segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Em seu primeiro discurso como presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández pede Lula Livre

No dia da eleição na Argentina, Fernández pede Lula Livre e celebra aniversário do ex-presidente em foto com assessores.
Novo presidente da Argentina disse que vai lutar pela liberdade de Lula.


Recém-eleito presidente da Argentina, Alberto Fernández discursou na noite de domingo [27/10] junto com sua vice, Cristina Kirchner, e demais membros da campanha, na sede da chapa Frente de Todos, em Buenos Aires. Durante sua fala, Fernández pediu a liberdade do presidente Lula, o que provocou um coro de “Lula Livre” na multidão que o assistia.

Enquanto as urnas apuravam os resultados das eleições, o novo presidente da Argentina já havia recordado Lula, mas desta vez em uma foto nas redes sociais. Nela, Fernández posava com os demais membros de sua equipe fazendo o sinal de “Lula Livre”. Na legenda, ele celebrava o aniversário de 74 anos do ex-presidente, que foi neste domingo, e protesta contra a sua prisão política.

Alberto Fernández e Cristina Kirchner venceram as eleições na Argentina em primeiro turno. Votação ocorreu no domingo [27/10] e, com 94% das urnas apuradas, a dupla garantiu 47,85% dos votos, enquanto o atual presidente Mauricio Macri foi deixado em segundo lugar, com 40,65%.
Confira:
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“AMIGO DE LULA” E VETERANO PERONISTA, FERNÁNDEZ É ELEITO PRESIDENTE DA ARGENTINA COM 48% DOS VOTOS
Via BBC Brasil 

Eleito no 1º turno, companheiro de chapa de Cristina Kirchner atua há 30 anos nos bastidores do peronismo; é professor de direito penal, fã de Bob Dylan e dono de um cachorro “instagramer”.

Eleito neste domingo com 48% dos votos, o próximo presidente da Argentina, Alberto Fernández, pode ser um rosto pouco conhecido dos brasileiros, mas é um veterano na política.
Há quase três décadas atua nos bastidores do peronismo, articulando campanhas que levaram ao poder expoentes do Partido Justicialista – sigla à qual é filiado, assim como a companheira de chapa e vice, Cristina Kirchner.

Eles derrotaram o atual mandatário, Maurício Macri, que levou 40,4% dos votos. Na Argentina, é suficiente obter mais de 45% dos votos para ganhar no 1º turno – ou votação acima de 40% desde que haja uma diferença de 10 pontos percentuais para o segundo colocado.

Fernandez é considerado peça fundamental na candidatura presidencial do marido de Cristina, Néstor Kirchner, lançada em 2003 em oposição à corrente peronista mais à direita que governou a Argentina na década de 90, personificada na figura de Carlos Menem, que realizou uma série de reformas neoliberais no país e abriu o capital para estrangeiros.

Alberto é apresentado aos Kirchner em 1997 por Eduardo Valdés, seu colega na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires.

Valdés, por sua vez, conhecera Néstor e Cristina em 1994, em Santa Fé, durante a constituinte que reformou a Carta Magna argentina.

“Estávamos juntos de segunda a quinta, acabamos nos aproximando.”

Alberto, ele conta, gostava de ler o que Kirchner, então governador de Santa Cruz? província no extremo sul do país, na região da Patagônia ?, escrevia. “E me dizia: ‘Me apresenta a ele, quero conhecê-lo’.”

“Um dia Alberto publicou um artigo no jornal, Néstor leu e disse: ‘Esse é seu amigo, do qual me falou? Convida ele pra jantar’.”

A partir desse encontro, algum tempo depois, surgiria o grupo Calafate, think tank progressista criado para tentar renovar o movimento peronista e formular alternativas ao menemismo.

Recebeu esse nome por reunir-se na cidade patagônia de El Calafate.

Depois da crise de 2001, em que a Argentina decretou calote da dívida e o governo reteve por quase um ano as poupanças – o que ficou conhecido como corralito –, o grupo resolveu lançar a candidatura de Néstor.

Alberto Fernández foi um articulador importante tanto antes quanto depois das eleições, já que assumiu a posição de chefe de gabinete.

Virou amigo pessoal dos Kirchner. Em entrevista dada em junho à rádio La Once Diez, seu filho, Estanislao Fernández, de 24 anos, disse que, para ele, os dois ex-presidentes eram “tios”.

“Cresci com Néstor e Cristina vindo à minha casa. Cristina sempre foi amorosa comigo.”

Na mesma entrevista, o jovem contou que, apesar de Alberto ter se divorciado de sua mãe quando ele ainda era criança, sempre esteve presente em sua vida.

“Nos anos em que meu velho trabalhava na Chefia de Gabinete, separado da minha mãe, sempre ia me buscar na escola, sem guarda compartilhada, sem nada.”

Estanislao é cosplayer, streamer do game League of Legends e a drag queen Dyhzy, que soma mais de 100 mil seguidores no Instagram. Diz já ter saído com meninos e há três anos namora Natalia.


Fonte: https://limpinhoecheiroso.com e BBC BRASIL

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