terça-feira, 10 de março de 2020

Os efeitos da desastrosa política ambiental de Bolsonaro: multas ambientais caem 34% em 2019


Desde que o diário britânico Guardian publicou um texto sobre o boicote a empresários que sustentam o bolsonarismo, proposto originalmente nas redes sociais brasileiras, várias listas circulam com os nomes das empresas e seus proprietários.
Congresso em Foco publicou uma das muitas listas:
Ampla Projetos (consultoria financeira) – Dilermando Garcia Ribeiro Júnior
Bemisa (mineração) – Marcelo Pessoa
Beauty’in (beleza) – Cris Arcangeli
Bio Ritmo (academia de ginástica) – Edgard Corona
Cae Fisio (fisioterapia) – Caê
Centauro (artigos esportivos) – Sebastião Bonfim
Coco Bambu (restaurante) – Afrânio Barreira
FKO Empreendimentos (setor imobiliário) – Otávio Fakhoury
Galápagos (setor financeiro) – Marcelo Pessoa
Gazeta do Povo (mídia) – Guilherme Cunha Pereira
Gocil (segurança) – Washington Cinel
Havan (comércio de varejo) – Luciano Hang
Madero (restaurante) – Junior Durski
Madetec (móveis) – Luciano Morassutti
Mauá Investimentos (setor financeiro) – Otávio Fakhoury
Polishop (varejo, mídia e e-commerce) – João Apolinário
Riachuelo (comércio de varejo) – Flávio Rocha
Smart Fit (academia de ginástica) – Edgard Corona
Porém, há listas mais amplas, que abrangem todos os integrantes do Movimento Brasil 200, que se define como “a maior rede de mobilização política de nosso país”.
O grupo, organizado dentre outros por Flávio Rocha, o dono da rede Riachuelo, trabalha pela política econômica do bolsonarismo.
Rocha ficou famoso por suas previsões estapafúrdias.
Em março de 2016, disse à BBC que a retomada de investimentos — no caso da derrubada de Dilma Rousseff — seria “instantânea” e apontou a Argentina como exemplo: “É o que está acontecendo na Argentina. Não precisou de dez dias para a criação de um círculo virtuoso”.
Ele se referia à Argentina de Maurício Macri, presidente neoliberal que eventualmente levou o país vizinho de volta ao FMI.
Rocha, defensor do estado mínimo, cogitou disputar o Planalto, mas acabou abraçando o bolsonarismo.
Com o superministro dos sonhos dele na Economia, porém, o PIB cresceu menos que no governo do usurpador Michel Temer.
No momento, o alvo do Brasil 200 é a reforma tributária que tramita na Câmara, sob Rodrigo Maia.
Mas o presidente do Instituto Brasil 200, Gabriel Kanner, já publicou um artigo na Folha de S. Paulo pedindo investigação do STF.
“Existem diversos indícios de abuso de autoridade e crimes de responsabilidade cometidos pela suprema corte do país, e a CPI da Lava Toga é a única ferramenta constitucional que temos para começar a investigar estes abusos”, ele escreveu.
Agora, ao menos oficialmente, o Brasil 200 não está militando pelo protesto de 15 de março, em que a extrema direita vai à rua contra o Congresso e o STF — pelo menos de acordo com as convocações que se vê nas redes sociais.
Porém, individualmente, integrantes do grupo prometeram apoio à manifestação.
O jornalista catarinense Edwin Carvalho ajudou a impulsionar o boicote às empresas bolsonaristas ao dar entrevista ao correspondente do Guardian no Rio de Janeiro.
Em sua página no Facebook, Edwin explicou:
A edição dessa quinta-feira, 5 de março, do jornal britânico The Guardian, traz uma reportagem sobre o movimento de brasileiros para boicotar empresas que financiaram a campanha e continuam a patrocinar ações de apoio a este projeto de ditador que ocupa o cargo de presidente da República.
Fui procurado pelo correspondente do jornal, Dom Phillips, que teve acesso a uma postagem minha no grupo LGBTQI+ Resistência pela Democracia, do Facebook, informando que iria cancelar minha matrícula na @smartfit em função do disparo de mensagens pelo WhatsApp do proprietário da empresa, Edgard Corona, em apoio à manifestação contra o Congresso Nacional e o STF nos próximos dias.
O mesmo empresário que, fui saber depois de matriculado na academia, apoiou a candidatura de Bolsoasno e formou um grupo de 200 empresários que continua a apoiar este desastre!
Pois bem, ouvi de muita gente que boicotar essas empresas não dá em nada.
Desde 2018 já não entrava na Riachuelo e na Havan. Não sinto falta.
Agora, não posso continuar destinando o meu dinheiro para uma academia que se diz “apoiadora da diversidade” quando seu dono age no sentido oposto, financiando alguém que nos odeia e trabalha contra nós!
Tenho certeza que meu boicote não irá falir a Smartfit.
Mas dormirei com a consciência tranquila sabendo que meus 100 reais já não irão se somar ao montante milionário que estes empresários investem para consolidar este projeto nefasto de poder que se instaurou em nosso país.
Fiquei feliz em constatar, na própria Smartfit, outras pessoas solicitando cancelamento pelo mesmo motivo.
No meu caso, a academia alega que eu tenho que permanecer por trinta dias e terei que pagar multa, atendendo a uma cláusula contratual.
Vencidos os trâmites burocráticos meu suado e honrado dinheirinho eles não verão nunca mais!

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