Dez dias de interinidade do Michel Temer no poder foram suficientes para o Brasil descobrir que tem um governo ioiô. Um dia vai, um dia vem. O recuo mais recente, anunciado neste sábado, foi a volta do Ministério da Cultura. Os artistas gritaram, ocuparam diversos espaços do MinC e venceram. Já em meio a crise política, o governo consegue desmoralizar mais ainda a imagem do Brasil, passando uma sensação de insegurança e ilegitimidade a população.
Confira abaixo algumas ações do governo ilegítimo que geram paralisia ao país:
Cultura
1) Temer garantia que a Secretaria Nacional de Cultura seria ocupada por uma mulher. Depois de cinco nãos, incluindo a cantora Daniela Mercury e a jornalista Marília Gabriela, ele escolheu um homem para a função.
Economia
2) Na sua primeira entrevista, Henrique Meirelles preparou os espíritos para a volta da CPMF. Foi podado por vários políticos do entorno de Temer, que decidiram adiar a questão;
Trabalho
3) A reforma da Previdência traria idade mínima para trabalhadores da ativa; como o tema é sensível, também parou em algum buraco negro em Brasília.
Educação
4) Mendonça Filho (DEM-PE), o ministro da Educação que é filiado ao partido que é contra as cotas universitárias, havia anunciado o fim da gratuidade nas universidades públicas. Como não havia combinado com Temer, desdisse que havia dito.
Saúde
5) Assim como ele, Ricardo Barros, da Saúde, dissera que o SUS não deveria mais ser universal. Pegou tão mal que ele também voltou atrás.
Movimentos sociais
6) Temer conseguiu agenda com apenas duas centrais Sindicais que legitimam o seu governo, sendo que, a CUT e a CTB, contrárias ao golpe, representam 40,48% do total de sindicalizados do país.
Minha Casa, Minha Vida
7) O presidente ilegítimo disse que não promoveria cortes nas áreas sociais, mas suspendeu todas as novas contratações do Minha Casa, encerrando com o sonho de milhares de brasileiros de ter a primeira casa própria.
Personalidade zero
8) A profunda crise de personalidade do PMDB, que se entregou há tempos ao fisiologísmo, gera desdobramentos. Temer, que diz governar com a confiança do programa Ponte para o Futuro, entra em contrdição e já é pautado pela cartilha neoliberal tucana. Em entrevista, Fernando Henrique Cardoso já declarou abertamente o desejo de manter Temer sob rédea curta, cumprindo a agenda que os tucanos determinarem. "Se o governo for para o lado errado, o PSDB sai", avisou o ex-presidente.
Todos esses movimentos revelam apenas um governo frágil, sem apoio popular e legitimidade alguma e que não tem força para fazer valer suas posições, gerando falta de firmeza para condução do governo e paralisia ao país.
Do Portal Vermelho, Laís Gouveia, com Brasil 247
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