UFRN recebe nova concessão de patente para um Microvant
Wilson
Galvão – AGIR/UFRN
Um
Microveículo Aéreo não Tripulado, chamado Microvant, com características que
permitem seu uso em missões militares, áreas de monitoramento agrícola,
reconhecimento de locais de difícil acesso, monitoramento de fronteiras, busca
e salvamento em desastres, recebeu nesta quarta-feira, 16, o registro de
propriedade intelectual definitivo.
A
funcionalidade diferenciada do equipamento é alcançada pelo fato de ele possuir
tamanho e peso reduzidos. “Porém uma das principais preocupações no projeto foi
fazer com que o mesmo possuísse grande autonomia de voo e fosse capaz de levar
uma carga para realizar missões autônomas, trazendo informações ao usuário”,
pontua Alysson Nascimento de Lucena.
Na época
aluno do doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e de
Computação, Alysson acrescenta que o Microvant possui baixo risco durante a
operação e simplicidade no uso, diminuindo a burocracia e facilitando sua
aplicação em áreas povoadas. Orientador da tese que resultou na patente, Luiz
Marcos Garcia Gonçalves, contextualiza que a invenção também apresenta baixo
custo de produção e manutenção, com decolagem por lançamento manual e pouso sem
necessidade de pistas apropriadas, além de baixo RCS (Radar Cross Section)
ou baixa resposta a radar, tornando-a útil em aplicações militares.
Microveículo Aéreo não Tripulado (Microvant) tem
dimensão inferior a 30 centímetros e peso inferior a 200 gramas – Foto: Cícero
Oliveira – Agecom/UFRN
“A
aeronave é pouco perceptível visualmente devido às suas dimensões reduzidas, o
que também facilita a sua camuflagem após o uso. A presente invenção teria
vantagem em comparação com os demais Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) em
operação em vários aspectos. Um deles é que, pelo mesmo custo de um Vant,
pode-se ter uma frota de Microvants varrendo uma área muito maior em uma missão
ou operando durante um período de tempo maior”, salienta o professor do
Departamento de Engenharia de Computação e Automação da UFRN.
Pesquisador
vinculado ao laboratório NatalNet, Gonçalves frisa que, durante o período em
que estavam elaborando o pedido para patentear a tecnologia, no ano de 2016,
entre os modelos Vant com depósitos de patente existentes e outros utilizados
em sistemas comerciais sem patentes, verificou-se que nenhum deles combina as
características apresentadas pelo presente invento, como os aspectos de peso,
risco de operação às pessoas e instalações físicas e custo de produção e
manutenção baixos, além de requerer número reduzido de pessoas para operá-lo,
com decolagem por lançamento manual e pouso sem necessidade de pistas
apropriadas, além de apresentar baixo RCS.
Entre os
tipos de aeronave mais utilizados estão os multirrotores, tais como tricóptero,
quadricóptero, hexacóptero e seus derivados. Essas aeronaves são mais usadas
por possuírem um processo de manuseio e controle relativamente mais simples do
que o de veículos aéreos do tipo aeroplanadores, por exemplo. Além desses
fatores, o projeto de aeroplanadores em menor escala requer maior esforço.
Fonte: UFRN
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