domingo, 30 de abril de 2023

O nascimento das estrelas

Descobrir idade dos astros é a chave para sua compreensão

Sala de Ciência-Agecom/UFRN

Um, cinco ou dez bilhões de anos? descobrir a idade de uma estrela pode ser uma questão um tanto desafiadora para os cientistas. Esses números ainda incalculáveis separam o nascimento de diferentes astros em pontos distantes do universo. Quando se pesquisa estrelas e exoplanetas, a resposta nunca é simples ou conclusiva. Mas a solução para a questão é o que o astrofísico Sydney Barnes, professor da Universidade de Yale, em passagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), segue tentando solucionar. 

Atualmente pesquisador do Observatório de Potsdam, na Alemanha, Sydney Barnes diz que assim como acontece com os seres humanos, a idade das estrelas tem relação com o tempo decorrido desde a sua formação. Por isso, sua idade é um fator determinante para suas propriedades, como tamanho, temperatura e luminosidade. Além disso, saber a quanto tempo esses astros estão por aí é importante para compreender a evolução estelar, a arqueologia galáctica, o estudo dos exoplanetas e a cosmologia. 

A idade de uma estrela é um fator crítico para entender como ela evoluiu e continuará a evoluir no futuro. O astrônomo José Dias, professor da UFRN, e companheiro de pesquisa de Sidney Barnes, diz que ao estudar estrelas de diferentes idades, os cientistas podem obter informações sobre os diferentes estágios da evolução estelar e os processos físicos que os impulsionam. “As idades estelares também podem fornecer pistas sobre a formação e evolução das galáxias, pois ao estudar as idades das estrelas em diferentes partes de uma galáxia, os astrônomos podem reunir a história de sua formação e desenvolvimento ao longo do tempo”, afirma Dias. 

O pesquisador também compreende que ao estudar os exoplanetas (planetas que se encontram fora do Sistema Solar, em órbita de outras estrelas), saber a sua idade pode fornecer informações sobre a formação e habitabilidade do planeta. Esse tipo de descoberta, por exemplo, ajuda os astrônomos a determinar se um planeta reteve uma atmosfera ao longo do tempo ou se ele foi submetido a intensa radiação que poderia ter arrancado sua atmosfera. 

Representação do PLATO – ESA (Agência Espacial Europeia)

A idade do universo também pode ser estimada pelo estudo da idade das estrelas mais antigas conhecidas. Esta informação é crucial para a compreensão da origem e evolução do universo como um todo. No geral, saber a idade de uma estrela nos permite entender fenômenos como a formação de galáxias e sistemas planetários, além da evolução do próprio universo. 

Segundo os pesquisadores, há várias maneiras de calcular a idade das estrelas, como a análise da composição química, sua posição em diagramas evolutivos ou por meio de sua taxa de rotação. Outros métodos incluem estudar as pulsações da estrela ou seu nível de atividade, medido por seu campo magnético ou pela frequência de suas erupções.

O Telescópio PLATO (Planetary Transits and Oscillations of Stars), da Agência Espacial Européia, é o próximo na fila para lançamento, e parte de um grupo selecionado de telescópios que se juntam ao James Webb na busca por exoplanetas no espaço profundo. 

A busca por exoplanetas é um dos campos mais importantes da astrofísica atual e uma linha de pesquisa do Grupo de astrofísica da UFRN Ge3, do Departamento de Física Teórica e Experimental (DFTE/UFRN). Este satélite irá vasculhar o espaço em busca de exoplanetas, concentrando-se em planetas que se parecem com a Terra, inclusive em termos de idade.

PLATO durante teste de vácuo realizado pela ESA – Foto: ESA

José Dias explica que, ao medir as idades dessas estrelas, o PLATO ajudará a melhorar nossa compreensão da formação e evolução dos sistemas planetários.  “Esperamos que o PLATO contribua significativamente para a compreensão dos exoplanetas e das suas estrelas hospedeiras. As idades das estrelas hospedeiras, por exemplo, podem fornecer pistas importantes sobre o tempo e os mecanismos de formação dos planetas, bem como as condições sob as quais estes se formaram e evoluíram ao longo do tempo”, ressalta.

O “caçador de planetas” PLATO possui 26 câmeras e usará fotometria de alta precisão para procurar e estudar exoplanetas que estejam nas zonas habitáveis de suas estrelas hospedeiras, onde as condições podem ser adequadas para a existência de água líquida e, quem sabe, de vida. Ao combinar informações sobre as idades dessas estrelas com dados sobre seus sistemas planetários, o satélite ajudará a refinar nossa compreensão da habitabilidade de exoplanetas e a probabilidade de encontrar vida além de nosso próprio sistema solar. 

UFRN e PLATO

A UFRN é uma das parceiras da missão PLATO em diversos programas. Além da idade, a parceria também estuda a rotação de estrelas análogas solares e busca exoplanetas através de trânsitos planetários. Todos estes temas fazem parte da pesquisa desenvolvida pelo Grupo de Estrutura, Evolução Estelar e Exoplanetas (Ge3), do Departamento Física Teórica e Experimental (DFTE/UFRN), uma das principais referências nacionais em pesquisa espacial

Professor Sydney Barnes é especialista em astrofísica teórica, computacional e observacional – Foto: José Dias

Na próxima quarta-feira, 3 de maio, o pesquisador Sydney Barnes irá proferir o colóquio Da Idade das Estrelas aos Exoplanetas, em Natal. O evento é aberto ao público e será realizado no Auditório da Escola de Ciência e Tecnologia (ECT), Anfiteatro F, às 17hs, no campus central da UFRN. Além da palestra, será realizado um minicurso sobre evolução estelar no Departamento de Física da UFRN, juntamente com reuniões de pesquisa e definições de colaborações para os alunos da pós-graduação e professores.

Sydney Barnes, é especialista em astrofísica teórica, computacional e observacional. Interessado em evolução de estrelas frias, em aglomerados e no campo, especialmente pesquisa rotação estelar, atividade e idades estelares. Pesquisa desenvolvimento relacionado de isócronas e girocronologia, conexões com convecção, dinâmica de fluidos, magnetohidrodinâmica, asterossismologia, e aspectos dinâmicos da evolução estelar. É PHD em Astronomia pela Yale University.

Fonte: UFRN

Jornalistas da mídia independente alertam Secom: projeto de Orlando Silva favorece Globo e ameaça democracia


Orlando Silva (Foto: Reuters/Dado Ruvic | Bruno Spada/Câmara dos Deputados | Cleia Viana/Câmara dos Deputados).

Foi a primeira reunião do governo com youtubers progressistas; secretário de Política Digital pediu aos comunicadores lista dos pontos críticos

Por Joaquim de Carvalho*

Representantes da mídia independente tiveram nesta sexta-feira reunião com o secretário de Políticas Digitais do Governo Federal, João Brant, que pode ser considerada de importância histórica. O secretário não poderá alegar, no futuro, que desconhecia os riscos para a democracia da aprovação de um projeto de lei que está tramitando na Câmara a toque de caixa, por pressão pública do Grupo Globo.

Aquias Santarém, do Canal Critica Brasil, disse estranhar que o projeto criado para combater fake news determine a remuneração de empresas que praticam o chamado jornalismo profissional - uma expressão vazia, já que o jornalista Aquias não é menos profissional do que os empregados da Globo. 

Por trás da pressão de grandes empresas de comunicação como a Globo, parece existir o interesse de ficar com uma receita maior das plataformas digitais, como Google e YouTube. Na Austrália, lei semelhante garantiu ao grupo de comunicação de Rupert Murdoch recursos adicionais de cerca de R$ 230 milhões por ano.

O youtuber Ronny Telles, por sua vez, alertou que, com o projeto de lei, se aumentará o risco de desmonetização dos canais menores. Pelo texto em tramitação na Câmara, do relator Orlando Silva (PCdoB-SP), bastará uma reclamação para que a plataforma seja considerada formalmente notificada quanto a conteúdo potencialmente desinformativo.

Como as plataformas também terão responsabilidade quanto ao conteúdo, a tendência é que elas retirem postagem (vídeo ou texto), para não correr risco de pagar indenização ou sofrer outro tipo de punição. Com os canais maiores, a tendência é que mantenham o conteúdo. 

"E nós sabemos que não existe um bolsonarista no Brasil que vai denunciar nosso conteúdo, mas milhões", disse.

Ronny Telles já foi vítima da política de dois pesos e duas medidas praticada pelas plataformas mesmo sem a existência de lei. Em seu canal no YouTube, publicou o vídeo em que um homem com a camisa da Seleção Brasileira aparece agarrado a um caminhão em movimento na estrada, durante as manifestações pós-eleitorais. 

A postagem foi retirada pelo YouTube, sob a alegação de que feria as diretrizes da plataforma. Seria estímulo a protestos violentos. Mas o mesmo vídeo continua no canal do UOL.

"Com esse projeto, vai piorar muito", afirmou. "Nosso conteúdo sairá rapidamente do ar, mas os dos canais maiores, não. No limite, poderemos fechar", acrescentou. Os jornalistas da mídia independente ressaltaram que não são contra o combate a fake news e à desinformação. O que chama a atenção é que o projeto de Orlando Silva trate também de publicidade.

João Antonio, do Click Política, lamentou que um projeto que ameace a mídia independente conte com o apoio do governo recém-empossado. Ele disse que nunca foi convidado para nenhum debate sobre a matéria. A reunião na Secom foi solicitada pelo jornalista Aquias Santarém.

Durante o encontro, João Antonio mencionou um artigo publicado nesta sexta-feira em que o jornalista Merval Pereira, do grupo Globo, admite que o objetivo do projeto é pegar o dinheiro da publicidade digital.

"Fizeram um sistema de negócio que tira propaganda da imprensa profissional e usa de graça o noticiário produzido por ela. É um duplo prejuízo para a imprensa, que é a base da democracia brasileira", escreveu Merval.

No artigo, o jornalista do Globo chama essa prática de roubo, e elogia a legislação da Austrália, aquela que fez o milionário Murdoch ficar um pouco mais rico. "É preciso acabar com a bagunça", disse, ao defender a urgência do projeto.

As plataformas não produzem conteúdo, apenas veiculam. E canais da mídia independente têm conteúdo próprio. Analisam, por exemplo, artigos como o de Merval, que já defendeu a Lava Jato, Sergio Moro e a prisão de Lula, em 2018.

Participei da reunião online com a Secom e tive a oportunidade de lembrar que, se a lei estivesse em vigor em 2018, muitos conteúdos sobre a prisão de Lula poderiam ter sido retirados do ar. Não os conteúdos que elogiavam Moro, mas os que diziam ser a sentença ilegal.

Esses textos, que a história mostrou estarem corretos, poderiam na época serem considerados de desinformativos ou até ataque às instituições. 

Com essa lei em vigor em 2016, o golpe contra Dilma poderia ser chamado de golpe? Formalmente, foi impeachment, e era assim chamado pela dita "imprensa profissional".

A urgência da discussão de um projeto tão importante como este de combate a fake news não interessa à democracia. 

Em outros momentos da história, a pressa resultou em danos gigantescos. Em 2013, também houve pressa para rejeitar a PEC 37, que reafirmava o mandamento constitucional de que a polícia investiga e o Ministério Público faz o controle externo da polícia.

Também houve pressa na aprovação da lei 12.850, de 2013, que criou o instituto da colaboração premiada. Em ambos os casos, a urgência resultava da pressão das Jornadas de Junho. 

Tanto a rejeição da PEC 37 quanto a aprovação da lei da delação foram eventos essenciais para colocar de pé a Lava Jato, que resultou no ataque à indústria da construção pesada e na mudança da política de preços da Petrobras, favorecendo fabricantes de derivados em outros países.

Como o Dieese apurou, a Lava Jato provocou diretamente o desinvestimento de mais de R$ 172 bilhões e a eliminação de 4,4 milhões de empregos. 

Se a PEC 37 fosse aprovada e não houvesse a lei da delação, talvez Dilma não tivesse sido deposta, Lula não tivesse sido vítima de uma prisão política e Bolsonaro continuasse apenas um deputado do baixo clero da Câmara.

Recomendei que a reunião na Secom fosse gravada para que, no futuro, houvesse registro de que meia dúzia de jornalistas independentes estava ali apelando para que o governo não endosse um projeto de lei que, aparentemente justo, poderá servir de instrumento contra a democracia. É preciso mais debate.

A mídia independente foi construída com muito sacrifício e levou tempo para se consolidar, e hoje tem milhões de seguidores. Enfraquecê-la ou até destruí-la será muito mais rápido. 

E aí não haverá contraponto quando a "imprensa profissional", que eu prefiro chamar de velha imprensa, produzir conteúdo desinformativo, como fez em muitos períodos da história, sempre que seu projeto liberal ou neoliberal deixou de ser executado.

.x.x.x.

O secretário João Brant pediu aos jornalistas que participaram da reunião para formalizar propostas ao texto em discussão no Congresso. Ele fez questão de dizer que o projeto não é do governo, mas que apoia a regulamentação das plataformas e que a rapidez da tramitação foi uma decisão da Câmara, e o governo não se opôs, por entender que, depois do 8 de janeiro, esta foi uma "janela de oportunidade" que se abriu.

Uma nova reunião será realizada.

 *Jornalista - via Brasil247

DIA HISTÓRICO No 1º de Maio, CNTE leva às ruas defesa dos direitos da classe trabalhadora

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)  participará das mobilizações em todo país na próxima segunda-feira, 1º de Maio, Dia de Luta da Classe Trabalhadora.

Com a bandeira "Emprego, Direitos, Renda e Democracia", o ato em São Paulo ocorrerá no Vale do Anhangabaú, região central da capital paulista, e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O evento organizado pelas centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB Intersindical apresentará uma agenda com 15 pautas prioritárias, dentre as quais, a revogação do Novo Ensino Médio (NEM), que rebaixou a qualidade do ensino e prejudica estudantes e os profissionais da educação.

Leia mais: especial da CUT transmitirá 1º de maio em todo o país

A discussão sobre um novo modelo para essa etapa do ensino é uma das prioridades da CNTE, que têm debatido e lutado para acabar com o modelo em vigor atualmente no país.


O ato de São Paulo será o nacional e pode ser acompanhado também pelas redes sociais e canais do Youtube das Centrais Sindicais e parceiros. Além das manifestações políticas, o 1º de Maio deste ano contará com a apresentação dos artistas Zé Geraldo, Toninho Geraes e Almirzinho, Dexter, Edi Rock, MC Sofia, Ilú Obá de Min, Arnaldo Tifu, DJ Cranmarry, Samantha Schmütz & Gêmeos da série Sintonia.

Leia mais: veja cidades que terão atos e quais são as 15 pautas 

Voz das ruas

O presidente da CNTE, Heleno Araújo,  acredita que ocupar cada espaço do país é fundamental para denunciar os abusos que atacam os direitos da classe trabalhadora e anunciar a pauta para os poderes executivo e legislativo.

“Será o primeiro ano de um governo federal comprometido com a classe trabalhadora e isso aumenta a nossa expectativa de avançarmos na aplicação dos nossos direitos trabalhistas.Só conquistamos direitos com muita luta e isso exige uma efetiva participação de todos, todas e todes”, defendeu.

Momento de reflexão e luta

Para o secretário de Relações Internacionais da confederação, Roberto Franklin de Leão, o Dia da Classe Trabalhadora é um momento de reflexão sobre o atual momento do mundo do trabalho, em que a tecnologia é colocada a serviço de poucos e utilizada para exploração dos trabalhadores e trabalhadoras, com a diminuição dos empregos por meio da substituição por máquinas.

“A tecnologia precisa estar a serviço de todos e não apenas de uma minoria que lucra com ela. Na educação, vemos a questão do ensino a distância. Não somos contra, mas deve ser um auxiliar, não uma forma de substituir os profissionais da educação no formato presencial para  baratear o processo de ensino. Basta ver como atuam as grandes escolas privadas que têm um ensino diferenciado. Essas continuam com muitos professores e muitas professoras porque entendem que a educação deve se pautar pela relação entre pessoas”, pontua.

Para isso, a mobilização e a participação de toda a categoria nos atos organizados nas quatro regiões do país é muito importante.

Confira abaixo a agenda de mobilizações

Aracaju (SE)
1º de maio às 8:30h na escola Vitória de Santa Maria (próximo ao Banese no bairro Santa Maria).

 Belém (PA)
O ato será antecipado para o dia 30 (domingo), na Praça da República, a partir das 9h.

 Belo Horizonte (MG)
1º de maio Praça da Assembleia Legislativa – 9h.

 Boa Vista (RR)
Será realizado o Festival dos trabalhadores e das trabalhadoras 17h na sede do PT (Av. Bejamim Constant, 2552 – bairro São Vicente).

 Na capital de Roraima também haverá panfletagens nos dias que antecedem a data.

 29/04 - às 8:30h panfletagem na feira do Pintolândia (Rua Pedro Aldemar Bantim - Sílvio Botelho) - Concentração no posto de combustível Caxirimã e;

 30/04 - às 8:30h panfletagem na feira da Ataíde Teive (Av. Ataíde Teive - Asa Branca) - Concentração no cruzamento das avenidas São Sebastião com Ataíde Teive

 Brasília (DF)
1º de maio às 10h na Feira Central de Ceilândia

 Florianópolis (SC)
1º de maio às 14h no Largo da Alfândega;

 No domingo (30/4) a festa será antecipada em duas cidades do estado de Santa Catarina.

São Miguel do Oeste: 30/04 às 15h na Praça Walnir Bottaro Daniel e;

Caçador: 30/04 às 22h30 no Clube Sociedade Caçadorense de Bochas (Baile do Trabalhador).

 Fortaleza (CE)
1º de maio às 8h no cruzamento das avenidas Leste-Oste e Dr. Theberge.

 Goiânia (GO)
1º de maio às 15h na Praça do Trabalhador, Setor Central de Goiânia

 João Pessoa (PB)
1º de maio às 15h na praia de Cabo Branco

 Maceió (AL)
1º de maio às 8h no Pajuçara (antigo CRB)

 Natal (RN)
1º de maio às 13h no bairro das Rocas, na rotatória da rua Pereira Simões (de frente à Esquina Prime)

 Porto Alegre (RS)
1º de maio Praça da Usina do Gasômetro – 14h

 Recife (PE)
1º de maio às 10h, bairro do Pina, na altura do Edifício JCPM (João Carlos Paes Mendonça)

 Rio de Janeiro (RJ)
1º de maio no Parque Madureira às 9h

 Salvador (BA)
1º de maio às 14h no Farol da Barra

 São Luís (MA)
Além da comemoração numa grande romaria, na Igreja da Penha, Anjo da Guarda, no 1º de Maio, haverá panfletagens nos dias que antecedem a comemoração.

 28/04 às 16h na Praça Deodoro

 29/04 às 7h nas feiras da Liberdade e João Paulo

 30/04 às 7h, na feira do bairro de Fátima

 São Paulo (SP)
1º de maio às 10h, no Vale do Anhangabaú, centro

 Teresina (PI)
1º de maio às 8h na Praça da Integração (Parque Piauí)

Vitória (ES)
1º de maio na Praça José Luiz Gobbi, Portal do Príncipe, em frente a Rodoviária de Vitória às 8h

Fonte: CNTE

sábado, 29 de abril de 2023

Adilson Araújo prestigia posse de João Jorge como novo presidente da Fundação Palmares


Foto: Reprodução / Facebook

Soteropolitano, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, prestigiou na última quinta-feira (27) a posse do seu conterrâneo João Jorge como novo presidente da Fundação Palmares.

“A Palmares não é minha, não é nossa, é do povo brasileiro”, disse o fundador do bloco afro Olodum, durante o seu discurso na cerimônia realizada em Brasília. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, que também é ligada à música baiana, esteve ao lado de João Jorge durante o evento.

João Jorge se emocionou ao falar que o símbolo da Fundação Palmares, um machado que representa a justiça, voltou para a instituição. Nas religiões de matriz africana, o machado também simboliza o orixá Xangô.

“Eu estou falando emocionado porque estive com os presidentes da Palmares e depois cheguei em Brasília e encontrei as fotos deles jogadas em um depósito. Um funcionário me entregou os tapetes com a marca de Xangô e disse que escondeu para não jogarem fora”, contou João Jorge.

Fonte: CTB NACIONAL

Presidente da CTB defende pressão no 1º de Maio: ‘Caminho para as mudanças será árduo e permeado pelo acirramento da luta de classes’

 


O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, defendeu uma “forte mobilização” dos movimentos sindical e sociais, bem como do povo, no ato unificado da próxima segunda-feira (1º), como forma de pressionar o governo a implementar as promessas feitas durante o período eleitoral.

Em vídeo de avaliação dos 100 primeiros dias de governo, o dirigente ressaltou que o caminho para as mudanças “será árduo e permeado pelo acirramento da luta de classes”. “Será necessária uma forte mobilização da classe trabalhadora e do nosso povo para materializar os compromisso da campanha política de 2022 e promover as transfomações tão almejadas”, destacou Adilson.

De acordo com o presidente da CTB, a luta contra os juros altos e pelo fortalecimento dos bancos públicos “merece atenção prioritária”, pois são condições indispensáveis para a retomada do desenvolvimento nacional.

“O cenário econômico, marcado pela desaceleração das atividades produtivas, juros altos, inflação e carestia da cesta básica é preocupante. Reclama mudar a política de preços da Petrobras e adotar outras medidas para deter a escalada dos preços, especialmente dos alimentos. A política monetária, capitaneada pelo Banco Central, agora independente, conspira abertamente contra a recuperação da economia, perpetuando a estagnação. Uma taxa de juros a 13,75% frustra qualquer projeto de crescimento econômico”, salientou Araújo.

Durante o ato unificado do 1º de Maio, as centrais sindicais hastearão as bandeiras da democracia, da soberania e dos direitos da população, em defesa de um Brasil mais humano e menos desigual. O evento principal será realizado a partir das 10h, no Vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo, com shows de vários artistas. Entre as atrações confirmadas estão Zé Geraldo, Edi Rock, Dexter, Samanta Schmutz e Gêmeos da série Sintonia, DJ Cranmarry, Olú Obá De Min e MC Sofia.

Confira o chamamento de Adilson Araújo para o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora.

Fonte: CTB NACIONAL

Artevillar e os que são contra o PL2630, das Fake News

 


Fonte: https://www.blogdomello.org

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Governador bolsonarista de São Paulo lança fake news contra Lula para alimentar redes golpistas

 

O governador bolsonarista de São Paulo Tarcísio de Freitas divulgou uma fake news em mídia oficial do estado, que afirmava que a Ucrânia havia desistido de investir US$50 bilhões de dólares no Brasil, em resposta a declarações de Lula sobre a guerra da Ucrânia. A quantia 50 vezes bilionária, que representa simplesmente 1/4 do PIB da Ucrânia, seria utilizada no projeto de construção de aviões Antonov no país. Tudo mentira. A Antonov emitiu nota em que afirma que nenhum representante da empresa negociou qualquer projeto nem qualquer quantia no Brasil.

A CNN, que já havia publicado um vídeo manipulado sobre o 8 de janeiro, repercutiu a mentira, mas depois se desculpou [imagem abaixo], quando o estrago já estava feito: as redes bolsonaristas espalharam que Lula havia causado prejuízo de US$50 bilhões ao país. Aliás, esse parece ter sido o objetivo da nota do governo de SP e da matéria da CNN.

O  bolsonarista Tarcísio agiu como seu chefe Jair e não deu declaração alguma sobre o assunto. Só falta agora ele dizer que estava doidão, sob efeito de morfina...

O Blog do Mello é e vai continuar a ser de livre acesso a todos, sem popups de propaganda.

Lula é a voz da razão; é preciso escutá-la

  Foto: Ricardo Stuckert/PR

Por Marcelo Zero*

George Bernard Shaw afirmou que a paz não é apenas melhor que a guerra, mas infinitamente mais árdua.

Lula que o diga.

Sua proposta de buscar uma paz para o terrível conflito na Ucrânia é, com grande frequência, mal entendida e criticada por quem defende ambos os lados da guerra.

Assim, quando o Brasil, já sob o governo Lula, votou por condenar a invasão da Ucrânia na Assembleia - Geral da ONU, houve uma chuva de críticas de indivíduos que viram naquele voto, que reiterava posições anteriores, um “retrocesso”, um “abandono da neutralidade” e, uma “concessão aos EUA e aliados”.

Por outro lado, toda vez que Lula observa que a Rússia não é a única culpada pela guerra e que os EUA e aliados deveriam incentivar menos o conflito e se empenhar mais na obtenção da paz, o mundo vem abaixo e logo surgem as acusações de que o presidente brasileiro é pró-Putin e um apoiador da “agressão”.

A histeria impera. O grande Celso Amorim, por exemplo, foi obrigado a ouvir um conhecido comentarista exigir, aos berros, que ele deveria ter visitado a Ucrânia, na mesma viagem em que Amorim fez uma visita à Rússia. A logística impossível pouco importava.

Costuma-se dizer que a primeira vítima da guerra é a verdade. Na realidade, a primeira vítima é a razão. A guerra gera, com frequência, um nevoeiro de ódio que cega qualquer racionalidade.

Mas a busca da paz não pode prescindir, sobretudo, da razão.

A insistência em julgamentos morais simplórios, com base em uma interpretação muitas vezes parcial e enviesada dos acontecimentos históricos que levaram ao presente conflito, não será capaz de conduzir à paz ou, ao menos, a um cessar-fogo.

Com efeito, se parte-se do pressuposto de que a Rússia é uma potência agressora que invadiu a Ucrânia sem nenhum motivo, e que, portanto, todos os países deveriam apoiar o esforço de guerra dos ucranianos, a paz não tem a menor chance de prosperar.

Ao contrário, a guerra tende a se alastrar e se aprofundar, com consequências nefastas para todo o mundo.

Se essa guerra antepõe, de forma maniqueísta, o Bem contra o Mal, como querem vastos setores desinformados da nossa mídia, então trata-se de uma guerra santa, que só poderá ser encerrada quando o primeiro derrotar inequivocamente o segundo.

Mesmo que isso signifique, no limite, a Terceira Guerra Mundial.

Ora, a primeira pré-condição óbvia para que se chegue a um armistício é reconhecer a Rússia como um interlocutor legítimo. Se isso não for feito, e se Putin continuar a ser caracterizado como um demônio perverso, não haverá processo de paz.

É por isso que Lula e a diplomacia brasileira, embora tenham condenado sistematicamente a invasão a Ucrânia como uma clara violação da Carta das Nações Unidas, evitam posicionamentos desequilibrados que impeçam a busca racional do diálogo e das negociações.

EUA e alguns aliados europeus parecem, muitas vezes, não querer escutar a razão dos que buscam a paz.

Nem todos, porém.

José Luis Zapatero acabou de publicar um magnífico artigo, no El País, intitulado Escuchem a Lula da Silva.

Nesse artigo, Zapatero afirma, com toda razão, que é necessário

“reafirmar e atualizar os princípios fundadores das Nações Unidas, da Carta de São Francisco e, de forma singular, desse ambicioso programa comum representado pelos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), que constituem seguramente o compromisso mais exigente que a comunidade internacional já conseguiram. É impensável que se possa avançar no seu cumprimento num clima de confrontação e guerra fria. Os ODS pedem diálogo, cooperação e estabilidade global.”

Pois bem, esse projeto de longo prazo de multilateralismo, paz, cooperação e equidade global é, afirma Zapatero, um projeto de Lula.

Segundo esse notável ex-mandatário espanhol,

“desde que iniciou seu terceiro mandato, o presidente Lula promoveu uma nova conjuntura política global. No pouco tempo decorrido, ele afirmou, em sua visita aos EUA, um diálogo construtivo com o presidente Joe Biden; ratificou sua atitude de colaboração com a China e os BRICS; recebeu o chanceler alemão; formulou uma proposta de paz para a Ucrânia com a criação de um G-20 para esse fim; ele conversou com o presidente Volodímir Zelenski; e seu assessor especial, o respeitado diplomata Celso Amorim, se reuniu com Vladimir Putin.”

Zapatero conclui seu artigo com a seguinte passagem:

“Na noite de 30 de outubro do ano passado, dia da vitória eleitoral de Lula, ouvi estas palavras dirigidas aos convidados que vieram a São Paulo para apoiá-lo: ‘Não merecemos uma nova guerra fria e não vamos aceitar isso. Não merecemos tanta pobreza e desigualdade no mundo e vamos mudar isso’. Quem tem essas convicções, em um momento como o atual, e à frente de um país como o Brasil, por sua vez, merece todo o nosso encorajamento e apoio, o dos defensores do diálogo político, da ação decidida em prol da paz e do compromisso com os esquecidos para sempre.”

Felizmente, a avaliação de Zapatero sobre Lula não é isolada.

Na realidade, a maior parte dos países do mundo não quer se envolver nessa perigosa guerra e deseja sinceramente que ela acabe logo, antes que se transforme em um conflito de grandes proporções.

Nesse sentido, Lula está, corajosamente, dando voz à maior parte da comunidade internacional, que não está cega de ódio e que procura soluções racionais para pôr fim à guerra.

Lula é, nesse momento, a voz da razão.

É preciso escutá-la.

*Marcelo Zero é sociólogo e especialista em Relações Internacionais.

**Fonte: Viomundo

STF retoma julgamento sobre correção das contas do FGTS

  Foto: Reprodução/internet

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma hoje (27) o julgamento sobre a legalidade da utilização da Taxa Referencial (TR) para correção das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Na semana passada, os ministros Luís Roberto Barroso e André Mendonça votaram para considerar inconstitucional o uso da TR para correção. Para os ministros, a remuneração das contas não pode ser inferior ao rendimento da caderneta de poupança.

Após as manifestações dos dois magistrados, a sessão foi suspensa e será retomada nesta quinta-feira, às 14h. Faltam os votos de oito ministros. Em função da aposentadoria de Ricardo Lewandowski, a Corte não conta com o voto do 11° ministro.

O caso começou a ser julgado pelo Supremo a partir de uma ação protocolada pelo partido Solidariedade, em 2014. A legenda sustenta que a correção pela taxa, que tem rendimento próximo de 0% ao ano - não remunera adequadamente os correntistas, perdendo para a inflação real.

FGTS

O fundo foi criado em 1966 para substituir a garantia de estabilidade no emprego. O FGTS funciona como uma poupança compulsória e proteção financeira contra o desemprego.

No caso de dispensa sem justa causa, o empregado recebe o saldo do FGTS, mais a multa de 40% sobre o montante.

Após a entrada da ação no STF, leis começaram a vigorar, e as contas passaram a ser corrigidas com juros de 3% ao ano, o acréscimo de distribuição de lucros do fundo, além da correção pela TR.

AGU

No início do julgamento, a Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu a extinção da ação. No entendimento da AGU, as leis 13.446/2017 e 13.932/2019 estabeleceram a distribuição de lucros para os cotistas. Dessa forma, segundo o órgão, não é mais possível afirmar que o emprego da TR gera remuneração menor que a inflação real.

Fonte: Agência Brasil

Com Potiguar Notícias

segunda-feira, 24 de abril de 2023

NOTA PÚBLICA - Não devemos sucumbir ao medo e ao pânico que, deliberadamente forjados, tem como objetivo atingir a própria educação brasileira

Nessa última semana, as notícias que tomaram conta das redes sociais e dos aplicativos de mensagens, sobre ameaças de atentados contra as escolas brasileiras, objetivam criar pânico, instaurar o medo e esvaziar nossas escolas. Trata-se de um procedimento e método antigos que, com objetivos espúrios e ardilosos, têm direcionamento político e interesses nefastos óbvios: fortalecer uma pauta que, vencida nas últimas eleições, mas com muita adesão social, a extrema direita brasileira tenta impor ao conjunto da sociedade.

Atentados e agressões de toda ordem contra nossas escolas não têm data e nem hora marcada. Quando ocorrem, demonstram, ao fim e ao cabo, o esgarçamento total das relações sociais das nossas sociedades. A segurança nas escolas deve ser preocupação constante de todos os governos e deve ser feita por aqueles que têm a missão e atribuição legais para isso. Forjar esse clima de terror junto às nossas crianças e comunidade escolar como um todo não deve nos orientar para interesses armamentistas dissimulados que começam a ganhar terreno no debate público.

É fundamental que, a exemplo das medidas que já foram indicadas pelo Governo Federal, as autoridades locais (municipais e estaduais) comecem a identificar e punir de forma exemplar e rigorosa a proliferação desse tipo de discurso de ódio
que tomou conta das redes sociais. Por outro lado, é também dever dos governos cumprir as políticas públicas de Estado para a área da Educação, determinadas na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e nas Leis dos Planos Decenais de Educação.

Infelizmente, as maiores vítimas desse clima de pânico e medo são nossas próprias crianças e jovens. Quando encontram na escola esse tipo de clima, a educaçã brasileira como um todo falhou. É urgente que, como sociedade, reajamos a isso de forma ativa e altiva. O primeiro passo é não sucumbir a essa estratégia maquiavelicamente maquinada por esses setores sociais que tentam, a todo custo, impor essa pauta e agenda social. A segurança nas escolas não virá de políticas educacionais que transformem nossas unidades escolares em presídios ostensivamente vigiados. A melhor estratégia de segurança é envolver todo o conjunto da comunidade escolar na definição e implementação de uma escola segura e que seja, sobretudo, um ambiente de paz.

Não nos imporão o medo como medida educativa. As escolas devem ser espaços de liberdade e de formação plena das nossas crianças e jovens. Sabemos que o ardil intentado no dia de hoje é coisa forjada por setores com interesses políticos vis e, em alto e bom som, dizemos que não prosperarão! A educação continuará a ser o principal instrumento de construção de uma sociedade livre, justa e democrática.

Brasília, 20 de abril de 2023
Direção Executiva da CNTE