi, e a economia afunda, com o sumido Guedes escanteado, já que tudo o que ele prometeu deu em nada.

O país ferve.

Fonte: Blog do Mello

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