Carlos Alberto
Saiu a primeira parcial das arcas eleitorais de 2014. No primeiro mês da campanha, o “caixa um'' dos onze presidenciáveis somou R$ 31,2 milhões. O grosso, 91%, saiu da caixa registradora das empresas. Outra parte, 6%, veio do seu bolso, caro contribuinte —é dinheiro público, borrifado na eleição via Fundo Partidário. Apenas 3% foram providos por pessoas físicas, diz o jornalista Josias de Souza em seu blog na Folha de S. Paulo.
Quer dizer: como ocorre em toda eleição brasileira, o baronato não mexe no próprio bolso. Prefere “doar” aos candidatos o dinheiro dos acionistas de suas empresas. Crítico desse fenômeno, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que já presidiu o TSE um par de vezes, costuma dizer:
“Não temos altruísmo no Brasil. E o troco que é cobrado sai muito caro para a sociedade brasileira. Será que essas doações são feitas por uma ideologia, pela adesão a este ou aquele partido? A resposta é desenganadamente negativa.”
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