Data – 7 de abril – este ano, reforça a importância do SUS e chama a atenção para saúde pública, universal e gratuita
Celebrado
todo dia 7(ONTEM) de abril, o Dia Mundial da Saúde, em 2023 tem como tema “Saúde para
todas as pessoas, um direito fundamental” e se apresenta como um chamado para
que a sociedade reflita sobre o direito à saúde. Mais que isso, se engaje na
luta por políticas públicas que fortaleçam o Sistema Único de Saúde (SUS).
Desde sua fundação, o SUS tem sido essencial para o enfrentamento aos problemas
relacionados à saúde pública e crises sanitárias como a pandemia do Coronavírus
que vitimou, somente no Brasil, mais de 700 mil pessoas, além de deixar
sequelas à população.
Desde
o início da pandemia, o SUS mostrou sua importância tanto no combate à Covid-19
como no tratamento dos infectados, salvando milhares de vidas. Essa atuação
heroica, protagonizada por profissionais de saúde em todos os cantos do Brasil,
junto com cientistas e entidades representativas dos trabalhadores, em especial
a CUT, se deu em um cenário de uma verdadeira campanha capitaneada pelo governo
passado contra os métodos disponíveis contra a Covid, a vacina, por exemplo, e
desdenhando da saúde pública, principalmente no que se refere às pessoas mais
vulneráveis.
Das
700 mil mortes por covid-19 no Brasil, cerca de 400 mil seriam evitáveis se o
governo Bolsonaro tivesse agido de forma eficaz para controlar o vírus,
acelerando a compra e distribuição de vacinas.
Essa
‘experiência’ vivida pelo Brasil é foi ponto de partida para que tanto a CUT
quanto o Conselho Nacional de Saúde (CNS) desse início a uma campanha de
conscientização da sociedade sobre a importância do SUS.
O
objetivo é reforçar a luta social em defesa da saúde pública, chamando a
atenção para o direito universal e constitucional à saúde. “O Dia Mundial da
Saúde este ano é uma convocação para que todos e todas reflitam sobre a
importância de se garantir esse direito, por meio do fortalecimento do SUS e
suas políticas, programas e ações de saúde”, diz a secretária de Saúde do
Trabalhador da CUT, Madalena Margarida Silva.
“Estamos
buscamos sensibilizar para a importância de trabalhadores e das trabalhadoras,
famílias e comunidades participarem mais ativamente dessa luta pela melhora das
políticas públicas de saúde, que foram duramente atacadas desde o golpe de
2016”, ela reforça.
Ainda
de acordo com a dirigente, para a CUT e entidades que defendem a saúde, a data
é uma celebração da cidadania e do direito à vida, além de ser uma oportunidade
de reafirmar o compromisso dessas entidades em lutar para que a sociedade possa
“gozar do mais alto nível possível de saúde física e mental”.
7 de
abril
O
foco na saúde pública, defendido pelas entidades, dialoga com os princípios da
Organização Mundial da Saúde (OMS). A data, celebrada todos os anos no dia 7 de
abril, marca o aniversário de fundação da OMS, em 1948. A cada ano se concentra
em uma preocupação específica de saúde pública.
Além
de focar na jornada para alcançar Saúde para Todos, que é o tema deste ano, a
OMS celebrará seu 75º aniversário sob o tema 75 anos melhorando a saúde
pública.
A defesa
da saúde universal e gratuita
O
conceito de saúde universal e gratuita diz respeito ter políticas públicas que
garantam pleno acesso da população ao SUS, o que envolve a atenção primária,
média e de alta complexidade em saúde; serviços de urgência e emergência;
atenção hospitalar; ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária
e ambiental; assistência farmacêutica, entre outras políticas públicas do SUS
A
construção do Sistema Único de Saúde e a implementação de suas políticas
públicas que buscam proporcionar o acesso universal à saúde, historicamente,
sempre envolveram a participação da sociedade nas diversas instâncias do
controle social onde a CUT tem expressiva participação, como o próprio Conselho
Nacional de Saúde (CNS).
“E,
neste ano, o chamado reforça a importância dessa participação”, diz Madalena
Silva.
Políticas
públicas
São
políticas do SUS muitas formas de atendimento e atenção à saúde da população,
entre elas:
-
Estratégia Saúde da Família, que antes do desmonte promovido pelo governo
Bolsonaro chegou a atender 60% da população brasileira;
-
Programa Nacional de Imunizações, o PNI, referência mundial, que disponibiliza
vacinas para as principais doenças que atacam crianças, jovens e adultos e foi
responsável pela erradicação de doenças como o sarampo e a catapora, mas que
também devido aos ataques e cortes de recursos do governo anterior, patinou e
fez com que algumas dessas doenças voltassem a infectar a população;
-
Controle do HIV/AIDS, programa que trata e acolhe milhares de brasileiros e
brasileiras que vivem com HIV, inclusive com fornecimento gratuito de
medicamentos. É um programa que revolucionou o tratamento no Brasil, contribuiu
para a redução da velocidade da disseminação e salvou vidas
-
Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, do Ministério da
Saúde, que estabelece diretrizes e estratégias que organizam a assistência às
pessoas que necessitam de tratamentos e cuidados específicos em saúde mental;
-
Política Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho (PNSST) que promove
ambientes de trabalho saudáveis e seguros, bem como, a Política Nacional de
Saúde do Trabalhador e da (PNSTT) e da Política Nacional de Vigilância em Saúde
(PNVS) no âmbito do SUS com a implementação e fortalecimento das ações no
âmbito da atenção básica e da vigilância em saúde.
Fonte: CUT NACIONAL
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