domingo, 27 de novembro de 2022

Minidrone no ar - UFRN


UFRN recebe nova concessão de patente para um Microvant

Wilson Galvão – AGIR/UFRN

Um Microveículo Aéreo não Tripulado, chamado Microvant, com características que permitem seu uso em missões militares, áreas de monitoramento agrícola, reconhecimento de locais de difícil acesso, monitoramento de fronteiras, busca e salvamento em desastres, recebeu nesta quarta-feira, 16, o registro de propriedade intelectual definitivo. 

A funcionalidade diferenciada do equipamento é alcançada pelo fato de ele possuir tamanho e peso reduzidos. “Porém uma das principais preocupações no projeto foi fazer com que o mesmo possuísse grande autonomia de voo e fosse capaz de levar uma carga para realizar missões autônomas, trazendo informações ao usuário”, pontua Alysson Nascimento de Lucena.

Na época aluno do doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e de Computação, Alysson acrescenta que o Microvant possui baixo risco durante a operação e simplicidade no uso, diminuindo a burocracia e facilitando sua aplicação em áreas povoadas. Orientador da tese que resultou na patente, Luiz Marcos Garcia Gonçalves, contextualiza que a invenção também apresenta baixo custo de produção e manutenção, com decolagem por lançamento manual e pouso sem necessidade de pistas apropriadas, além de baixo RCS (Radar Cross Section) ou baixa resposta a radar, tornando-a útil em aplicações militares.

Microveículo Aéreo não Tripulado (Microvant) tem dimensão inferior a 30 centímetros e peso inferior a 200 gramas – Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

“A aeronave é pouco perceptível visualmente devido às suas dimensões reduzidas, o que também facilita a sua camuflagem após o uso. A presente invenção teria vantagem em comparação com os demais Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) em operação em vários aspectos. Um deles é que, pelo mesmo custo de um Vant, pode-se ter uma frota de Microvants varrendo uma área muito maior em uma missão ou operando durante um período de tempo maior”, salienta o professor do Departamento de Engenharia de Computação e Automação da UFRN.

Pesquisador vinculado ao laboratório NatalNet, Gonçalves frisa que, durante o período em que estavam elaborando o pedido para patentear a tecnologia, no ano de 2016, entre os modelos Vant com depósitos de patente existentes e outros utilizados em sistemas comerciais sem patentes, verificou-se que nenhum deles combina as características apresentadas pelo presente invento, como os aspectos de peso, risco de operação às pessoas e instalações físicas e custo de produção e manutenção baixos, além de requerer número reduzido de pessoas para operá-lo, com decolagem por lançamento manual e pouso sem necessidade de pistas apropriadas, além de apresentar baixo RCS.

Entre os tipos de aeronave mais utilizados estão os multirrotores, tais como tricóptero, quadricóptero, hexacóptero e seus derivados. Essas aeronaves são mais usadas por possuírem um processo de manuseio e controle relativamente mais simples do que o de veículos aéreos do tipo aeroplanadores, por exemplo. Além desses fatores, o projeto de aeroplanadores em menor escala requer maior esforço.

Fonte: UFRN

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